“82 – Uma Copa – Quinze Histórias”

Dica da coluna do Tostão.

http://82umacopa15historias.blogspot.com.br/
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Dos 5 clássicos entre Canarinho e Azzurra nas Copas, ganhamos as duas finais (tema do post seguinte) e vencemos também a decisão do 3º lugar em 1978 (golaço do Nelinho!). E a Itália triunfou em duas autênticas “decisões”: semifinal de 1938 e em 5 de julho de 1982.Só no ano passado, o Brasil 2×3 Itália do velho estádio do Espanyol e a seleção de Telê foram tema de três livros brasileiros, mais o do colombiano Wilmar Cabrera, “Los Fantasmas de Sarrià Visten de Chándal“, lançado na Espanha. E agora “82 – Uma Copa – 15 Histórias reúne 15 contos de ficção em torno da chamada “tragédia do Sarrià”. Ele fala de uma seleção que não ganhou a Copa, mas conquistou o mundo, como diz o título de outro livro, o de Falcão. O Brasil de Telê poderia empatar, mas perdeu da grande Itália de Zoff, Rossi e Bearzot e saiu fora de um emocionante Mundial.82 - DIVULGAÇÃO (1)
Dentro do post, o convite para a próxima noite de lançamento do livro organizado por Mayrant Gallo em Salvador, que tem na capa a premiada foto de Reginaldo Manente, primeira página do saudoso “Jornal da Tarde” no dia seguinte da “tragédia“. Continuar lendo ““82 – Uma Copa – Quinze Histórias””

Livro: “Los Fantasmas de Sarrià Visten de Chándal”

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Pela revista espanhola Mediapunta (ver post anterior), fiquei sabendo do livro do jornalista colombiano Wilmar Cabrera: Los Fantasmas de Sarrià Visten de Chándal (lançado em castelhano pela Editorial Milenio, da Catalunha, em junho 2012). É uma elaborada mistura de ficção e realidade, memória e fatos, bolada pelo jornalista colombiano radicado em Barcelona há 5 anos. E como o nome sugere, o futebol brasileiro é um dos personagens principais, já que a derrota da seleção de Telê Santana para a Itália de Bearzot, Zoff, Gentile e Rossi (três vezes Paolo Rossi…) no Mundial de 1982 está em todo o livro. É o que chamamos aqui de a “tragédia do Sarrià” – para Wilmar Cabrera, guardadas as proporções o “11 de setembro do futebol brasileiro”.  Sarrià é o nome do bairro de classe média alta de Barcelona, que emprestou seu nome para o estádio do RCD Espanyol, entre 1923 e 1997. Em 21 de junho daquele ano, o Espanyol jogou sua última partida no Sarrià, Dá para imaginar a dor dos torcedores blaquiazules ao testemunhar a demolição de seu estádio. Comparável talvez à dor do torcedor brasileiro, depois da derrota para a Squadra Azzurra. Torcer para a Seleção Brasileira nunca mais foi a mesma coisa. O que o brasileiro precisa entender é que a Itália também tinha um timaço – e contava com a preferência – surpresa!- do autor, Wilmar Cabrera, por razões sentimentais. Na Colômbia, ele é torcedor dos Millonarios. No álbum da Copa de 78, escolheu uma seleção com as cores do seu time de coração. Deu Itália. Preferência mantida em 1982. Se o Brasil de Telê jogava por samba – como o “Voa Canarinho” cantado por Júnior -, para Wilmar Cabrera a Itália era uma orquestra de jazz.
Alguma editora tem a manha de lançar Los Fantasmas de Sarrià Visten de Chándal no Brasil?
Continuar lendo “Livro: “Los Fantasmas de Sarrià Visten de Chándal””

Sarrià, 5 de julho de 1982

Poster do Mundial de 1982

Há 30 anos, o Brasil enfrentou a Itália no estádio Sarrià, que era o campo do RCD Espanyol de Barcelona. A seleção Canarinho treinada pelo mestre Telê Santana poderia empatar, para garantir a vaga na semifinal. Mas acabou voltando para casa. A Itália de Enzo Bearzot não ficou atrás no placar. O bambino Paolo Rossi abriu o marcador aos 5. Sócrates empatou sete minutos depois.  Paolo Rossi desempatou aos 25. No segundo tempo, o Brasil empatou novamente com um golaço de Falcão. O resultado classificaria o Brasil. Mas o camisa 20 da Squadra Azzura marcou seu terceiro gol a 11 minutos do apito final.

A chamada ‘tragédia do Sarrià’ foi retratada numa foto de Reginaldo Manente, que captou o choro de um menino com a camisa amarelinha, nas arquibancadas do estádio do Espanyol. A foto ocupou quase toda a primeira página do Jornal da Tarde, do grupo Estadão, no “day after” – o dia seguinte da tragédia. Uma capa histórica (veja aqui).

Sarriá-82 – O Que Faltou ao Futebol-Arte?” é o nome de um livro lançado esta semana pela Maquinária Editora, em que Gustavo Roman e Renato Zanata Arnos tentam explicar o que aconteceu com o escrete que encantou o mundo. Continuar lendo “Sarrià, 5 de julho de 1982”

Eurocopa

Capa da edição especial sobre a Euro 2012, da ‘Four Four Two’ brasileira

Começa nesta sexta-feira com Polônia x Grécia e Rússia x República Tcheca a décima-quarta edição da Eurocopa. Pra quem curte guias impressos de competições, está nas bancas uma revista especial sobre a Euro 2012, com o selo da “Four Four Two” (editora Alto Astral). Bem interessante. Alguns jogões para ver, nesta primeira rodada:

  • Holanda x Dinamarca, sábado, 13h de Brasília
  • Alemanha x Portugal, sábado, 15h45. Enfim, todos do grupo B!
  • Espanha x Itália, domingo, 13h
  • França x Inglaterra, segunda-feira, 13h

Confira a lista das seleções campeãs da Eurocopa, o campeonato europeu de futebol, que começou em 1960 como Copa das Nações Europeias.

  • 1960 – União Soviética
  • 1964 – Espanha
  • 1968 – Itália
  • 1972 – Alemanha Ocidental
  • 1976 – Tchecoslováquia
  • 1980 – Alemanha Ocidental
  • 1984 – França
  • 1988 – Holanda
  • 1992 – Dinamarca
  • 1996 – Alemanha
  • 2000 – França
  • 2004 – Grécia
  • 2008 – Espanha

Abaixo, uma fichinha da Eurocopa de 1980 (vencida pela Alemanha Ocidental), feita na época por um garoto maluco por futebol, que hoje vos bloga. A Euro 1980 foi a primeira a ter 8 seleções na fase final, disputada na Itália (em Roma, Milão, Turim e Nápoles). Na frente da ficha, o time-base das 8 seleções. Repare na escalação da Squadra Azzurra, treinada por Enzo Bearzot: Zoff, Scirea, Gentile, Baresi, Cabrini; Tardelli, Antognoni e Orialli; Causio, Bettega e Graziani. Base do time que em 1978 perdeu a decisão do 3º lugar no Mundial argentino para o Brasil – e arrepios nos fãs de Telê Santana como eu- da Squadra que enfrentou a seleção Canarinho, no velho estádio Sarrià do RCD Espanyol de Barcelona. Oito “calciatori” da Euro 1980 participaram daquela (para nós brasileiros) fatídica tarde de julho de 1982.


No verso, digo, dentro do post, os resultados das oito partidas da Eurocopa 80 (as seleções foram dividadas em dois grupos de quatro; as vencedoras de cada grupo jogariam a final, no Olímpico de Roma; as segundas de cada grupo disputariam o 3º lugar, no San Paolo, em Nápoles). Continuar lendo “Eurocopa”

Copa de 1982

Publicado em 26 de abril de 2010
“G´Olé” é o nome original do filme da Copa de 82, que chegou às bancas, em DVD, como “Espanha 1982“. Um Mundial que começa no Camp Nou, em Barcelona, e termina no Santiago Bernabéu, em Madri. Um Mundial em que a então campeã, a Argentina, teve a estreia de um tal de Diego Armando Maradona em Copas. Um Mundial em que o jogo mais famoso não foi a final, mas a partida em que a Squadra Azzurra de Bearzot, Zoff, Scirea e Paolo Rossi eliminou o Brasil de Telê, Júnior, Falcão, Sócrates, Zico, num estádio que hoje não existe mais, o Sarriá, antigo alçapão do Espanyol de Barcelona – daí a expressão “A tragédia do Sarriá”, quase sempre lida e ouvida quando se fala da Seleção Brasileira nessa copa. Um Mundial que ainda teve Platini, Rummenigge, Boniek, Kempes… Uma Copa com tudo isso merecia um documentário melhor do que “G´olé”. Mas pelo registro histórico, todos nós fanáticos por Copas ficamos interessados. Mesmo que muitas vezes dê vontade de abaixar o volume da narração – texto demais, com comentários muitas vezes dispensáveis. Uma pena. Ah, o filme da Copa 82 tem música do tecladista Rick Wakeman, fera do rock progressivo.