Livro: “À Sombra de Gigantes”

Livro: “À Sombra de Gigantes”

Madri. Paris. Londres. Berlim. Lisboa. Cinco dos principais destinos turísticos na Europa. E mais: Munique, Hamburgo, Roterdã, Turim e Glasgow. Em 50 dias, o jornalista Leandro Vignoli, gaúcho de Canoas, acompanhou os jogos de treze clubes especiais, em 10 cidades, de 8 países europeus. O foco não eram os grandes como Real Madrid, PSG, Arsenal, Chelsea, Bayern ou Juve. Mas sim aqueles que lutam para sobreviver, “À Sombra de Gigantes – Uma Viagem ao Coração das Mais Famosas Pequenas Torcidas do Futebol Europeu” – título e subtítulo do livro recém-lançado por Vignoli.

facebook.com/asombradegigantes/

É interessante, bem escrito e tem muita informação. Os ídolos, a história dos clubes, os estádios, os bairros, o perfil dos torcedores, os rivais. Cada capítulo, um time: St. Pauli, Union Berlin, Munique 1860, Fulham, Millwall, Leyton Orient, Queen’s Park (Escócia), Sparta Rotterdam, Rayo Vallecano, Espanyol, Belenenses, Torino e Red Star, de Paris. Ou seja, a viagem de Leandro Vignoli (com muitas horas de ônibus, hospedagem em hostel e dale fast food, pra economizar) é a trip dos sonhos de quem usa a hashtag “Ódio Eterno ao Futebol Moderno” e qualquer louco por futebol alternativo. Com uma pergunta em mente. Por quê? Por que torcer para times que nunca ganham títulos, ou não ganham há muito tempo?

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Últimos lugares: só faltam 4 jogos do Atleti por La Liga no estádio Vicente Calderón.

Últimos lugares: só faltam 4 jogos do Atleti por La Liga no estádio Vicente Calderón.

O site oficial do Atlético de Madrid avisou, nesta primeira semana de abril: faltam só quatro jogos de La Liga no estádio Vicente Calderón, que vai pro chão quando os rojiblancos enfim mudarem para o Wanda Metropolitano.

Fiesta rojiblanca

Pelas quartas de final da Champions, o Atleti recebe o Leicester no Calderón, na quarta-feira. E em caso de classificação para as semifinais, é claro que voltará a jogar em sua casa.

Adios, Calderón.

E assim, restam pouquíssimos ingressos para este cinco jogos oficiais do Atlético confirmados na temporada de despedida do cinquentão estádio del Manzanares – a final da Copa do Rei será mais uma vez no Calderón: Barcelona e Deportivo Alavés decidem a taça em 27 de maio.

No sábado, dia 8, faltavam umas quinhentas entradas, de acordo com uma rápida pesquisa no site do Atlético.

Duzentas e cinquenta e sete para as quartas da Champions, contra o Leicester, de 70 a 650 euros.

Para a partida contra o Osasuna, no sábado, 15 de abril, 66 ingressos, de 40 a 400 euros.

Para o jogo contra o Villarreal, na terça, 25 de abril, 75 entradas, de 40 a 450.

Contra o Eibar, na antepenúltima rodada, apenas 44 bilhetes, o mais barato a 200 euros.

E para a última partida de La Liga no Calderón, na rodada 38, fim de semana de 20 e 21 de maio, por coincidência ou não entre Club Atlético de Madrid e Athletic Club, de Bilbao (clube também rojiblanco que inspirou a fundação dos colchoneros, em 1903), restam na hora da pesquisa para este post 96 entradas, de 250 à bagatela de 750 euros.

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Espanha, sua linda!

Espanha, sua linda!

Está de volta a liga das estrelas! A bola já rola no campeonato espanhol. Houve algumas perdas, como as recentes vendas de Pedro (do Barça pro Chelsea) e a do zagueiro argentino Otamendi (do Valencia pro Manchester City). O Sevilla negociou seu melhor atacante pro Milan. Xavi foi pro Qatar. Casillas foi pro Porto. Por outro lado, o Real Madrid trouxe Kovacic da Inter e Danilo e Casemiro dos Dragões.  Também do Porto – como vende bem! – o Atlético de Madrid trouxe Jackson Martínez. Perdeu Arda Turan pro Barça, mas a estreia vai ser apenas em 2016. Os trios MSN e BBC continuam firmes.

Convido vocês a refazer virtualmente os giros do Fut Pop Clube por dez dos vinte estádios da primeira divisão!

Começando pelo Camp Nou!

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Este ano o blog acompanhou in loco a grande vitória do Barça sobre o PSG, no caminho de Berlim. Em 2011, viu o Pep Team conquistar a Supercopa no segundo e nervoso El Clasico contra o Real de Mourinho.

Também revisitei o Campo de Fútbol de Vallecas, do guerreiro Rayo Vallecano. Detalhe: foi contra o vizinho rico, o Real Madrid.

Campo de Vallecas.
Campo de Vallecas.

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A camisa arco-íris do Rayo Vallecano, um time de guerreiros.

A camisa arco-íris do Rayo Vallecano, um time de guerreiros.

Será que algum clube brasileiro teria coragem de fazer o que o Rayo Vallecano de Madrid faz?
O primeiro uniforme do bravo time do bairro de Vallecas para 2015-16 é o tradicional. Faixa vermelha (“franja roja“) diagonal. A marca do patrocinador Qbao estraga um tanto. Uniforme feito pela Kelme, que já vestiu o vizinho multimilionário Real Madrid no tempo que jogava lá o Zé Roberto (hoje no Palmeiras),

Primeira
Primeira “equipación” do Raio para 15-16

Agora, o segundo uniforme é uma revolução em termos de clubes de futebol.

A ousadíssima segunda camiseta do Rayo para a temporada 15-16.
A ousadíssima segunda camiseta do Rayo para a temporada 15-16.

O Rayo Vallecano, que já é conhecido como uma time bem mais à esquerda do que os outros, um dos mais antifacistas, como o hamburguês St. Pauli, adotou o arco-íris na faixa que costuma ser vermelha quando os uniformes alternativos são pretos, adotou um arco-íris. Cada cor tem um significado. O Rayo quer dizer que está ao lado dos heróis anônimos.

  • Ao lado dos que lutam contra o câncer.
  • Ao lado dos que lutam contra a Aids
  • Ao lado dos que lutam para integrar as pessoas com deficiências físicas.
  • Ao lado dos que nunca perdem a esperança.
  • Ao lado dos que lutam para proteger o meio-ambiente.
  • Ao lado dos que lutam contra os abusos sexuais de crianças.
  • Ao lado dos que lutam contra a violência doméstica

E as sete cores, juntas, contra o homofobia.
Já a terceira camisa do time guerreiro de Vallecas, bairro operário e de tradição esquerdista de Madri, é toda a favor dos que lutam contra o câncer. Por isso, a faixa diagonal é rosa.
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Giro do @FutPopClube pelo estádio do Rayo Vallecano

Giro do @FutPopClube pelo estádio do Rayo Vallecano

Publicado em 28 de maio de 2015

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Cadeira cativa pra sempre?
Cadeira cativa pra sempre?

Um dos times mais #guerreiros do futebol espanhol é o Rayo Vallecano de Madrid . Que nesta sexta-feira, 29 de maio, faz 91 anos de peleia.
Aliás, em maio, o Rayo Vallecano renovou o contrato por mais um ano com o técnico Paco Jémez, uma figuraça. Que não tem medo de encarar os grandes times como o Barça e o Real da maneira mais corajosa possível. Joga pra frente, não se fecha na defesa, mesmo que isso pareça uma solução quase suicida. Mostra ousadia e combina com a filosofia do time de Vallecas, um bairro madrilenho que é considerado politicamente mais “à esquerda”. Não faz muito tempo, o Rayo ajudou financeiramente uma moradora idosa, ameaçada de despejo. Que time de futebol a gente vê fazendo isso?

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Acompanhei minha segunda partida do Rayo em casa, o Campo de Fútbol de Vallecas, no começo de abril de 2015, justamente contra o primo mais rico da cidade, o Real Madrid. Contraste maior com os franjirrojos, difícil.DSC06433

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Mapinha do Campo de Vallecas

O campo de Vallecas pode receber umas 15 mil pessoas, não estava totalmente lotado, não, mas teve um bom público naquela noite friazinha de primavera, meio de semana. Confesso que fiquei surpreso por encontrar ingressos no dia na bilheteria, para um jogo em Madri, com o Real ainda na briga pelo pelo título da Liga. Os ultras do Real Madrid ficaram (e cantaram o tempo todo) num canto da tribuna alta lateral – veja o mapinha na foto acima. Mas havia também madridistas (alguns turistas… algumas fãs do Cristiano Ronaldo)- misturados com os simpatizantes do time da casa. Um torcedor do Rayo lá da “lateral cubierta” passou o primeiro tempo todo provocando os madridistas que estavam no andar de cima. Uma coisa meio chata, porque tinha gente do lado dele só querendo ver o jogo. Foi advertido por seguranças e, no intervalo, retirado do lugar. Atrás do gol “fondo”, só os ultras do Rayo, sempre animados. DSC06438
Torcida pequena, mas que faz um belo espetáculo com suas bandeiras, cantos e gritos de guerra. Não desanima nem com um 0 a 2 no marcador, como eles chamam placar.DSC06468

Não fosse o Casillas...
Não fosse o Casillas…

O Rayo pressionou bem no primeiro tempo, não abriu o placar por azar do time da casa e ótima atuação de Casillas. Mas cansou e não resistiu aos galáticos. O Real fez 2×0 no segundo tempo.

... o placar não teria passado sem pelo menos um gol do Rayo
… o placar não teria passado sem pelo menos um gol do Rayo

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Catedrais da bola: Santiago Bernabéu

A fachada do Bernabéu tem bandeiras dos clubes espanhóis, inclusive do Barça

Estádio: Santiago Bernabéu
Proprietário: Real Madrid Club de Fútbol
Capacidade: 80.000 espectadores
Ocupação média na temporada 2013/14: 71.558 torcedores (84 %), segundo a Pluri Consultoria, a quarta maior média do mundo.
Metrô: lnha 10, estação Santiago Bernabéu

A imensa casa do Real Madrid foi inaugurada em 14 de dezembro de 1947, num amistoso contra os Belenenses, de Portugal, vencido pelo anfitrião; Real 3×1. Era conhecido como estádio Chamartín, nome do bairro madrilenho onde está situado, e substitui o Viejo Chamartin, de 1924, que comportava 15 mil fãs e foi sendo ampliado até a capacidade de 25 mil pessoas.

A partir de 1955, o novo estádio passou a levar o nome de Santiago Bernabéu. E quem foi Santiago Bernabéu? Irmão de um dos fundadores do Madrid, jogou no Real como atacante entre 1912 e 1927. Mas se celebrizou mesmo como presidente do clube, de 1943 até a morte, em junho de 1978. Foi campeão de tudo e mais um pouco como real cartola máximo:  16 ligas espanholas, seis copas espanholas, seis das 10 Copas dos Campeões madridistas (hoje Liga dos Campeões, a Champions League) e um Mundial de Clubes (ou Copa Intercontinental, conforme o gosto do freguês).


O estádio recebeu a final da Eurocopa de 1964, da Copa do Mundo de 1982 e de quatro Copas/Liga dos Campeões da Europa:

  1. 1957, deu Real. 2×0 na Fiorentina
  1. 1969, deu Milan
  2. 1980, deu Nottingham e
  3.  2010, deu Inter.

Na foto acima e na do lado, a fachada da megaloja que tem todo tipo do merchandising do Real Madrid, a Tienda Bernabéu.

Abaixo, republico o Rolê do Fut Pop Clube pelo estádio Santiago Bernabéu e galeria do Real Madrid.
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