Voltaremos: pré-estreia do novo filme sobre o Juve da Mooca.

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A produção do filme Voltaremos”, primeiro longa-metragem sobre o Clube Atlético Juventus, está vendendo ingressos para a pré-estreia do doc, no comecinho de 2016. Vai ser em 30 de janeiro, um sábado, às 19h, no Teatro Gamaro, rua Dr. Almeida Lima, 1176,  Mooca, claro.
Os ingressos custam 15 reais e podem ser comprados por mensagens inbox pra página do filme “Voltaremos” no Facebook. Continuar lendo “Voltaremos: pré-estreia do novo filme sobre o Juve da Mooca.”

“Paysandú, 100 Anos de #Payxão”


O Espaço Itaú de Cinema da rua Augusta, no coração de Sampa, teve uma noite de estádio Olímpico Mangueirão nesta terça-feira.

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Cartaz do filme

O filme “Paysandu, 100 Anos de Payxão” foi exibido no CINEfoot, fora de concurso, na sessão de encerramento da edição paulistana do festival de cinema de futebol. Festa no saguão, gritos de bicolor… Papão… e na sessão, os gols de ídolos como Vélber, Robgol e Iarley foram comemorados quase que como se a galera estivesse na Curuzú ou no Mangueirão. O documentário de Gustavo Godinho e Marco André levou mais de 15 mil pessoas aos cinemas no Pará e Amapá, excelente número para um doc.

Outro filme sobre torcida apaixonada, na rodada dupla do CINEfoot, que na preliminar, digo, na sessão das 19h, exibiu o argentino Locura que Enamora MI Ciudad” sobre outro time azul e branco, o Talleres, de Córdoba. E se as torcidas dão show no interior da Argentina, o mesmo se pode dizer do Nordeste e no Norte do Brasil, que é o caso do Paysandu. Já é um filme que tem mais zoação – e põe gozação nisso -, afinal a rivalidade com o Remo é imensa, e o clássico Re-Pa, um dos mais tradicionais do Brasil. Mas também passa uma sensação de muito orgulho de Belém, do Pará e do Norte. E se este blogueiro aqui já considerava injusta a exclusão do Pará do Mundial 2014, vendo as cenas da torcida bicolor no Mangueirão lotado (o trailer já dá um belo aperitivo), a sensação é que foi uma enorme burrice deixar Belém fora da Copa do Mundo. Uma capital com um belo estádio e duas torcidas fanáticas!

Falemos aqui de coisas boas, a dramaticidade e explosão de alegria dos acessos celebrados pelo Papão da Amazônia… a histórica conquista em 2002 da Copa dos Campeões (torneio disputado por vencedores de torneios regionais como Copa Norte, Rio-São Paulo e a Copa Sul-Minas, embrião da futura Primeira Liga, que classificava para a Libertadores)… que jogo maluco foi a decisão contra o Cruzeiro em Fortaleza… a linda campanha na Libertadores 2003, com direito a vitória sobre o Boca em plena Bombonera. Iarley, super festejado. Aparição guardada pro momento certo.  Filme esperto, bem roteirizado, com ótimo arquivo, entrevistas bem escolhidas. Este pessoal tem mesmo muita história pra contar. Valeu! Continuar lendo ““Paysandú, 100 Anos de #Payxão””

“Locura que Enamora Mi Ciudad”

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Poster original do filme argentino:

Uma das surpresas do festival CINEfoot 2015 em Sampa foi este filme sobre paixão… fé… loucura pelo Club Atlético Talleres de Córdoba, que teve jogador campeão mundial em 1978 (Luís Galván), mas há mais de uma década não disputa a primeira divisão do futebol argentino. Bom, surpresa mesmo deve ser pra quem acha que futebol argentino se resume a Boca e River, ou mesmo San Lorenzo, Racing, Independiente, Vélez. É muito mais. Cada cidade, cada bairro, quase que cada estação de trem… tem sua paixão louca. Locura que Enamora Mi Ciudad conta com jeito meio de doc, meio de reality show, as histórias de cinco ‘hinchas’ do Talleres: Marta, Finchaco, Pipa, Colo e Mariano, no ano da campanha de acesso do “matador” da terceira para a segundona, em 2013.

O filme de Maximiliano Baldi engrena uma quinta marcha quando acompanha o Talleres 2013 e sua fanática torcida, seja no imponente estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba, seja nas pequenas canchas da terceirona argentina. É futebol muito bem filmado! No dia do acesso, então, Mario Alberto Kempes lotado, tem cenas que parecem de Play Station!  Continuar lendo ““Locura que Enamora Mi Ciudad””

Best, o “quinto beatle”… Não o Pete. Mas o George.

“Quinto beatle” era o apelido de um cracaço de futebol, George Best, ídolo da seleção da Irlanda do Norte e do Manchester United. Um jogador “star”. É considerado um dos integrantes da trindade que só não é santíssima porque o apelido do Manchester United é red devil. Old Trafford quase parou para homenagear o “quinto Beatle”, no minuto 7 da partida contra o PSV, para marcar os 10 anos da morte de Best – um mito que não se pode dizer que não viveu a vida. Veja a homenagem, primeiro no vídeo do canal FullTimeDEVILS e depois na foto da página do United no Face.

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Veja o post anterior: a trindade do Manchester United.

Tem até meme de internet que Best (George, não o Pete) “aparece “atravessando Abbey Road junto com os Beatles, e uma bola.

Foram muitas as homenagens a Best, que 10 anos depois da morte ainda figura como garoto da capa da nova edição da ótima revista espanhola Panenka.

Soube que estão tentando viabilizar um filme sobre George Best via crowdfunding, a tal da vaquinha online.

Rapaz, olha só o que ele aprontava (dentro de campo)…

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Entrevista com Juan Rodríguez-Briso, diretor de #Eighteam, atração do #CINEfoot.

11036802_866215093413957_5276178551288061191_nJogos Olímpicos de Seul, 1988. Zâmbia dá de 4 a 0 na seleção da Itália. Três gols de Kalusha Bwalya.

Abril de 1993. Um acidente aéreo no Gabão mata 18 Chipolopolos (balas de cobre) – apelido dos jogadores da seleção de Zâmbia. Bwalya só não morreu porque jogava no PSV Eindhoven e se juntaria à seleção depois.

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Copa Africana de Nações, 2012. Dezoito anos e 18 pênaltis depois, Zâmbia enfim conquista o primeiro título africano, no mesmo Gabão do acidente aéreo. A saga pra reerguer a seleção zambiana é o tema de E18team” (Eighteam), segundo filme de Juan Rodríguez-Briso. Uma das boas atrações do festival CINEfoot 2015, em São Paulo. Passa no domingo, às 19h, no Espaço Itaú de Cinema (da Rua Augusta). E disputa a Taça CINEfoot de melhor longa-metragem (confira os selecionados). Por e-mail, o blog Fut Pop Clube conversou com o diretor Juan Rodríguez-Briso sobre os Chipolopolos, cinema e futebol.

  • FUT POP CLUBE – Quando resolveu contar a história da seleção de Zâmbia? Na decisão por pênaltis contra a Costa do Marfim, na final da Copa Africana de Nações de 2012?

Juan Rodriguez-Brizo – Sou muito fã de futebol e geralmente vejo todas as

O diretor Juan Rodríguez-Briso
O diretor Juan Rodríguez-Briso : facebook.com/e18hteam/

grandes competições desse esporte. Estava vendo a final da Copa da África de 2012 na televisão e antes da partida se falava que Zâmbia ia jogar a final na mesma cidade onde ocorreu o acidente. Esse detalhe por si só já era muito chamativo. Mas quando a decisão por pênaltis começou a ser a ser tão estranhamente longa e finalmente foram 18 cobranças, automaticamente lembrei que 18 jogadores tinham falecido no acidente. Talvez tenha sido uma simples coincidência, mas pensei que se todas essas coincidências acontecessem num filme de ficção, as pessoas pensariam que o roteirista estava louco, mas nesse caso era uma história real e tinha que contar.

  • Onde poderia chegar aquela seleção de Zâmbia, não fosse o acidente aéreo Gabão?

Juan Rodríguez – Em geral, as apostas esportivas são uma boa referência para saber as chances de uma equipe. Se Zâmbia ganhasse esse o campeonato, se pagaria 40 por 1. Na final, a vitória de Costa de Marfim pagaria 1,5 a 1 e a de Zâmbia, 7 a 1. Zâmbia não tinha nenhum jogador entre as principais equipes da Europa, ao contrário da Costa do Marfim (Drogba, Yaya Touré, Gervinho). Pelo elenco, Zâmbia no deveria ter passado das quartas de final, mas por sorte demostraram que o futebol é um esporte coletivo e, seguramente, o fato de jogar no mesmo lugar do acidente deu uma motivação, una energia extra, que levou Zâmbia a ser a melhor equipe. Não esqueçamos que, além de ganhar da Costa do Marfim na final, também derrotaram Gana e Senegal, que dizer, ganharam de 3 das 5 melhores equipes da África, em teoria.

Nunca pensei em “Eighteam” como um documentário de futebol, mas como uma história de superação coletiva, do triunfo da força de vontade” – Juan Rodríguez

  • Quais foram as dificuldades para filmar “Eighteam”?

Juan Rodríguez – O mais difícil foi encontrar um patrocinador que ajudasse o projeto. Em Zâmbia, não existe uma grande produção audiovisual profissional e os possíveis patrocinadores que poderiam apoiar não acreditavam que seríamos capazes de realizar esse filme. Por sorte, pude entrar em contato com una produtora local, Ngosa Chungu, que foi minha mão direita lá. Durante o primeiro ano e meio, fizemos tudo de maneira independente. Até o primeiro esboço da “película”, não tivemos nenhuma ajuda. Finalmente, depois deste primeiro copião, conseguimos que a Zambeef, uma grande empresa de Zâmbia, se interessasse pelo documentário e aí conseguimos terminar.

Já estamos trabalhando para que a historia de “Eighteam” vire um filme de ficção. Desde já é uma história muito forte, com um final bem à La Hollywood – Juan Rodríguez-Briso

  • E o momento mais emocionante durante as gravações, qual foi?
  • Juan Rodríguez – As entrevistas com Beauty Lupiya, jornalista zambiana, e Simataa Simaata, ex-diretor da Federação de Futebol de Zâmbia. Ambos tinham muita relação com as pessoas que morreram no acidente. Quando fizemos a entrevista, já tinha passado quase 20 anos do acidente, mas pela maneira de contar como foi, parecia que o acidente tinha sido no dia anterior. Nas duas entrevistas, tivemos que parar porque os dois foram às lágrimas. E eu também, claro.

O Barcelona tem o melhor jogador da Argentina, o do Brasil e o do Uruguai, mais vários campeões do mundo com a Espanha em 2010. Se estivéssemos nos anos 80, seria como ter Maradona, Zico e Francescoli, mais a metade da seleção italiana de 82.

(a entrevista continua dentro do post)
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Brasileiros fazendo (e contando) a história na Major League Soccer

12175849_931810436892123_1847286971_o (1)Um documentário sobre a história do Orlando City na MLS abre nesta superquarta o Orlando Film Festival. “Making History”, de 46 minutos, tem direção do jornalista brasileiro Décio Lopes (que tem no currículo experiência de repórter e editor-chefe do Globo Esporte e Esporte Espetacular; seu Expresso da Bola, no Sportv, deixou saudades), hoje diretor de novos negócios do Orlando City, time que pertence ao empresário brasileiro Flávio Augusto da Silva.

MakingHistoryLDécio Lopes, que também foi documentarista da seleção brasileira, escreveu, dirigiu e fez as entrevistas de “Making History”. Nesta estreia no Orlando Film Festival, o doc sobre os Lions vai passar em três sessões seguidas e múltiplas salas.

O filme de Décio conta a história do time, desde o seu embrião, o Austin Aztex, na capital do blues no Texas, até mudar pra Flórida, virar Orlando City Soccer Club e ser comprado pelo brasileiro Flávio Augusto da Silva. A apresentação de Kaká, a campanha pra encher o Citrus Bowl e a primeira partida dos Lions na Major League Soccer, em 8 de março de 2015. Teve participação decisiva de Kaká e tudo.

O diretor Décio Lopes disse numa entrevista para a Marcela Gouveia, no site do Orlando City:

Aquele dia foi um dia para a história e eu acho que esse clube vai chegar aos seus 50, 60, 100 anos, como os times do Brasil, da Inglaterra, da Argentina e aquele primeiro momento vai estar registrado. Essa é a maior alegria para mim. Acho que o filme constrói o seguinte diálogo: passado, presente, futuro”.
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“I Believe in Miracles”: o novo filme sobre o técnico Brian Clough.

Domingo agora, 11 de outubro, um gigantesco telão inflável no City Ground – estádio do Nottingham Forest – vai mostrar o filme “I Believe in Miracles”, documentário de Jonny Owen sobre a era Brian Clough. Com o treinador, o Nottingham Forest foi bicampeão europeu em 1978-79 e 79-80. Veja o trailer…


… e confira o poster.
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“Barça Dreams”

12027508_1661462384122473_5318246468487196635_nVi na “Trivela”. Vem aí o documentário “Barça Dreams – The True Story of FC Barcelona”, produzido pelo bicampeão do MotoGP Jorge Lorenzo (que é culé, torcedor do Barcelona) e dirigido por Jordi Llompart.

Foram mais de dois anos de trabalho, revirando arquivos, gravando partidas e animações 3D, além de muitos depoimentos de craques, treinadores, jornalistas e historiadores – tudo pra contar os mais de 115 anos de história do Barça, de Joan Gamper à era Messi. Dá pra ter um gostinho no trailer, abaixo. Continuar lendo ““Barça Dreams””

Viu #TheDamnedUnited, “Maldito Futebol Clube”? Pois outro filme vai contar a era Brian Clough no Nottingham Forest!

11377230_964484486929330_7428304485425754291_nO Notthingam Forest, que comemora 150 anos em 2015, anunciou a pré-estreia mundial do filme “I Believe in Miracles”, sobre o time treinado por Brian Clough, que conquistou a Copa dos Campeões (hoje Liga dos Campeões), na temporada 1978-79 (1-0 sobre o Malmö, no estádio Olímpico de Munique) e um ano depois foi bicampeão europeu (outro 1 a 0, sobre o Hamburgo, no Bernabéu). A “avant premiere” do filme – que está sendo muito elogiado por quem viu, segundo relatos que chegam de Nottingham – vai ser num domingo, 11 de outubro, no estádio do Forest (hoje na segunda divisão inglesa), o City Ground (foto abaixo).11219676_1021434907900954_684668470163520370_n
Quinze mil pessoas são esperadas no estádio pra ver o documentário produzido por Jonny Owen. Depois, “I Believe In Miracles”vai passar em alguns cinemas ingleses (entra em circuito em 13 de outubro). Sai em DVD e Blu-Ray na terra da rainha em novembro.

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Filmão: “Campo de Jogo”.

Poucas vezes vi futebol profissional tão bem tratado pelas câmeras do cinema como a final de campeonato anual de favelas, entre o Esporte Clube Juventude e o Geração Futebol Clube, neste “Campo de Jogo”, documentário de Eryk Rocha (filho de Glauber Rocha, diretor de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, “Terra em Transe” etc etct etc).

O Juventude, que tem um escudo semelhante ao xará de Caxias do Sul, é do bairro Sampaio, e recebe no seu campo – não muito distante do Maracanã – o Geração, da comunidade da Matriz. Decisão do campeonato anual de favelas, que reúne 14 times. E mais não posso falar, pra não ser #spoiler.

O tratamento a times amadores como Juventude e Geração, seus jogadores, seus técnicos e seus torcedores é semelhante ao que as lentes do Canal 100 davam ao futebol campeão do mundo, num palco sagrado como o Maracanã, e personagens como os jogadores da seleção (e claro, os “geraldinos”)

Os heróis e vilões aqui são todos anônimos, pelo menos para o grande público. Certamente são ídolos nas comunidades que defemdem. “Campo de Jogo” tem 71 minutos sem narração, sem voz em off, sem entrevistas. Só um balé de imagens (preste atenção na cena do juiz cercado), outro show de captação de som ambiente (com direito a vários #VTNC, #FDP e #PQP de qualquer estádio de futebol) e ótima trilha sonora. O resultado é um filme que daqui a muitos anos certamente será lembrado como um marco. Como um clássico.

É claro que quem torce o nariz para futebol não vai encarar. Uma pena. Dentro do post, o cartaz do filme. Filmão. Continuar lendo “Filmão: “Campo de Jogo”.”