Eis que na partida de volta do tumultuado Superclássico das Américas (novo nome da antiga Copa Roca), o Brasil finalmente estreia numa das “arenas” mais míticas do mundo, o estádio Alberto J.Armando, a temida “cancha” do Boca Juniors, a vibrante La Bombonera! Engraçado, não? Quase 100 partidas na história do maior clássico do futebol mundial entre seleções… e não tinha rolado ainda na Bombonera.


O site World Stadiums tem um texto específico sobre os aspectos arquitetônicos desta caixa de bombons na zona sul de Buenos Aires. Clique aqui.
No primeiro rolê do Fut Pop Clube pelo bairro La Boca, em 2009, fiz o passeio pelo museu do clube, o Museo de La Pasión Boquense (confira aqui). Tem uma janelinha que dá pra ver o campo e dá a noção de como as arquibancadas são “em cima” do campo, saca só.
- Nome oficial: Estádio Alberto J. Armando
- Capacidade: 49 mil torcedores
- Inauguração: 25 de maio de 1940. Boca 2 x 0 San Lorenzo.
- Linhas de ônibus:10, 20, 22, 24, 25, 29, 33, 39, 46, 53, 54, 64, 70, 74, 86, 93, 102, 129, 130, 152, 159, 168, 186
No começo de 2012, o blog Fut Pop Clube teve a oportunidade de dar um rolê por um dos estádios mais místicos do mundo, desta vez em dia de jogo. O Boca Juniors – campeão do o Apertura 2011- recebeu o Olimpo, de Bahía Blanca, na abertura do Clausura.
Há um programa oficial do clube para levar estrangeiros à Bombonera, o Boca Experience, com link no site oficial. Mas embarquei numa tour oferecido num flyer nos hotéis, organizado por “hinchas”(torcedores) – fanáticos, mesmo. Pegam os gringos perto de hotéis, ensinam as músicas da torcida, fazem uma festinha de pizza e cerveja e fornecem os ingressos para uma das arquibancadas atrás dos gols – do outro lado da La 12, a hinchada mais famosa do Boca.
Dentro da Bombonera, os guias não se fazem de rogado. Torcem mesmo, o tempo todo. Do outro lado, a banda de La 12 comanda o show musical da torcida boquense: “dale, dale, dale ô”… “Dale ô, dale ô, dale ô, dale Boca. . .” E por aí vai. Parece que os hinchas guardam cada música para determinado período do jogo. Tem até paradinha…
Mas cantam o tempo todo.
Nesse ritmo, até que o Olimpo começou bem. . . Parou no ótimo goleiro do Boca, Orion.
Guiado por Riquelme, o Boca começou a jogar um futebol por vezes envolvente. E ganhou com um gol em cada tempo. O atacante Mouche foi outro destaque.
Leia também:
- Rolê do blog pelo Museu do Boca, o Museo de La Pasión Boquense
- Dica de filme sobre torcedores do Boca: Futebol é Deus
- O outro lado: livro conta a “explosiva história da torcida organizada mais temida do mundo”
Realmente deve valer apena conhecer este estádio com toda a história que evoca, somado ao bairro característico de Buenos Aires com o tango e assistir a um jogo lado dos torcedores famosos por cantarem durante o tempo todo.