A tragédia do sinalizador em Oruro provocou, enfim, uma dura reação da Confederação Sul-Americana de Futebol. Segundo a nota publicada pela Conmebol na internet, o atual campeão da Libertadores vai tentar o bi sem um de seus grandes handicaps: a torcida. Os 3 jogos do Corinthians no Pacaembu na primeira fase serão disputados com portões fechados. E quando o atual campeão for ao México e à Colômbia, o Tijuana e o Millionários não poderão vender ingressos a torcedores corintianos. É uma medida cautelar, até a decisão final sobre o caso, e vale por 60 dias no máximo.
- O Corinthians vai recorrer da decisão.
OPINIÃO – O sinalizador que matou o adolescente Kevin Espada (14 anos, minha gente) estourou na cara de todo mundo que vai a estádios de futebol na América do Sul. É impossível não pensar que isso poderia ter acontecido aqui, no chamado “país do futebol”, o país da próxima Copa. Poderia ter acontecido comigo, com você, com nossos amigos, nossos familiares. Três batidas na madeira.
Por coincidência, ontem mesmo me deparei no twitter com um pedido de um clube europeu – o Benfica – para sua torcida não fazer espetáculos pirotécnicos, cujo fim vinha sendo cobrado pela Uefa.
Devo confessar: não vejo a mínima graça em shows pirotécnicos, espetáculos de fogos de artifícios e coisas do gênero. A tragédia da boate Kiss Santa Maria (RS) começou com um show pirotécnico imbecil, numa noite que deveria ser de divertimento para centenas de jovens. E agora, Oruro.
Como pode alguém entrar armado – sim, o sinalizador serve de arma – num estádio? Não é apenas culpa do criminoso que lançou o artefato que tirou a vida de um jovem fanático por futebol, como você e eu. É culpa também do mandante, das autoridades locais e da organizadora da competição.
A Libertadores 2013 já está manchada de sangue.