Grenal 410

Grenal 410

FutPopClube em Porto Alegre, 3 de julho de 2016

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Gre-Nal 410. Gre-Nal das onze. Gre-Nal do almoço – ou do café da manhã, dependendo do horário que o torcedor está acostumado a acordar num domingo. No caso deste que vos bloga, Gre-Nal das bodas de ouro de tios queridos, data que me levou a Porto Alegre. Mas para o bem ou para mal, dependendo do lado, o grande dérbi gaúcho e brasileiro da ensolarada manhã deste domingo de inverno vai é ficar conhecido mesmo como o “Gre-Nal do trator”. Os colorados mais supersticiosos não devem ter gostado nada do teor do áudio que vazou, do técnico Argel, falando em passar um trator sobre o Grêmio. Eita comentário perigoso na véspera de um clássico…  Serviu pra apimentar ainda mais um dos dérbis de maior rivalidade do mundo. Duvido que o técnico Roger não tenha usado a declaração para motivar seus atletas. Se é que Gre-Nal com os dois rivais brigando lá em cima precisa de motivação…

Pois logo aos 19 minutos do primeiro tempo, foi o ataque gremista que veio como um trator  sobre os donos da casa. Rebatida de Muriel, Douglas mandou a bola pro fundo das redes).

E se o Grêmio esteve muito bem no primeiro tempo, depois do intervalo o Inter voltou com tudo, empurrado também pela torcida, que cantou mais forte no segundo tempo. Pressão total. O colorado teve um bom número de chances pra empatar, mas o trator colorado não conseguiu entrar na fazenda gremista.

Foi muito legal ver alguns gremistas chegando e saindo junto com colorados, de boa, na paz; e saber que existe um setor de torcida mista. Claro, não faltam gozações, como os “memes” de internet em cima da questão do trator.

20160703_125334Curiosidade: no fim do jogo, enquanto a torcida do Grêmio esperava a hora de sair da casa do rival, o pessoal do Beira-Rio colocou o hino do Inter no talo, pra tentar abafar os cantos dos visitantes.

Isso é Gre-Nal! E esse foi o Gre-Nal 410, o “Gre-Nal do trator”.

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Utopia

A primeira vez que este blogueiro foi a um estádio, levado pelo tio, torcedor do rival, foi num clássico. Lembro que os torcedores se misturavam na arquibancada. Meu time perdeu. Outro torcedor, irritado, jogou o gorro lá embaixo e, falando pra mim, recomendou que mudasse de time. Ainda bem que não segui o conselho.

Há quase 4 anos, tive a oportunidade de ver um Barça e Real Madrid, segundo e último jogo da Supercopa da Espanha, Camp Nou lotado, aquele clima Barcelona x Madrid, Guardiola x Mourinho. Num determinado momento, o português foi até violento com o então assistente do treinador catalão, o saudoso Tito Vilanova. Na arquibancada, tinha um jovem casal de namorados, ele vestido com camisa blaugrana, ela com a camisa blanca dos galáticos. Ninguém a incomodou. Mas quando a decisão foi chegando perto do desfecho, não vi mais o casal. O clima no gramado estava ficando mais pesado, possivelmente os namorados não quiseram dar sopa pro azar.

Vejo com bons olhos a ideia de setores com torcedores misturados, como foi o caso da iniciativa do Internacional, no #GreNal 404. Sim, teve violência fora do Beira-Rio. Mas ideias assim devem ser incentivadas, estimuladas – pra funcionar num Majestoso, como o presidente tricolor chegou a cogitar, tem que ser muito bem planejada. Claro, um setor de torcida mista não vai acabar com a violência de quem já sai de casa louco pra brigar. Mas pode representar uma aula de civilidade.

Quem sabe se o futebol não dá exemplo pro mundo? Continuar lendo “Utopia”

E o Grêmio chamou Felipão de volta.

Uma ferradura para Feilpão. Imagem da página do Grêmio no Face :https://www.facebook.com/MeuGremio
Uma ferradura para Feilpão. Imagem da página do Grêmio no Face :https://www.facebook.com/MeuGremio

Um dia depois de Ronaldinho Gaúcho dizer adeus ao Atlético Mineiro, do clube que revelou o R10 (ou R49 do começo no Galo) veio outra notícia bombástica.

O Grêmio contratou Luiz Felipe Scolari! Certamente pensou (com coração) no campeão da Copa do Brasil 1994, campeão da Libertadores 1995, do Brasileirão 1996 contra a Lusa e do Gauchão do mesmo ano. Não no Felipão que tomou de 7×1 da Alemanha, praticamente sem ação, no Mineirão (e dez mil gremistas foram dar carinho ao ídolo).

Neste momento em que preciso de um abraço, de um carinho, eu sei que o Grêmio é esse time” – Luiz Felipe Scolari.

  • >IN>: Luiz Felipe Scolari (ex-técnico da Seleção), Giuliano (o ex-colorado estava no ucraniano Dnipro), Fernandinho (ex-Atlético Mineiro), Matías Rodriguez, Fellipe Bastos (Vasco)
  • <OUT<: Kleber (Vasco), Léo Gago (Bahia), Wendell (Bayer Leverkusen), Yuri Mamute (Botafogo), Canavésio.
  • Estrelas da companhia: Barcos, Marcelo Grohe, Rodolpho, Maxi Rodríguez, Zé Roberto.
  • Estádio: Arena do Grêmio

    www.facebook.com/fanpagearenapoa
    http://www.facebook.com/fanpagearenapoa
  • Uniformes: feitos pela Topper

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Agueeenta coração!

… diria Fiori Gigliotti, saudoso locutor esportivo do rádio paulista.
Ninguém pode reclamar de falta de emoção no nono Brasileirão disputado por pontos corridos.
Não tem uma final.
Tem duas “finais”, simultâneas, isso só falando da última rodada (o que houve em Floripa e no Engenhão, se não foram “finais”?). E da briga pelo título.
Pois a 38ª rodada do Brasileirão 2011, tão lotada de clássicos que dois deles vão ser disputados fora de suas cidades originais, nos reserva:

  • um Derby paulista valendo título, de um lado, e salvar a temporada, do outro, no Pacaembu
  • um Clássico dos Milhões no Engenhão que vale título para o lado cruzmaltino e vaga na Libertadores para os rubro-negros
  • um AtleTiba de arrepiar na Arena da Baixada, onde está em disputa uma vaga na Libertadores e a fuga do rebaixamento
  • um GreNal no Beira-Rio que pode valer vaga na Libertadores para os colorados
  • um Avaí x Figueirense na Ressacada em que os visitantes tentam a Libertadores
  • um San-São esvaziado  em Mogi Mirim, em que o tricolor joga suas derradeiras chances de Libertadores
  • um Clássico Vovô em Volta Redonda, onde o Fogão também joga suas últimas fichas para tentar a principal Copa do continente, e o tricolor entrar direto na fase de grupos da cobiçada taça
  • e por último, mas não menos importante, um Cruzeiro x Atlético de arrepiar em Sete Lagoas, onde o Galo já salvo, pode rebaixar o arquirrival Continuar lendo “Agueeenta coração!”

Senna, voando baixo nos cinemas.

O caderno Outlook do jornal Brasil Econômico (publicado pelo mesmo grupo de O Dia, Meia Hora e Marca BR) aproveitou a estreia nos cinemas de Soberano-Seis Vezes São Paulo (leia sobre a avant-premiere), para falar da ola de filmes sobre nossos times de futebol. A mesma produtora de Soberano – a G7-tem engatilhados mais dois projetos para o Internacional e um para o Grêmio. Canal Azul/Fox preparam novas películas sobre o Corinthians. Sem falar da produção da RT Features sobre Heleno de Freitas, com Rodrigo Santoro.

Lembro de tudo isso para mencionar um filme que vai interessar a todas as torcidas (e foi notícia dos principais portais em 16/9): Senna – Beyond the Speed of Sound (Além da Velocidade do Som).

O inglês Asif Kapadia dirige o documentário sobre o tricampeão de F1, amado por todas as torcidas, que se juntaram para rezar pelo piloto, naquele fatídico domingo de Imola. A página do Instituto Ayrton Senna no You Tube confirma a data de estreia no Brasil: 12 de novembro. Ao lado, o cartaz do filme para o mercado japonês, onde estreia antes, em outubro. A conferir!

Clássico Vovô, Choque-Rei, Gre-Nal e outros Clássicos das Multidões: nomes e apelidos dos dérbis estaduais.

Segundo o site do XV de Piracicaba, foi o jornalista Tomaz Mazzoni quem batizou de “Nhô Quim” o mascote do clube. Mazzoni também criou apelidos de outros times e de clássicos paulistas. Aproveito a rodada do Brasileirão com clássicos estaduais para publicar de novo a lista com nomes e apelidos de alguns dos grandes clássicos estaduais – e até municipais. Muitos desses grandes encontros já inspiraram edições especiais de revistas e livros. Não quis eleger aqui os maiores clássicos nacionais, coisa que já foi feita pela revista Trivela. A lista se refere aos clássicos que têm nomes ou apelidos como Fla-Flu, Gre-Nal, Clássico dos Clássicos, dos Milhões, das Multidões etc, mas não é definitiva. Aceito sugestões. Atualizado com as dicas dos amigos do Maranhão e do Domingos D ´Angelo, do MemoFut.

  • AtleTiba: Atlético Paranaense x Coritiba. Há um livro, “AtleTiba, a Paixão das Multidões”, de Vinícius Carneiro e Coelho Neto, editado pela prefeitura de Curitiba, em 1994.
  • Ba-Gua: Clássico de Bagé (RS), entre o Grêmio Esportivo Bagé e o Guarany.
  • Ba-Vi: Bahia x Vitória.
  • Botauto: clássico de João Pessoa, entre o Botafogo-PB e o Auto Esporte.
  • Bra-Pel: clássico de Pelotas (RS): Brasil e Pelotas. Livro: “A História dos Bra-Péis”, de Sérgio Augusto Gastal e Mário Gayer do Amaral (editado pela Signus em 2008).
  • Ca-Ju: Caxias x Juventude. Vejo no Futebooks que há um livro, “Clássico CA-JU: Paixão e Rivalidade“. De Gustavo Côrtez. Capa belíssima, abaixo.
    • Choque-Rei: o clássico entre Palmeiras x São Paulo, apelidado assim pelo jornalista Tomaz Mazzoni, do jornal “A Gazeta Esportiva”. Agora é tema de livro: “Palmeiras x São Paulo – As Histórias do Choque-Rei (confira mais neste post aqui).
    • Clássico da Amizade: Botafogo x Vasco.
    • Clássico da Amizade (PE): Santa Cruz x América-PE
    • Clássico Bisavô: America do Rio x Bangu, desde 1911.
    • Clássico da Ilha: o clássico de Florianópolis, Avaí x Figueirense – dica do Cleiton.
    • Clássico da Leopoldina: Olaria x Bonsucesso.
    • Clássico da Linguiça: Concórdia x Chapecoense.
    • Clássico da Saudade: encontrei essa referência na internet para designar Palmeiras x Santos. Veja a explicação de Juca Kfouri sobre a expressão.
    • Clássico da Soja: Cascavel x Toledo.
    • Clássico da Paz: América-RJ x Vasco.
    • Clássico da Paz – Ceará x Ferroviário. Agora Clássico dos Clássicos, dica do leitor Roberio.
    • Clássico da Técnica e da Disciplina: Náutico x América-PE
    • Clássico das Cores: Ferroviário x Fortaleza. Dois tricolores.
    • Clássico das Emoções: Náutico x Santa Cruz.
    • Clássico das Multidões (AL): CSA x CRB.
    • Clássico das Multidões (MG): América-MG x Atlético-MG.
    • Clássico das Multidões (PE): Santa Cruz x Sport, times da massa em Pernambuco.
    • Clássico das Praias: Santos x Portuguesa Santista. Dica do Marcos.
    • Clássico de Ouro: outro velho clássico de Salvador, Galícia x Ipiranga, segundo o site Clássico É Clássico.
    • Clássico do Café, no norte do Paraná: Londrina x Grêmio Maringá, dica do Marcos.
    • Clássico do Cariri: Icasa x Guarani de Juazeiro, outra dica do leitor Roberio.
    • Clássico do Carvão: Criciúma x Próspera.
    • Clássico do Interior, em Santa Catarina: Criciúma x Joinville.
    • Clássico do Vale (Santa Catarina): Metropolitano x Brusque – dica do Cleiton.
    • Clássico dos Campeões: Sport Recife x América-PE
    • Clássico dos Clássicos: Náutico x Sport, considerado o mais antigo do Nordeste. E o 3º do Brasil, atrás apenas do Clássico Vovô e do Gre-Nal. Como lembra o Maurício Targino, do BlogSport, as emoções de Timbu x Leão são contadas no livro “Clássico dos Clássicos – 100 Anos de História”, do Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e Roberto Vieira. Uma capa para torcedores do Sport, outra para os do Náutico. As capinhas abaixo saíram no Blog do Cassio Zirpoli, do Diário de Pernambuco.
    • Clássico dos Gêmeos: Esporte Clube União Suzano x União Suzano Atlético Clube
    • Clássico dos Gigantes: nome escolhido pelo jornal “Lance!” para Flu x Vasco. Mas não ‘pegou’, certo?
    • Clássico dos Maiorais: Campinense Clube x Treze fazem o derby de Campina Grande. O Clássico dos Maiorais foi assim batizado pelo locutor Joselito Lucena. Tema de reportagem no nº 2 da revista Fut, editado pelo Lance!
    • Clássico dos Milhões: Flamengo x Vasco. Livro: “Flamengo x Vasco”, de Roberto Asssaf e Clovis Martins (Relume Dumará, 1999).
    • Clássico Imperial: Imperatriz x JV Lideral. De Imperatriz (MA).
    • Clássico Rei: Ceará x Fortaleza. Livro: “Grandes Clássicos Reis da História – Ceará x Fortaleza”, de Airton de Farias e Vagner de Farias (Edições Livro Técnico, 2006).
    • Clássico Rei: ABC x América, o derby de Natal.
    • Clássico Tradição: dérbi paraibano entre o Botafogo-PB (de João Pessoa) e o Treze (Campina Grande).
    • Clássico Vovô: Botafogo x Fluminense, o mais antigo do Brasil. Segundo o site Livros de Futebol, há o livro “Clássico Vovô”, de Alexandre Mesquita e Jefferson Almeida.
    • Come-Ferro: clássico do interior paulista, entre Comercial de Ribeirão Preto e Ferroviária de Araraquara.
    • Come-Fogo: o clássico de Ribeirão Preto entre Comercial e Botafogo. Segundo o livroBotafogo – Uma História de Amor e Glórias, de Igor Ramos, que traz uma lista dos Come-Fogos até 2008, o apelido foi dado pelo jornalista Lúcio Mendes em 1954.
    • Dérbi citadino: Tubarão x Hercílio Luz.

  • Derby: Corinthians x Palmeiras. Há o livro de Antonio Carlos Napoleão,Corinthians x Palmeiras – Uma História de Rivalidade”. Sem falar no livro recém lançado pelo Aldo Rebelo, que trata especialmente de um amistoso de 1945.
  • Derby campineiro: Guarani x Ponte Preta.
  • Derby do Cerrado: Goiás x Vila Nova, o derby goiano.
  • Derby rio-clarense ou Briga de Galos: Rio Claro (Galo Azul) x Velo Clube (Galo Vermelho) – dica do Michel.
  • DeRB: Desportiva x Rio Branco, clássico capixaba, dica do Cesar.
  • Fer-Vo: Fernandópolis x Votuporanguense.https://www.facebook.com/flafluofilme/info
  • Fla-Flu: Flamengo x Fluminense, claro, jogado desde 1912. Há referências como Clássico das Multidões também. Seu Domingos D´Angelo do MemoFut indica 2 livros: “Fla-Flu: O Jogo do Século”, de Roberto Assaf e Clovis Martins, editado pela Letras & Expressões, em 1999. E “Fla-Flu… E as Multidões Despertaram”, de Nelson Rodrigues e Mario Filho (Edição Europa, 1987). E agora, o filme “Fla x Flu – 40 Minutos Antes do Nada”
  • Ga-Leão: o dérbi limeirense, entre o Independente (Galo) e a Inter de Limeira (Leão) – dica do Michel.
  • Goyta-Cano: clássico de Campos (RJ), entre Goytacaz e Americano.
  • GreNal: Grêmio x Internacional. Há o livro “A História dos GreNais”, texto de David Coimbra e mais 3 autores, na edição atualizada dos 100 anos do grande clássico gaúcho, publicada pela LP&M Editores.
  • Juve-Nal: Juventus e Nacional de São Paulo.
  • Juve-Nal (RS): Juventude x Internacional.
  • Majestoso: Corinthians x São Paulo. Outra criação do jornalista Tomaz Mazzoni.
  • Mare-Moto: Maranhão x Moto Clube.
  • Pai e Filho, ou Pai-Filho: Nacional FC e Nacional Fast Clube, pai e filho, quer dizer, o Fast é uma dissidência do Nacional.
  • Para-Tiba: Paraná x Coritiba – dica do Cleiton.
  • Para-Tico: Paraná x Atlético Paranaense.
  • Rio-Nal (AM): clássico manauara, Atlético Rio Negro x Nacional.
  • Rio-Nal (RS): é o clássico de Santa Maria (RS), Riograndense x Internacional de Santa Maria.
  • Rai-Fran: São Raimundo x São Francisco, o derby de Santarém (PA).
  • Re-Pa: Remo x Paysandu, também conhecido como Clássico-Rei da Amazônia. Tema do livro “Remo x Paysandu – O Clássico mais disputado do futebol mundial”, de Ferreira da Costa.
  • RiVengo: River (PI) x Flamengo (PI). Em livro: “Rivengo – O Clássico do Século”, de Severino Filho Buim, editado pelo autor, em 2001.
  • SAC-Dino: Sumaré Atlético Clube x Paulínia FC, o “Dino Paulino”
  • SaMará: Sampaio Corrêa x Maranhão AC também é conhecido como Clássico Vovô, por ser o mais antigo do estado.
  • San-São: Santos x São Paulo.
  • Super Clássico: Moto Clube x Sampaio Corrêa
  • Vi-Rio. Vitória x Rio Branco, clássico capixaba. Continuar lendo “Clássico Vovô, Choque-Rei, Gre-Nal e outros Clássicos das Multidões: nomes e apelidos dos dérbis estaduais.”