Publicado em 29 de novembro de 2014, 115º aniversário do Barça
Verso de flâmula comemorativa dos 50 anos do Camp Nou, em 2007
O Camp Nou – campo novo, em catalão-
A estátua do ídolo Kubala na frente do Camp Nou
foi desenhado pelos arquitetos Francesc Mitjans Miró e Josep Soteras Mauri, com colaboração de Lorenzo García – para substituir o velho campo de Les Corts, erguido em 1922 e sucessivamente ampliado, mas que ficou pequeno na era Kubala. O novo campo começou a ser construído em 1954 e ficou pronto em 1957. Foi inaugurado em 24 de setembro de 1957, num amistoso entre o Barça e uma seleção de jogadores de Varsóvia. Os donos da casa ganharam por 4 a 2 e o brasileiro Evaristo de Macedo fez um dos gols. A arena era oficialmente chamada de Estadi del FC Barcelona até a temporada 2000/2001 – quando, enfim, o nome mais querido pela torcida foi oficializado. É Camp Nou e pronto, ponto.
A capacidade atual do estádio é de 99.354 pessoas, segundo a página sobre o Camp Nou no site do Barça.
São dois “marcadores” (placares) como este do alto, atrás dos gols…… e mais dois como este, nas laterais.
Metro: Linha 3. Estação: Les Corts.
O Camp Nou recebeu a abertura da Copa do Mundo de 1982 (veja post sobre o Mundial), a final do futebol nos Jogos Olímpicos de 1992, as finais da Copa / Liga dos Campeões da Europa em 89 e 99, da Recopa 72 e 82, Copa de Feiras de 64 e das Copas do Rei de 1963, 70 e 2010 (deu Sevilla).
Por coincidência ou não, dias antes do plebiscito sobre independência convocado pelo governo da Catalunha (e contestado pelo governo espanhol), estreou em Barcelona um documentário sobre a chegada do craque holandês Johan Cruyff ao Camp Nou. “L’últim partit: 40 anys de Johan Cruyff a Catalunya”. O filme foi dirigido por Jordi Marcos e produzido pela Bonita Films, de Barcelona, com colaboração do jornalista Xavi Torres.
O doc reúne celebridades do futebol e da sociedade catalã. Quando Cruyff chegou ao Barça, o franquismo ainda dava as cartas na Espanha. A língua catalã estava banida e o pessoal aproveitava os jogos no Camp Nou para tirar o grito do fundo da garganta. Como jogador blaugrana, o eterno camisa 14 ganhou uma liga espanhola (1973-74) e uma Copa do Rei (77-78). Como técnico, foi ainda mais bem sucedido: tetra espanhol no começo dos 90, uma Copa do Rei (89-90), três supercopas da Espanha, uma Recopa europeia (89), a desejada Copa (Liga) dos Campeões e a Supercopa europeia em 1992. Comandou a geração do chamado Dream Team do Barça (com um jovem Guardiola com a camisa 4) e só perdeu o Mundial de Clubes no Japão, para o São Paulo do mestre Telê Santana.
Ficha de Messi na federação catalã, em 2001, 3 anos antes da estreia na Liga: http://www.fcbarcelona.es/
Estádio Olímpico Lluís Companys, Montjuic, 16 de outubro de 2004. Espanyol 0x1 Barcelona. Aos 35 minutos do segundo tempo, um camisa 30 cabeludinho, cara de menino, entra no lugar do mago Deco. Começava uma era, a do jovem argentino que conquistou a Catalunha, a Europa, o planeta bola e até os fãs brasileiros. Só falta uma Copa.
Se não foi num clássico contra o Real Madrid, a estreia de Messi na liga espanhola foi num dérbi catalão, contra o rival regional do Barça, o RCD Espanyol, no estádio das Olimṕíadas de 1992 – que o Espanyol usou entre a demolição do seu sagrado Sarrià e a inauguração do novo estádio, entre Cornellà e El Prat de Llobregat.
O polêmico atacante uruguaio é do Barça. Luis Suárez vai vestir a 9 #blaugrana assim que terminar a exagerada suspensão determinada pela Fifa (mordida na ombro é proibido; dar uma joelhada e tirar um colega de profissão da Copa, tudo bem?). O uruguaio fica com a camisa do chileno Alexis Sánchez, quase sempre questionado em sua passagem pelo Camp Nou, e que acaba de ser vendido para o Arsenal.
Para tentar retomar o caminho dos títulos, o Barça também investiu em goleiros. Claudio Bravo (destaque do Chile e da Real Sociedad) e Ter Stegen (Borussia Mönchengladbach) – é que Valdés não renovou e agora está sem clube; seu reserva, Pinto se aposentou. Para o meio-campo, outro que foi bem na Copa: Rakitic (Croácia, Sevilla). Vai jogar com a 4, que um dia foi de um Guardiola…
Por sinal, tentando repetir a identificação de Guardiola com o clube, para o lugar do treinador Tata Martino o Barcelona trouxe de volta um ex-jogador.
O asturiano Luis Enrique (é da bela Gijón, onde começou a jogar, pelo Sporting) vestiu sempre com raça a camisa 21 do Real Madrid, do Barça e da seleção espanhola (medalha de ouro em casa, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, 1992). Está sendo preparado para ser técnico desde que comandou boa campanha do Barça B. Treinou a Roma e o Celta de Vigo. Boa sorte om as feras, Lucho!
> IN: Luis Suárez, Claudio Bravo, Ter Stegen, Rakitic, Jéremy Mathieu (zagueiro pela esquerda, 30 anos, ex-Valencia, comprado por 20 milhões de euros; 19º francês a vestir a camisa do Barça). Vermaelen (zagueiro, Bélgica, ex-Arsenal), Douglas (lateral-direito, São Paulo).
< OUT: Puyol (pendurou as chuteiras), Alexis Sánchez (Arsenal), Gerard Deulofeu (emprestado ao Sevilla),Tata Martino (técnico), Alex Song (emprestado ao West Ham).
Estádio: Camp Nou. Média em 2013-14: 72.116 culés/partida. Segundo a Pluri, é a 3ª melhor média do mundo. Mas “apenas” 73% de ocupação do Camp Nou, que hoje tem capacidade para quase 99 mil blaugranas.
O site oficial do Barcelona agora “fala” português: http://www.fcbarcelona.pt/, de olho no mercado que Neymar abre aqui. Diga-se que antes dessa ação, o site do FCB já mostrava muito carinho para ídolos como Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.
Rivaldo parou. Aos 41. O craque tímido que começou a fazer maravilhas no seu estado de Pernambuco, com a camisa tricolor do Santa Cruz – tanto que é citado na canção mais conhecida da banda Mundo Livre S/A, “Meu Esquema”. Explodiu no Mogi Mirim, foi emprestado para o Corinthians, mas acabou no Palmeiras, que acabou com os Paulistas de 1994 e especialmente, 1996. Timaço.
PILOTA D´OR: Bola de Ouro em catalão. 1999. Com a camisa do centenário do Barça, Rivaldo ergue a Bola de Ouro. Em 5 anos de Camp Nou, 136 gols, 2 títulos de La Liga, 1 Copa do Rei e uma Supercopa da Uefa. FOTO : FCB
Destaque do Deportivo La Coruña que disputava título no campeonato espanhol nos anos 90, foi vendido para o Barcelona, onde é considerado uma legenda (veja a homenagem do site do Barça). Apesar de não se entender muito com o treinador holandês Louis Van Gaal, viveu seu auge nos anos no Camp Nou. Ganhou uma Bola de Ouro da revista “France Football” antes do prêmio ser unificado com a Fifa.
No finalzinho da temporada espanhola de 2000/2001, tive o privilégio de conseguir um lugarzinho descoberto lá no alto do Camp Nou, naquele jogo que Rivaldo quase que sozinho derrotou o Valencia. Marcou 3 belos gols. um #hat-trick – na Espanha, um #triplete. Fiquei sentado ao lado de holandeses como Van Gaal, atrás de um dos gols. A meta em que Rivaldo acertou um golaço de bicicleta, de fora da área, no finalzinho do jogo. 3×2. Os torcedores invadiram o campo (citado na capa abaixo, do caderno de esporte do meu exemplar do “El Periódico”, recordação da época). Comemoravam o quarto lugar! Nunca tinha visto isso. Sabe por quê? O resultado classificou o Barça pra Champions 2001/2002 depois de alguns anos fora. Nunca vou me esquecer de ver entre torcedores, senhoras e uma criança de cadeira de rodas gritando #Ribaldo, Ribaldo, Ribaldo. O jeito como eles pronunciam o nome do craque. Fiquei orgulhoso de ser brasileiro. Assisti in loco a um recital de Rivaldo no Camp Nou.
Capa do esporte do jornal catalão EL PERIÓDICO, no dia seguinte ao show de Rivaldo: 3×2
A decepção verde-amarela na Olimpíada de 1996 foi compensada muitas vezes, em duas Copas. Rivaldo jogou muita bola em 98 na França, ajudando a levar o Brasil à fatídica final do 0x3 no Stade de France. E em 2002, jogou tão bem ou melhor que Ronaldo Fenômeno, o artilheiro do penta.
Rivaldo rodou. Milan, Cruzeiro, futebol grego, Uzbeque, voltou pro agora seu Mogi Mirim, pediu licença para jogar no meu São Paulo, onde estreou marcando um belo gol contra a Linense e arrumou confusão com Carpegiani. Esteve em Angola, passou pelo São Caetano e pendura a chuteira agora depois de jogar ao lado do filho, no Mogi.
Neymar, Messi, Xavi e Iniesta viraram “personagens” dos Simpsons. Pelo menos numa linha que o Barça e a Fox (que tem os direitos da série) vão lançar até 2015. Até 10 jogadores do clube #blaugrana podem ganhar produtos com visual inspirado pela animação de Matt Groening, que está comemorando 25 temporadas. Continuar lendo “Barça à la Simpsons”→
Palmas para a capa do “Olé“, que reverenciou a volta em grande estilo do supercraque argentino Lionel Messi aos campos e ao Camp Nou. O jornal esportivo argentino mudou por um dia o logotipo da edição impressa.
Que sorte dos caras, que já são bons de capa e ainda contaram com uma bela coincidência: “Olé” se escreve com as mesmas letras do apelido de Messi.
É muito bom saber que o argentino do Barça voltou com tudo. Afinal, vem aí a “Copa das Copas”, como prometeu a presidente… Torço para que os craques estejam em forma. Pelo menos os craques… Porque a nossa organização… sei não…
E que golaço foi o segundo do Messi, o quarto do Barça na goleada contra o Getafe pela Copa do Rei. O cara voltou e já está dando suas arrancadas … pro goooooollllllllll!!!!!! Continuar lendo ““Olé”, Léo!”→