E a Taça Cinefoot 2018 foi para …

E a Taça Cinefoot 2018 foi para …

Documentários sobre ídolos da bola, grandes técnicos, torcidas, torcedores, seleções, clubes… da Portuguesa Santista à Chapecoense.

Futebol feminino.

Futebol de várzea.

E até ficção sobre futebol.

Terminou em São Paulo mais uma temporada do Cinefoot. E ao final das cinco rodadas, a Taça Cinefoot de melhor curta foi para “Todos Querem Colo-Colo”, do canal Peleja – uma bela reportagem de Murilo Megale, que foi a Santiago investigar a exploração do time mais popular do Chile pela ditadura Pinochet (1973-1990).
Filme completo aqui (vale muito a pena, são 17 minutos). Estádio Nacional, Carlos Caszely, eliminatórias da Copa de 1974, plebiscito sobre continuação do regime militar são alguns dos temas. Trailer abaixo:


Em segundo lugar na categoria curta, ficou a divertida comédia alemã “Um Bayern Diferente”.

A Taça Cinefoot de melhor longa foi para “Don Diego – Carne, Osso e Coração”, produção da SPFC Tv, canal oficial do tricolor paulista no You Tube. O doc aborda a despedida de Diego Lugano dos gramados. Sua relação com os demais jogadores, especialmente os mais jovens, num ano em que o São Paulo lutou pra não cair. Pode ser visto na íntegra neste link aqui. Trailer abaixo:

Outros premiados dentro do post. Continuar lendo “E a Taça Cinefoot 2018 foi para …”

As estrelas da Chapecoense

O novo distintivo da Chape: chapecoense.com/2016/noticias/365
O novo distintivo da Chape: chapecoense.com/2016/noticias/365

Dez dias depois da tragédia com o avião da Lamia, a Chapecoense anunciou pequenas, mas justíssimas modificações no escudo do clube. Duas novas estrelas.

A mais evidente, acima do distintivo, se refere à conquista da Copa Sul-Americana 2016, título confirmado pela Conmebol esta semana. É uma estrela branca, em sinal de paz.

A segunda estrela está no interior da letra F – de ACF, Associação Chapecoense de Futebol – segundo a Chape, uma forma sutil, mas impactante, de eternizar os que dedicavam suas vidas ao Furacão, o Verdão do Oeste.

É isso. As vítimas deram suas vidas pelo time, pela cidade de Chapecó, pelo jornalismo, pelo rádio, pela TV. Pelo amor ao futebol, ao esporte.

Vários times vão entrar em campo na rodada de domingo com diferentes formas de homenagem. Veja as camisas divulgadas até agora, neste álbum aqui, na página do Fut Pop Clube no Facebook. Continuar lendo “As estrelas da Chapecoense”

O planeta bola abraçou a Chape

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Indumentária que os verdolagas usaram no sábado contra o Millonarios: o Atlético Nacional, de luto. facebook.com/nacionaloficial/

Minutos de silêncio… braçadeiras de luto… o gesto do Cavani… cantos e faixas de torcidas… distintivos em telões e uniformes… hashtags. Foram muitas e tocantes as homenagens do futebol mundial – noves fora o tributo campeão do Atlético Nacional -às vítimas do acidente com o avião da Chapecoense, que matou 71 pessoas, entre jogadores, comissão técnica, dirigentes, jornalistas, tripulantes. Teve um FUERZA CHAPECOENSE até antes do maior clássico do mundo, o Barça-Madrid desta tarde.

 

Preparei um álbum com algumas das camisetas de muitos times do Brasil, da América do Sul e da Europa que já incluíram homenagens à Chape, seja com o escudo original, seja com a versão de luto do distintivo.

Neste post, destaco uma das mais bonitas demonstrações de solidariedade ao campeão catarinense. A camisola que a equipa do Sporting usou hoje, no jogo contra o Vitória de Setúbal, no estádio Alvalade, em Lisboa. Além disso, os adeptos do leão cantaram “Vamos, Vamos Chape…” por volta do minuto 71 – número de mortos nesse acontecimento que comoveu o mundo todo.

Equipanento que o Sporting usou: um baita escudo no peito e a inscrição "Eternos campeões",,,
Equipanento que o Sporting usou: um baita escudo no peito e a inscrição “Eternos campeões”,,,

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A mais triste das jornadas esportivas

15241190_1503083466387401_7400566272436966969_n(Não é) uma quarta-feira qualquer. A esta hora, a Associação Chapecoense de Futebol estaria começando a decidir a Copa Sul-Americana 2016 contra o Atlético Nacional. Uma partida na Colômbia, outra no Brasil, na semana que vem.

O time de guerreiros (como o índio Condá que batiza o estádio municipal de Chapecó) comandado por Caio Júnior, estaria tentando jogar de igual para igual com o atual campeão da Libertadores.

Será que um de seus atacantes, como o cabeludo Kempes, o Ananias ou o ídolo Bruno Rangel, maior artilheiro da história da Chape, autor do tento que confirmou o acesso à primeira divisão do Brasileirão, apenas três anos atrás, dariam motivos para o Deva soltar seu inacreditável grito de gol? Ou que de repente o experiente Cleber Santana, com passagens por grandes clubes do Brasil e da Europa, faria o gol decisivo? Será que o goleiro Danilo faria mais um milagre, como fez muitas vezes este ano, no Brasileirão e na campanha da Sul-Americana?

Ganhando ou perdendo a Chape, os jornalistas e radialistas da Fox Sports, do grupo Globo, da RBS, das rádios catarinenses estariam lá contando uma história emocionante, o polêmico Mário Sérgio daria suas opiniões, o Ari Júnior nos brindaria com cada imagem de cinema…

Não importa mais o resultado.

Não importa nenhum resultado. Estamos diante da rodada mais triste da história do futebol brasileiro. Que Maracanazo, que tragédia do Sarrià, que 7 a 1 o quê! Perder é do jogo, ainda mais perder de um Uruguai já campeão do mundo, de uma squadra como a Azzurra de 1982, de uma Alemanha mais forte e muito mais organizada.

O que não é do jogo é perder de uma vez tantos dribles, tantos cruzamentos, tantos toques, tantos arremates, tantas defesas, tantas imagens, tantas pautas, tantos reportagens, tantos gritos de ….

Gooooooooooooollllllllllllll!!!!

Domingo ainda todos estavam aqui, no Allianz Parque, na transmissão da televisão, no jogo em que outro Verdão, o  Palmeiras, fez a sua maior festa em muitos anos. E agora… a Chape estava nas divisões nacionais do futebol há tão pouco tempo, mas para quem acompanha futebol parecia que estava desde sempre, gigante que era em Santa Catarina, cinco vezes campeã estadual em 43 anos de vida!

Que os que ficam nos vestiários, gramados e arquibancadas da Arena Condá, nas cabines de rádio e TV e nas redações saibam onde arrancar forças para tocar o barco – e poder contar para as próximas gerações a brava história deste lindo Verdão do Oeste.

Vamos, vamos Chape!

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