Pedro Rocha 70

Pedro Rocha 70
FOTO Rubens Chiri | saopaulofc.net
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O São Paulo fez um tributo a um deus da raça antes do clássico Majestoso, neste domingo, no Pacaembu. Todos os jogadores entraram com camisas com o nome do ídolo uruguaio Pedro Rocha e o número 70. El Verdugo completa 70 anos nesta segunda-feira, 3 de dezembro, e luta contra uma doença incurável.

Natural que os jovens torcedores tricolores tenham como ídolos Rogério Ceni, Lucas, Luís Fabiano. Mas também é legal conhecer a importância deste conterrâneo de Lugano.

saopaulofc.net
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Rocha chegou ao São Paulo com 28 anos, já campeão de tudo pelo Peñarol (8 títulos uruguaios, 3 Libertadores, 2 Mundiais). Foi comprado por 280 mil dólares (muita grana na época, mas os patamares eram outros, não?) logo depois da Copa de 70 (a terceira das quatro que disputou com a camisa celeste). Estreou em 27 de setembro de 1970 (num São Paulo 0x2 Flamengo, válido pelo Robertão/Taça de Prata, no Morumbi), primeiro com a 8 – o São Paulo já tinha Gerson. Marcava muitos, muitos gols para um meia. De falta, de pênalti, de cabeça, em chutes fortes de fora da área. Foram 119 pelo tricolor, segundo o site do São Paulo. Foi artilheiro do Brasileirão de 72, ao lado de Dadá Maravilha, um centroavante nato, com 19 gols. Com o São Paulo, foi campeão paulista em 1971 e em 1975. no belo time comandado por outro ídolo estrangeiro, o técnico José Poy. Na Libertadores de 1974, bateu na trave. Perdeu a final para o copeiro Independiente.

Pedro Rocha é um dos “Dez Mais do São Paulo”, no livro de Arnaldo Ribeiro. É figurinha do Álbum Histórico do clube. Com seus conterrâneos Pablo Forlán (que veio um pouco antes), Darío Pereyra e Diego Lugano, é personagem do livro “Tricolor Celeste”, do Menon – e da coleção de camisas “Deuses da Raça”, lançada pelo São Paulo e pela Reebok este ano. Aliás, Menon – que acompanha a doença do craque em seu blog – informou que a Penalty (nova fornecedora do tricoloe) deve lançar uma nova camisa em homenagem a Pedro Rocha em 2013.

Outro blog, o Futebol de Campo, publicou em 21/11 que há uma petição para que São Paulo e Penãrol façam um amistoso para Pedro Rocha(clique aqui para saber como assinar a petição). Nada mais justo (atualizando com a dica do seu Domingos: no programa “Mesa Redonda”, diretor de futebol do tricolor, Adalberto Baptista, disse que os clubes conversam pra acertar o amistoso no começo de 2013, com renda revertida para a família).

Dentro do post, mais três dicas: uma revista, um livro e um DVD com mais do Verdugo Pedro Rocha.
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Último capítulo

O Brasileirão 2012 chegou ao fim com o Atlético Mineiro fazendo muita festa pelo vice-campeonato, que garantiu vaga direta para a Libertadores 2013 – como o campeão, Fluminense, o Corinthians (campeão da Libertadores 2012) e o Palmeiras (Copa do Brasil) – os tricolores gaúchos e paulistas vão ter que passar pelo vestibular da pré-Libertadores.

Festa nos Aflitos, tristeza pelos lados da Ilha do Retiro. No Clássico dos Clássicos, o Náutico venceu por 1×0 e rebaixou o rival Sport – apesar do goleiro Saulo ter pego até pênalti. Tinha torcedor do Timbu com cartaz A, B, C – Náutico na primeira, Sport na segunda, Santa na terceira divisão. O Leão se juntará a Palmeiras, Atlético Goianiense e Figueirense na Série B.

Festa no Pacaembu, hoje tricolor. De olha na final da Sul-Americana, que começa no meio da semana contra o Tigre na Bombonera,  o São Paulo poupou os titulares, rodou quem não estava jogando e se deu bem. Venceu o Majestoso por 3×1, embora no final do primeiro tempo o trio de arbitragem tenha prejudicado o Corinthians. Com Ney Franco, o São Paulo voltou a vencer clássicos, voltou à uma final (Sul-Americana) e voltou a disputar a Libertadores depois de dois anos. E – quem diria no primeiro semestre? – acabou como melhor campanha do segundo turno (troféu João Saldanha, do Lance!). E o desabafo do Casemiro, hein? Que situação! Mas se até o capitão Rogério Ceni levou uma dura do treinador, o jovem reserva não ganhará vaga no grito.

No Olímpico Monumental, “mixed emotions”. Com o empate no Gre-Nal, o Grêmio perdeu o vice para o Galo. Mas a torcida se emocionou mesmo após o apito final. Se no post anterior, a torcida do San Lorenzo se emociona ao garantir o direito de voltar ao bairro de origem, hoje vimos os gremistas chorando de emoção ao se despedir do Olímpico Monumental, que foi sua casa por 58 anos. Teve até avalanche – e não só na geral atrás do gol. Em todo a volta do estádio Último capítulo do estádio inaugurado em 19/09/1954, que sucedeu a Baixada e será sucedido pela state-of-the-art Arena do Grêmio.

Fevereiro de 2012: um dos últimos Gre-Nais no Olímpico Monumental, pelo campeonato gaúcho.
Fevereiro de 2012: um dos últimos Gre-Nais no Olímpico Monumental, pelo campeonato gaúcho.

San Lorenzo: em busca de um sonho

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Emocionante o vídeo da campanha do San Lorenzo e torcedores do Ciclón para que as autoridades devolvessem o terreno no bairro Boedo ao clube azulgrana de Buenos Aires. Na época da ditadura militar, o governo pressionou o San Lorenzo, que estava endividado, a vender seu estádio, El Gasómetroque foi um dos maiores “canchas” argentinas. Lamentável. A data do último jogo? 2 de dezembro de 1979. San Lorenzo 0x0 Boca Juniors. O terreno acabou dando lugar a mais uma loja de uma rede de supermercados francesa. O Ciclón perambulou durante anos até conseguir um espaço para erguer mais uma cancha. O nome só poderia ser Nuevo Gasómetro.

A campanha do vídeo acima menciona 22N – 22 de novembro – como a data em que o sonho do San Lorenzo seria votado, seguindo a lei de restituição histórica.  Mas para evitar a aglomeração dos “hinchas” azulgranas, a Legislatura (câmara municipal) de Buenos Aires antecipou a votação para 15 de novembro – 15N. E esse campeonato o clube que anda flertando com o rebaixamento ganhou. O San Lorenzo voltou a Boedo.  Continuar lendo “San Lorenzo: em busca de um sonho”