Um doc sobre o mestre Telê Santana!

Praça que leva nome do mestre, no Rio. FUT POP CLUBE.
Praça que leva nome do mestre, no Rio. Foto: FUT POP CLUBE.

Deu no blog do Marcello Lima, repórter da rádio Jovem Pan: as jornalistas Ana Carla Portella e Danielle Rosa e o administrador de empresas Carlos Hamaoka preparam um documentário sobre o maior técnico da história do São Paulo Futebol Clube, ídolo também da torcida do Fluminense, do Galo e dos fãs da seleção de 1982. O trio abriu um endereço virtual para trocar informações com os admiradores do Mestre: Documentário Telê Santana. Lá, já existem vídeos com trailers do doc. Vi trechos de depoimentos de Raí, claro, Sócrates, Zico, Muricy, Leonardo, Careca, Ricardo Rocha, Palhinha, Moraci Sant´anna, Mauro Beting, Luciano do Valle, Márcio Braga e -supresa!- Eurico Miranda. Parabéns pela iniciativa e boa sorte!

As tuas glórias…

A primeira Libertadores, a gente nunca esquece.  Neste 21 de junho, faz 17 anos que o São Paulo de Telê, Raí e cia conquistou a América pela primeira vez, superando o Newell´s Old Boys no tempo normal e nos pênaltis, com uma atuação espetacular do goleiro Zetti… Zetti… Zetti… Zetti! Quatro vezes Zetti, numa das defesas mais espetacularmente narradas por Galvão Bueno, então na rede OM! O blog do Daniel Perrone, link aqui na coluna ao lado, tem vídeo da dramática final.  Eram tempos em que um conhecido apresentador de rádio (hoje também na TV) vivia dizendo: “torcer para o São Paulo é uma grande moleza”. Mas a campanha começou capenga, com um derrota por 3 a 0 para o Criciúma em Santa Catarina (leia mais aqui). Os são-paulinos podem torcer para que 1992 inspire o time do treinador que algumas vezes é apontado como sucessor de Telê. Mas o problema é que os cruzeirenses também podem buscar inspiração na primeira Libertadores, a de 1976, conquistada de forma sensacional (leia). O certo é que um Morumbi cheio vai ver um jogo de, senão belo futebol, pelo menos alta voltagem.

Entrevista com Mauro Beting (final)

Seguimos com o papo via e-mail com o jornalista Mauro Beting. Abaixo, a linha atacante de raça, digo, as três últimas perguntas. Ele fala do pai, Joelmir Beting, de música -brinca de DJ!-e futebol, claro.

9 – Fut Pop Clube – Seu pai trabalhou no jornalismo esportivo antes de mudar para as páginas de economia. O estilo do Joelmir influenciou seu texto?beting

Mauro Beting – Muito. Por DNA, não por cópia. Mas, claro, sem a mesma qualidade. O que é bom é que sempre soube que eu não estava à altura dele. Nunca pretendi chegar perto. Mas, de fato, tem alguma coisa. No início de carreira, até fiz alguns textos que ele assinou. Uma baita honra. E sei que, desde o início, até sempre, as pessoas vão comparar, vão achar que ele me botou nos lugares em que trabalhei… sou tão burro que só fui trabalhar com ele depois de 17 anos de ofício. Ele é o pior nepotista que existe, embora nós façamos há 5 anos o programa mais nepotista da história da TV brasileira: “Beting & Beting” [canal Band Sports].

10 – Fut Pop ClubeVocê escrevia sobre música pop no começo dos anos 90, no jornal FT, do grupo Folha, que depois virou Agora. Que som você gosta de ouvir hoje? Que show te tiraria de casa?

Mauro Beting – Gosto desde música napolitana até rock bem alternativo. radioheadNão pude ir ao Radiohead, mas é um show que me tiraria de casa. Como Oasis[NdaR: site reformulado!]. Como REM. Como Pink Floyd. U2. Travis. Stevie Ray Vaughan (in memorian). Beatles. Kinks. João Gilberto. Tom Jobim. 10.000 Maniacs. Cowboy Junkies. Ih… tanta gente e tanto gênero. Menos breganejo e pagode, tudo eu escuto. Discothèque, blues, chorinho, hinos de clubes e de países. Nos últimos tempos, tenho até brincado de DJ, numa festa do Simoninha de MPB, e de rock lá na Funhouse, em São Paulo. É o meu maior prazer depois do futebol. por mim, tocaria todas as noites, vendo jogos antigos no telão.

11 – Fut Pop Clube -Pra terminar, uma pegadinha. Qual é o maior Palmeiras da história? O da Arrancada Heróica de 1942? O campeão da Copa Rio, em 1951? A primeira Academia que disputava com o Santos de Pelé? A segunda Academia, bicampeã brasileira? O time que saiu da fila em 93/93 e também foi bi brasileiro? O do ataque de 100 gols? Ou o campeão da América? Difícil, hein?

Mauro Beting – o que mais marcou é o de 12 de junho de 1993. Por culpa de tudo que não fizeram desde 18 de agosto de 1976, excetuando 9 de dezembro de 1979 [Nota do blog: ficou curioso? veja que jogo foi esse no Futpédia]. O futebol mais lindo que vi de verde, e dos mais lindos que vi na vida, é o do primeiro semestre de 1996. O que mais prendeu a respiração foi o de 16 de junho de 1999. Mas aquele que vi em 20 de fevereiro de 1974 ser bi brasileiro é uma rima que foi uma seleção do Brasil em 1974. Enfim, todos esses, e muito mais. Pelo futebol, o de 1996, mas durou pouco. Pela bola, fico com a segunda academia. Técnica, tática e física. E tinha Ademir. Tinha Luisão Pereira. Tinha Leivinha. Tinha Leão. Tinha Dudu. Tinha César Maluco. E tinha um moleque de seis anos que curtia o primeiro e último amor além da família. E, entre nós, tem família melhor que a do nosso time?

Fut Pop Clube -Valeu, Mauro Beting. Muito obrigado!

Ídolos imortais do Flu

Marcos Carneiro de Mendonça, Castilho, Félix – goleiros. Pinheiro, zagueiro. Romeu e Telê Santana, pontas. Orlando Pingo de Ouro, Valdo e Assis, atacantes. E o meia Rivellino! 10 mais do FluEsses são os eleitos por jornalistas para o livro Os Dez Mais do Fluminense, escrito por Roberto Sander. Mais um da coleção Ídolos Imortais, da Maquinária Editora. Saiba mais sobre alguns desses ídolos tricolores e outros também no site oficial do Flu. Leia sobre outros títulos da coleção: https://futpopclube.wordpress.com/?s=%C3%8Ddolos+Imortais

11 perguntas para Maurício Noriega

Publicado em 23 de maio de 2009
Um dos textos mais lidos aqui no Fut Pop Clube é o que fala do livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro, do comentarista Maurício Noriega, do Sportv e do Bom Dia São Paulo. Antes de mais um fim de semana de transmissões do Sportv e entre um texto e outro no Blog do Nori, o cronista encontrou um tempinho para responder por e-mail 11 perguntinhas sobre treinadores.
nori

1 –Fut Pop ClubeNoriega, você acha que técnico ganha jogo, ganha Copa do Mundo? Como se diz, em evidente força de expressão, que Garrincha ganhou sozinho em 62, Maradona em 86 e Romário em 94… dá para arriscar dizer que algum técnico ganhou “sozinho” uma Copa ou título importante?
Maurício Noriega -Diria que jogadores ganham jogos e técnicos ganham títulos, fazem planejamento de trabalho a longo prazo, correção de rota, ajustes. O jogo é propriedade dos jogadores. Mas o trabalho de pensar uma temporada é do técnico.
2- Fut Pop Clube No futebol do século XXI, os técnicos são superestimados, valorizados além da conta?
Noriega – Em alguns casos, sim. Mas apenas porque os dirigentes são muito amadores, despreparados e engolem tudo que os técnicos falam, na maioria dos casos. Bons dirigentes não aceitam tudo que os técnicos pedem ou propõem. Casos do Juvenal Juvêncio [S.Paulo]e do Fernando Carvalho [Inter], por exemplo.
3 – Fut Pop ClubeQuem merece mais reconhecimento? Feola? Lula? Zagallo? Ênio Andrade?
Noriega – Todos merecem. Acho que Lula e Feola sempre foram injustiçados e injustamente ridicularizados. Espero que o livro ajude a mudar esse olhar míope sobre dois grandes treinadores. Zagallo é um mito do futebol e Ênio Andrade foi genial. Continuar lendo “11 perguntas para Maurício Noriega”

Livro: “Os 11 maiores técnicos do futebol brasileiro”

Publicado em 27 de abril de 2009
noriNori, primeiro gol, no Conjunto Nacional! Assim o locutor esportivo Luiz Noriega (que trabalhou em algumas Emissoras Associadas de Assis Chateaubriand e TV2 Cultura-SP) poderia narrar o lançamento do primeiro livro de seu filho, o comentarista esportivo Maurício Noriega (Bom Dia São Paulo, Sportv e Blog do Nori). Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro. Fazer listas de melhores  costuma dar sempre pano pra manga e o Maurício Noriega foi ousado ao assumir a “responsa”. Já me perguntaram quais foram os critérios. Entrevista ao GloboEsporte.com esclarece: pesquisa, 14 meses de pesquisa. Nori entrevistou mais de 80 profissionais no país e no exterior até chegar ao “time”. Continuar lendo “Livro: “Os 11 maiores técnicos do futebol brasileiro””

1992. O último Paulistão que Telê ganhou.

Canhoto de bilhete da final do Paulistão 92
Canhoto de bilhete da final do Paulistão 92

O Paulistão de 92 foi decidido justamente pelos dois grandes que ficaram fora da final agora em 2009. O São Paulo comandado por Telê Santana teve que passar pelo Palmeiras já patrocinado pela Parmalat para ser bicampeão paulista. No primeiro jogo, em 5 de dezembro, um espetáculo, comandado especialmente por Raí – fazendo jus ao refrão “Raí, Raí, o terror do Morumbi”, com 3 gols – e Cafu (“terror do Pacaembu” no grito de torcida), um gol e atuação decisiva. São Paulo 4×2 no  Palmeiras (que já tinha Mazinho, César Sampaio, Zinho, Evair e um certo Cuca…). No intervalo de 2 semanas entre os dois jogos, o tricolor foi ao Japão e voltou com seu primeiro Mundial Interclubes, derrotando o Dream Team do Barça (aí são outros 500 posts…) Continuar lendo “1992. O último Paulistão que Telê ganhou.”

Mestre

Homenagem ao mestre, na loja do Morumbi
Tributo ao Mestre, na loja do Morumbi

telesantanaCampeão pelo Fluminense (como ponta-direita apelidado de Fio de Esperança e treinador).

Técnico campeão pelo Galo.

Campeão pelo Grêmio.

Pela Seleção e pelo Palmeiras, não foi campeão, mas comandou show de bola.

Campeão de tudo pelo São Paulo.

Obrigado, mestre. Para mim, o maior de todos os tempos.

Há três anos, Telê Santana descansou.

Que saudade! “Olê, olê, olê, Telê, Telê”… Vamos ouvir isso amanhã à noite, galera?

No Blog do Birner, tem vídeo. Curtam lá. Continuar lendo “Mestre”