Brasil 2002 x França 1998

Vai começar o futebol… virtual. Quem ganharia um jogo imaginário entre a seleção brasileira de 2002, a do penta, e a França campeã do mundo em 1998? Propus o desafio a Milton Leite, autor do livro As Melhores Seleções Brasileiras de Todos os Tempos (entre elas, o escrete de Scolari), e a Mauro Beting, que escreveu As Melhores Seleções Estrangeiras de Todos os Tempos, incluindo a multiétnica seleção francesa de 98. Ambos os livros, da Contexto, terão lançamento amanhã (terça-feira, 16 de março, a partir das 18h30, na Saraiva do shopping Eldorado). Vamos às respostas dos dois jornalistas sobre essa revanche imaginária.

Milton Leite

“Um Brasil com Ronaldo voando contra a França de Zidane… No conjunto, a França era melhor do aquele Brasil. Um craque no auge para cada lado. A França venceria, por 3 a 1”.

Mauro Beting
“Mesmo bem marcados por Karembeu e Petit, Cafu e Roberto Carlos fizeram boa partida. Mas Rivaldo e Ronaldo desequilibraram. Lebouef não substituiu à altura o suspenso Blanc. O Fenômeno foi a diferença. Até gol de cabeça fez, aos 2 minuos do segundo tempo. Bobagem de Henry, que se sentiu mal durante o jogo e até desmaiou no gramado. Com Guivarc’h em campo, a França não suportou. Ronaldo fez o segundo aos 13 minutos, em arrancada sensacional pela esquerda, passando por três e batendo de canhota. A França diminuiu com um golaço magnífico de Zidane, aos 22, depois de passar por 5 brasileiros. Ele foi o melhor em campo. Teria feito o gol de empate aos 34, de cabeça, mal anulado por suposta falta dele em Gilberto Silva, num escanteio. Não houve nada. A não ser uma briga feia no final do jogo. Dois expulsos de cada lado. E vitória final brasileira por 2 a 1.”

DVD: “Clube da Lua” | “Luna de Avellaneda”

Um artigo do escritor argentino Alan Pauls na Ilustrada (Folha de S.Paulo, sábado, 13 de março de 2010) revelou o que eu já desconfiava: o diretor hermano Juan José Campanella, premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro para O Segredo dos Seus Olhos, e o ator Guillermo Francella, que dá show na mesma película, são hinchas fanáticos do Racing Club de Avellaneda, a academia no futebol argentino. Já viu o filme? Volto a recomendar, vale a pena. Um senhor thriller policial.
Estes dias revi Clube da Lua (Luna de Avellaneda, DVD Europa Filmes, classificação: 14 anos), um Juan José Campanella de 2004. O filme também conta com a dupla de atores de O Filho da Noiva, um Campanella anterior, o mais conhecido no Brasil até agora. Ricardo Darín e o engraçado Eduardo Blanco. Como o título original indica, passa-se num clube quase falido de Avellaneda, mesma cidade do Racing na vida real (La Acadé também passou por problemas financeiros). E não é que o personagem de Eduardo Blanco nesse Clube da Lua, o Amadeo, tem uma flâmula do Racing no seu muvucado apartamento? Pena para Campanella, Francella, para a grande torcida de La Acadé – e para nós, simpatizantes – que o Racing perdeu em casa para os Argentinos Juniors na rodada deste fim de semana, depois de vencer o clássico contra Boca na Bombonera, como explica o Futebol Portenho, excelente site brasileiro . E volta a flertar com a tabela de rebaixamento.

DVD: “Um Craque Chamado Divino”

DIVINO

Uma dica de filme em DVD para quem gosta da história dos grandes craques do nosso futebol (ainda que injustiçado na Seleção) e, especialmente, para a torcida do Palmeiras:  Um Craque Chamado Divino – Vida e Obra de Ademir da Guia, dirigido por Penna Filho (lançado pela Europa Filmes em 2007). Quando eu comecei a acompanhar futebol, Ademir da Guia era um dos grandes craques com o 10 às costas, ao lado de Pelé (já no Cosmos), Rivellino (já no Flu), Pedro Rocha (São Paulo) etc etc etc. No filme, é Pedro Rocha -o grande verdugo tricolor, da Celeste e do Peñarol- quem conta: no Uruguai, os boleiros não entendiam como Ademir da Guia não era convocado para a Seleção Brasileira. Na Copa de 1974, foi… mas começou jogando apenas na decisão do 3º lugar contra a Polônia (e ainda foi sacado por Zagallo). Perdemos. Continuar lendo “DVD: “Um Craque Chamado Divino””