
Gilmar, o grande goleiro, com a camisa 3; De Sordi, 14 (Djalma Santos, jogou a final com a 4); Bellini, 2; Orlando, 14, e Nilton Santos, 12; Zito, 19; Didi, 6; Garrincha, 11, vejam só; Pelé, 10; Vavá, 20, e Zagallo, com 7. Foi com essa numeração maluca que o Brasil ganhou o Mundial de 58, na Suécia. Cortesia de um jornalista uruguaio, Lorenzo Villizio, membro do Comitê Organizador chamado para indicar a numeração do escrete que acabaria campeão (por felicidade, Pelé caiu com a 10, mas Gilmar com a 3? Garrincha, 11? Zózimo, zagueiro reserva, 9?). A desorganização do futebol brasileiro antes da Copa de 58 foi um dos temas da terceira palestra da série Brasil nas Copas, parceria MemoFut/Museu do Futebol, no último sábado. A LISTA COMPLETA DOS CAMPEÕES DO MUNDO EM 1958, COM MAIS EXEMPLOS DE NUMERAÇÃO DOIDA >>>
- Castilho, goleiro do Flu
- Bellini, zagueiro do Vasco, capitão do time
- Gilmar, goleiro do Corinthians na época
- Djalma Santos, lateral direito da Portuguesa
- Dino Sani, volante do São Paulo
- Didi, meia do Bota
- Zagallo, falso ponta esquerda então do Flamengo
- Oreco, lateral esquerdo do Corinthians
- Zózimo, zagueiro do Bangu
- Pelé, meia-atacante do Santos, claro
- Garrincha, a alegria do povo na ponta-direita, do Bota
- Nilton Santos, a enciclopedia, lateral esquerdo, também do Bota.
- Moacir, meia do Fla
- De Sordi, lateral direito nas primeiras partidas, São Paulo
- Orlando Peçanha, zagueiro, Vasco
- Mauro Ramos, zagueiro do São Paulo
- Joel, atacante do Fla
- Mazola, ou Altafini, atacante do Palmeiras
- Zito, volante do Santos
- Vavá, atacante do Vasco
- Dida, meia do Fla, ídolo de Zico
- Pepe, canhão da Vila, ponta esquerda do Santos
- Técnico: Vicente Feola
Com exceção desse pequeno detalhe nas costas da amarelinha (ou no improvisado azul, como o manto de Nossa Senhora Aparecida, da final), o planejamento feito para o Mundial da Suécia é considerado uma grande mudança de rumo. E esse mérito é atribuído ao dirigente que empresta o nome ao Pacaembu: Paulo Machado de Carvalho, o “Marechal da Vitória”, que chefiou a delegação. Em 1958 e também em 1962.
Não ficaram de fora da discussão lances polêmicos do Mundial disputado no Chile, onde o Brasil conquistou o bi. Como a malandragem de Nilton Santos (já com sua camisa 6) que deu 2 passos para fora da área depois de cometer pênalti no jogo contra Espanha, que já vencia por 1×0. O Brasil acabou virando a partida.
Fico impressionado com as pessoas que citam de memória datas de jogos, resultados, detalhes,escalações e até táticas. São assim Francisco Michielin e José Renato Santiago que deram a palestra do último sábado. Michielin escreveu, entre outros livros sobre futebol, A Primeira Vez do Brasil- Campeão Mundial de 1958. Zé Renato é coautor de Copa do Mundo – Das Eliminatórias ao Título.


No sábado agora, 27 de março, a série Brasil nas Copas discute os mundiais de 1966 (com a volta da desorganização) e o show de 1970. Convidados: Ivan Soter, autor der livros como a Enciclopédia da Seleção 1914-2002, e Geraldo Affonso Muzzi que escreveu O Brasil em todas as 19 Copas do Mundo (1930-2010). Das 10h às 12h, no Auditório Armando Nogueira, do Museu do Futebol, no Pacaembu. É de graça! Senhas distribuídas meia hora antes.
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LP de vinil sobre a Copa de 1958 no CCSP.
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