Andrés Iniesta Luján

Andrés Iniesta Luján

Cena do quarto episódio da segunda temporada da série espanhola “Ministério del Tiempo“. A louraça Irene (Cayetana Guillén Cuervo) comenta algo como: “há cinco anos, o Ministério teve que salvar um antepassado de Iniesta“. A agente Amelia Folch (a bela Aura Garrido), uma das primeiras mulheres a estudar em universidade em Barcelona no final do século XIX, recrutada para viajar nas portas do tempo do Ministério, pergunta quem é Iniesta. “Pacino” (Hugo Silva), um policial recrutado no começo dos anos 80, também não faz ideia de quem seja.

Rápida explicação pra quem não é viciado na série como eu: esse ministério do tempo, criado (na ficção, claro) pelo governo espanhol, manda seus funcionários ao passado para evitar mudanças na história da Espanha. E Iniesta, você sabe, fez o gol mais importante da história de La Roja. Sem ele, a Espanha não teria Copa do Mundo. Não só: já é considerado o melhor jogador espanhol de todos os tempos.

Pois voltando a 2018, na vida real, Andrés Iniesta Luján, nascido há 34 anos em Fuentealbilla, na província de Albacete, só tem mais dois jogos oficiais com a camisa 8 do Barcelona: hoje contra o Levante e na semana que vem contra a Real Sociedad. Com a camisa 6 da Espanha, vai enfrentar Portugal, Irã e Marrocos, na primeira fase do Mundial 2018 na Rússia. Depois da Copa, o futebol do maestro provavelmente só será visto por quem tem acesso ao campeonato japonês ou de algum outro mercado asiático.

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Don Andrés sai por cima, em alto nível, numa temporada em que, se caiu nas quartas da Champions, ganhou o #doblete, dobradinha de La Liga e Copa do Rei. Foram ao todo 32 taças pelo Barça – quatro Champions, nada menos que nove ligas espanholas em dezesseis temporadas, seis Copas, sete Supercopas de Espanha, três Supercopas da Uefa e três mundiais de Clubes.

Com a camisa da Espanha, a Copa do Mundo 2010, e o bi da Euro, 2008 e 2012.

Só nos resta agradecer pelo privilégio de ter visto os recitais de Don Andrés Iniesta pelos gramados do planeta bola.

Gracias, maestro!

A propósito, a série “Ministério del Tiempo” tem muitas outras referências a futebol.

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Retrô: Tottenham Hotspur 1978

Retrô: Tottenham Hotspur 1978

A camisa desta sexta-feira. Retrô do Tottenham Hotspur 1978, quando chegaram os argentinos Osvaldo Ardiles e Ricardo Villa. Tem o selo da Admiral, marca que vestiu os Spurs de 1977 a 80.

Ossie Ardiles e Ricky Villa chegaram a White Hart Lane como campeões do mundo, depois da Copa de 1978. Continuar lendo “Retrô: Tottenham Hotspur 1978”

Amor à camisa: CE Sabadell FC

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Samarreta Sabadell 2017-2018 – da Hummel

A camisa desta sexta-feira é a samarreta principal do Centre d’Esports Sabadell Futbol Club – os arlequinats, exatamente por causa do visual. O Sabadell, da cidade que batiza (importante centro financeiro na Catalunha), joga atualmente na segunda B da Espanha – na prática a terceira divisão.

Este modelo da Hummel é da temporada 2017-2018 e foi comprado na lojinha do clube no estádio Nova Creu Alta, em Sabadell. Continuar lendo “Amor à camisa: CE Sabadell FC”

Coleção da Umbro liga sete clubes brasileiros a sete seleções do Mundial 2018

Umbro Nations: coleção especial de 7 clubes brasileiros, com referências a 7 países participantes do Mundial.

De olho na febre do Mundial 2018, a Umbro brasileira lançou nesta sexta-feira 13 sete novos uniformes de clubes nacionais com quem tem contrato, cada um em homenagem a uma seleção que vai disputar a Copa. Confira dentro do post.

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Retrô: Crystal Palace 1978-79.

Retrô: Crystal Palace 1978-79.
Camisa retrô em homenagem à campanha do Crystal Palace na temporada 1978-79, que resultou na volta dos #eagles à elite do futebol inglês.

O Crystal Palace, clube azul e vermelho do sul de Londres, tinha jogado no topo da pirâmide do futebol inglês entre 1969 e 1973. Depois, chegou a cair até a terceira divisão. Sob o comando do técnico Terry Venables, conseguiu subir da terceira para segunda divisão em 1976-77. E em 1978-79, o Palace fez grande campanha na segundona -apenas quatro derrotas-e ganhou o título da Second Division. Na defesa, estava um ídolo do clube do sul de Londres: o zagueiro Jim Cannon, 660 partidas com a camisa do CPFC.

Na última rodada, um empate garantia a vaga e uma vitória também valia a taça. Jogando com uma camisa branca com a faixa diagonal vermelha e azul, feita pela marca inglesa Admiral, os #Eagles ganharam por 2 a 0 do Burnley no jogo do acesso e do título. Gols de Ian Walsh e Dave Swindlehurst. O público foi recorde em Selhurst Park : 51.482 torcedores. A procura foi tão grande que os portões do estádio foram fechados uma hora antes do match!

Agora, essa camisa histórica que marcou a volta do Palace à primeira divisão inglesa foi resgatada no modelô retrô acima, lançado pela Score Draw, com o selo da Admiral, fornecedora dos #Eagles na época.

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Diário de bordo: giro do Fut Pop Clube em 2018

Diário de bordo: giro do Fut Pop Clube em 2018

Foram dez jogos em cerca de 20 dias. Dez estádios diferentes, oito deles inéditos para o blog Fut Pop Clube. Abaixo, um resumo do #RolêDoFutPopClube, temporada 2018, por campos da Inglaterra e Espanha.

  • Tottenham Hotspur 2×0 Huddersfield Town FC, Wembley Stadium, 3 de março de 2018.

    Vitória do Tottenham em Wembley, 3 de março de 2018.

Conhecer Wembley era um sonho de muitos anos – infelizmente não visitei o estádio como era antes. A temporada inteira dos Spurs no estádio nacional da Inglaterra, casa oficial da seleção inglesa, proporcionou a oportunidade. Ok, não foi nenhum clássico, mas uma partida em que os lillywhites consolidaram a boa campanha na Premier League 2017-2018 com mais uma vitória, pela 29ª rodada. Fui pra ver Harry Kane e acabei assistindo ao sul-coreano Son brilhar, marcando os dois gols. Atmosfera muito bacana, que já começa no caminho entre a estação Wembley Park e o estádio. Tente resistir à oferta de programas, cachecóis, pins e até flâmulas nas bancas e mãos dos vendedores…

Wembley, 3/03/2018

O brasileiro Lucas Moura (São Paulo, PSG) entrou no final, puxou algumas bolas, mas não foi muito adiante em contra-ataques. 68.311 espectadores contribuíram para o belo espetáculo. Mais desse jogo no post anterior. Dias depois, os Spurs seriam eliminados da Champions pela Juve dentro de Wembley.

  • Crystal Palace 2×3 Manchester United, Selhurst Park, 5 de março de 2018
Selhurst Park, março de 2018.

Dois dias depois do jogo do Tottenham, ainda pela rodada 29 da Premier, FutPopClube foi ao sul de Londres numa segunda-feira à noite conhecer o estádio do Crystal Palace, numa partida emocionante contra o Man United, de José Mourinho. Vinte e oito mil pessoas no Selhurst Park, que é um alçapão – tive a sensação que aquilo é um barril de pólvora que pode explodir a qualquer momento. Panela de pressão total, tribunas grudadas no campo. Uma torcida participante o tempo todo empurrou o Palace, que abriu 2×0. Mas quando Mourinho mandou o United pra frente, no segundo tempo, o time da casa não resistiu. E perdeu de virada no finalzinho. Claro que a torcida do azul e vermelho do sul de Londres ficou p… da vida (o time vai lutar pra não cair), mas deu show a partida toda. Ouça um dos cantos:

Não sei se por ser um jogo contra o Manchester United, mas Selhurst Park confirmou todas as expectativas e até as superou. Um dos melhores ambientes futboleros encontrados nesta viagem, se não o melhor. Parabéns, Palace! Se cair, que volte logo. Mais neste post aqui.

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Que fase! West Ham 0x3 Burnley, em pleno London Stadium.

Que fase! West Ham 0x3 Burnley, em pleno London Stadium.
London Stadium, 10 de março de 2018

Começou assim.

Bolhas no ar…

Bubbles in the air

… e homenagens ao eterno capitão dos melhores anos do West Ham. Bobby Moore morreu em 1993, com apenas 51 anos. Câncer no intestino. Em 2018, um minuto de palmas. Respeito ao ídolo também da seleção inglesa, campeã mundial em 1966.

E terminou com muita confusão.

Um dos invasores do campo pegou a bandeirinha de córner e levou pro meio de campo… sem marcação nenhuma…

Primeiro tempo absolutamente truncado, jogo parado toda hora. A torcida do WHUFC apoiava, mas nas primeiras falhas, mostrava impaciência. A fase não é nada boa, na segunda temporada no novo estádio. Continuar lendo “Que fase! West Ham 0x3 Burnley, em pleno London Stadium.”

Surpresa no Etihad Stadium: Manchester City 1×2 Basel.

Surpresa no Etihad Stadium: Manchester City 1×2 Basel.

Rolê do Fut Pop Clube 2018, matchday #4! Champions! Aliás, o tema da competição da Uefa foi vaiado aqui em Manchester.

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O Manchester City passou para as quartas de final da Champions (pela segunda vez na história dos citizens), ao lado do Liverpool, Real Madrid e da Juve, que virou o mata-mata diante do Tottenham Hotspur, em pleno Wembley, depois de um primeiro tempo em que Buffon só não impediu o gol – mais um! – do habilidoso e veloz sul-coreano Son (veja post anterior). No quarto #matchday desta turnê do Fut Pop Clube pelas canchas da gringa, fui ao Etihad Stadium, em Manchester, para ver o City de Josep Guardiola jogar. E vi foi uma atuação guerreira do FC Basel, para honrar a linda camisa azul e vermelha do campeão suíço depois do 0x4 na Basileia. Claro, há que levar em consideração que Pep poupou meio time, do goleiro Ederson ao artilheiro Agüero, incluindo o cérebro do time, o belga De Bruyne.

Como em muitas das experiências anteriores em partidas de futebol no exterior, a gente fica com um olho no gramado e outro na arquibancada. E nesse quesito quem deu show também foi a torcida suíça. Espetáculo pirotécnico e 90 minutos cantando sem parar, mesmo quando o dono da casa abriu o placar.

Gol do brasileiro Gabriel Jesus – que lutou (e apanhou) 90 minutos.

Goleada à vista? Não foi isso que vimos. Vimos o campeão suíço jogando direitinho, com muita raça, e uma atuação decepcionante do líder do campeonato inglês. Empatou no primeiro tempo (Mohamed Elyounoussi, livre livre na área, quase um pênalti) e virou o segundo (Michael Lang, cara a cara com o portero chileno Bravo).

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Futebol à beira do Tâmisa, em noite de Fulham 3×0 Sheffield United.

Futebol à beira do Tâmisa, em noite de Fulham 3×0 Sheffield United.
  • Publicado em 6 de março de 2018

O Fulham é de 1879 e desde 1896 os whites estão em Craven Cottage, que fica exatamente ao lado do rio Tâmisa, no sul de Londres, a uma camimhada de 15 minutos da estacção Putney Bridge. Nesta segunda-feira, um excelente público tomou grade parte do estádio mais retrô de Londres, para o jogo contra o Sheffield United, pela segundona inglesa. Tem muita música antes e depois do jogo e também no intervalo, e ainda bem que é música boa. A torcida fez um barulho danado batendo um leque de papelão que o clube distribuiu.

Come on you, whites! Come on, Fulham.

Fiquei na Riverside Stadium, paralela ao rio. Na “preleção”, a torta e a cerveja foram exatamente ao lado do rio, olhando pra outra margem. E não que a tal da torta não é de se jogar fora? Quentinha, ajudou a esquentar o corpo numa noite bem fria.

Os mil e quinhentos torcedores do Sheffield United começaram cantando forte, como costumam fazer as torcidas visitantes na Inglaterra, deram uma parada depois do primeiro gol, mas quando já estava 3 a 0, gritaram forte, rápido, como se fosse uma palavra só:

S h e f f i e l d U n i t e d ! S h e f f i e l d U n i t e d ! SheffieldUnited !

Se nas tribunas a noite foi equilibrada, no gramado só deu Fulham. O sérvio Aleksandar Mitrović marcou dois gols. Pouco depois de entrar, o brasileiro Lucas Piazon (ex-São Paulo, está emprestado pelo Chelsea) deu uma assistência pra Cairney definir o placar.
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Virada emocionante do Manchester United, em noite de casa cheia no estádio ‘raiz’ do Crystal Palace.

Virada emocionante do Manchester United, em noite de casa cheia no estádio ‘raiz’ do Crystal Palace.

Reportagens de TV, transmissões e, especialmente, uma crônica do Arthur Dapieve no Segundo Caderno do jornal O Globo já tinham chamado a atenção para a atmosfera ‘futbolera’ de Selhurst Park, o estádio do Crystal Palace, “o número 1 do Sul de Londres” para a torcida red and blue.  Ele tem jeito de estádio antigo  e hoje comporta umas 26 mil pessoas, grudadinhas ao gramado.

No fechamento da rodada #29 da Premier League 2017-18, o torcedor do Manchester United cantou por último no ninho dos “eagles” londrinos. Mas o torcedor do Crystal Palace, se ficou com gosto que tomaram o doce da mão dele, não pode reclamar que não houve luta do seu elenco – muito mais humilde do que o do clube de futebol mais rico do mundo.

O Crystal Palace (também conhecido pelas iniciais, CPFC, pelo apelido “eagles”, pelas cores, red and blue) saiu na frente no primeiro tempo, com um golaço de Townsend, sem chance de defesa para De Gea. E o primeiro tempo foi isso: Pogba tentando, tentando, tentando…

No segundo, a partida pegou fogo. Mourinho começou a usar seu poderoso banco, primeiro Rashford, que já melhorou muito o visitante. Mas num contra-ataque, o Palace marcou o segundo, com o holandês Patrick van Aanholt.

O United diminuiu logo depois, Smailing. Mais qualidade no time de Manchester, Juan Mata no lugar de Ashley Young (que não teve paz com a torcida do Palace). Luke Shaw no de Valencia. Pressão total. Muito jogador bom. Pogba, Mata, Alexis Sánchez, Lukaky, Rashford… Num bololô na área, o tanque belga Lukaku empatou o jogo.

Aí foi a vez de David De Gea provar que está no Top 5 da posição, seguramente. Impediu o terceiro gol do time azul e vermelho.

Nos acréscimos, do meio da rua, Matic marcou um golaço e decretou a virada. Manchester United volta ao segundo posto. E aí, tome “Glory glory, Man United…”

Palace está em décimo-oitavo, na briga contra o rebaixamento. Continuar lendo “Virada emocionante do Manchester United, em noite de casa cheia no estádio ‘raiz’ do Crystal Palace.”