Neste recomeço do meu blog, em novo endereço, eu queria agradecer a todos amigos que participaram da escolha do novo nome, com votos e sugestões (textos anteriores em http://arquibancadaazul.blogspot.com/)
A gente que gosta de futebol e de música torce a vida inteira por nossos ídolos. Queria aqui fazer neste post uma homenagem à minha maior torcedora: minha mãe, que desde 2006 luta contra o câncer. No momento delicado que vive dona Izabel, adorada por tricolores, alvinegros, alviverdes, rubro-negros, enfim, torcidas de todas as cores e sem cores também… os jogos, os shows, os hobbies, as saudáveis discussões sobre futebol … enfim,tudo parece perder o sentido. Quisera eu ter parte da força desta mulher lutadora para seguir em frente.
Espero que eu tenha aprendido pelo menos um pouco do jeito de igual para igual com que dona Izabel, pessoa do interior do estado do Rio, trata as pessoas mais simples.
Que eu tenha aprendido com ela a respeitar as opiniões e gostos de outras pessoas. Ela que levou dentro de um ônibus lotado, avenida Brigadeiro Luís Antônio abaixo, um “Estrelão”, aquela velha mesa de futebol de botão fabricada pela Estrela, para seus dois meninos, num 12 de outubro dos anos 70. Quase sessentona, ajudou a divulgar fanzine de rock do filho. Pegou ônibus da velha CMTC lá no centro de São Paulo para ver aquele maravilhoso time de Telê Santana jogar no Morumbi. Dona Izabel que viu shows de Manu Chao e BB King no parque, que sabia reconhecer a voz de Ozzy Osbourne, que vibrava com Faith No More… Que tratava com intimidade de torcedora o jovem Kaká, antes de ser vendido ao Milan: “Vai, Kakazinho!”
Dona Izabel que adora crianças. E justo agora, que não pode viajar, ganha seu primeiro neto.
Com as lições que esta mulher adimirável me ensina, tentarei seguir em frente com o blog, com a missão quase impossível de agradar ao mesmo tempo quem gosta de futebol e quem gosta de música pop. E com respeito absoluto por quem não gosta do que eu adoro. Um beijo, mãe!