Tributo a Cruyff (1947-2016)

Neste post, vamos ver a repercussão da morte de Johan Cruyff. “El Flaco”, o Holandês Voador, morreu nesta quinta-feira, 24 de março de 2016, aos 68 anos, de câncer de pulmão. A começar pelas capas de alguns jornais esportivos que vão para as bancas nesta sexta-feira.

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Na página oficial de Romário no Facebook, o baixinho falou do ex-treinador:

Tive o privilégio de tê-lo como treinador quando joguei pelo Barcelona.
Ele foi, sem dúvida, o melhor treinador que tive, seus ensinamentos serão eternos na minha vida.
Costumo dizer que ele me desafiava muito como jogador e eu buscava ganhar sempre! Até porque seu objetivo era colher bons resultados para a equipe.
Ele sabia como poucos valorizar e explorar o que cada membro da sua equipe tinha de melhor e ele sabia que minha habilidade era fazer gols.
Ele também era uma pessoa justa. Lembro que eu sofria um pouco pela distância de casa. Naquela época, eu era o único jogador do Barcelona de fora da Europa. Ele, então, me concedia alguns dias a mais de folga para que eu pudesse descansar em casa.
Ele se foi precocemente, mas seu legado para o esporte fica. Hoje o futebol perde um de seus maiores ícones e eu perco um amigo.
Descanse em paz, mestre Cruyff.”

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Johan Cruyff. Camisa #14 do time dos sonhos de todos os tempos.

Johan Cruyff. Camisa #14 do time dos sonhos de todos os tempos.

Imagem destacada (acima): https://www.worldofjohancruyff.com/

Morreu Johan Cruyff, 68 anos de rebeldia e revolução. O franzino “El Flaco” tinha forte personalidade, a ponto de tirar uma das listras das mangas do belo uniforme cor de laranja porque o seu patrocinador não era o mesmo da seleção holandesa, que liderou na campanha do vice-campeonato mundial, em 1974, na Alemanha. Eram os tempos do Futebol Total – sua Laranja Mecânica, o Carrossel Holandês, deu um banho nas maiores seleções sul-americanas naquele Mundial.  No Ajax, já tinha sido campeão de tudo – seis vezes campeão holandês, quatro da Copa da Holanda, tricampeão europeu, campeão do mundo (Copa Intercontinental, em 1972).  No Barça, virou o holandês voador por causa deste gol aqui. contra o Atlético de Madrid, e o gigante azul e grená voltou a ser campeão espanhol depois de 14 anos! Jogou também nos EUA (LA Aztecs, Washington Diplomats), no Levante, de Valência, pertinho da Catalunha, e voltou a ser campeão holandês no Ajax e no rival Feyenoord. Retornou ao Camp Nou como técnico, tetracampeão espanhol, e pela primeira vez o Barça foi campeão europeu com o Dream Team treinado por Cruyff. Seu estilo de jogo está no DNA do Barça pra sempre. 

Pra sempre, Cruyff vai ser o camisa 14, titular do time dos sonhos de todos os tempos.

A trajetória de “El Flaco” é brilhantemente contada numa animação do canal Campeones, na série Draw My Life.

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Um minuto de aplauso, aos 14 do primeiro tempo.

No futebol holandês, o eterno camisa 14 da Laranja Mecânica foi ídolo do Ajax e no fim da carreira também foi campeão pelo Feyenoord. Mas na partida contra o Ajax, o estádio todo do Vitesse também aplaudiu Johan Cruyff no minuto 14. O holandês voador sofre de câncer no pulmão, sabe-se agora. As imagens da Ajax TV, canal do clube de Amsterdam no You Tube, são impressionantes (dá pra ver o técnico Frank De Boer aplaudindo na beira do gramado e o cracaço Marco Van Basten nas tribunas).

“Barça Dreams”

12027508_1661462384122473_5318246468487196635_nVi na “Trivela”. Vem aí o documentário “Barça Dreams – The True Story of FC Barcelona”, produzido pelo bicampeão do MotoGP Jorge Lorenzo (que é culé, torcedor do Barcelona) e dirigido por Jordi Llompart.

Foram mais de dois anos de trabalho, revirando arquivos, gravando partidas e animações 3D, além de muitos depoimentos de craques, treinadores, jornalistas e historiadores – tudo pra contar os mais de 115 anos de história do Barça, de Joan Gamper à era Messi. Dá pra ter um gostinho no trailer, abaixo. Continuar lendo ““Barça Dreams””

O museu mais visitado da Catalunha e a homenagem do Barça ao aniversário do baixinho.

8orNbMais de um milhão e meio de pessoas foram em 2014 ao Museu do Barça, mais uma vez o mais visitando da Catalunha, superando os de artistas mundialmente conhecidos: o espetacular Museu de Dalí, na cidade de Figueres (1.297.311 visitantes. Se for à Barcelona e tiver um dia para uma viagem pela Catalunha, eu recomendo), e o Museu Picasso, no bairro gótico de Barcelona (919.814 visitantes). O Museu del Barça está no complexo do Camp Nou, que é o maior estádio da Europa, e a tour Camp Nou Experience inclui os dois. Museu e rolê pelo estádio: vestiários, capela, sala de imprensa, gramado.

Museu e redes sociais do Barça nunca deixam de prestar homenagens à lendas #blaugranas. Como o baixinho Romário, que neste 29 de janeiro fez 49 anos. O Barça bombou um vídeo de 19 minutos com os 30 gols do “Peixe” em 33 partidas com a camisa azul e grená, garantindo o título da liga espanhola de 93-94 pro time comandado pro Cruyff (tetra). Entre eles, os da #manita, goleada de mão cheia sobre o Real Madrid, num Camp Nou elétrico – não tem jogo que a torcida do Barça dê mais festa que num dérbi contra o Madrid (aqui, galeria de fotos). Incorporei o vídeo abaixo com o show de Romário, que usava a 10 do Barça. Fez três gols – triplete, hat-trick, fora o show. Sem dúvida, um dos maiores atacantes da vida do Barça, da seleção brasileira e da história do futebol. Olha só quem dá o passe pro baixinho fazer o primeiro gol. Vamos ver se reconhecem um ex-jogador cria da base do Barça que hoje é um técnico pra lá de vencedor (aqui, uma ficha técnica do dérbi).


E na linha da #ThrowbackThursday, republico fotos de rolês do Fut Pop Clube pelo Museu do Barça e Camp Nou Experience.

Camiseta de José Sastre, campeão da primeira liga espanhola, 1928-29
Camiseta de José Sastre, campeão da primeira liga espanhola, 1928-29

O que talvez muitos brasileiros não saibam é que o Barcelona foi o primeiro campeão da liga espanhola, na temporada 1928-1929. Um campeonato disputado por 10 equipes (pela ordem de chegada: Barça, Real Madrid, Athletic Club, Real Sociedad, Arenas de Getxo, Atlético de Madrid, Espanyol, Europa (saiba mais aqui sobre esse clube catalão), Real Unión e Racing Santander. Ao lado, a camiseta do meio-campo José Sastre, vice-artilheiro do Barça no primeiro título, com 10 gols. O atacante Parera marcou 11. Josep Samitier, outro mito blaugrana, anotou 7.
Dentro deste post especial, mais fotos de memorabilia de alguns ídolos históricos do Barça, que podem ser apreciadas numa visita ao Museu do Barça: a Camp Nou Experience. Continuar lendo “O museu mais visitado da Catalunha e a homenagem do Barça ao aniversário do baixinho.”

“L’últim partit: 40 anys de Johan Cruyff a Catalunya”

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https://www.facebook.com/pages/Bonita-Films/

Por coincidência ou não, dias antes do plebiscito sobre independência convocado pelo governo da Catalunha (e contestado pelo governo espanhol), estreou em Barcelona um documentário sobre a chegada do craque holandês Johan Cruyff ao Camp Nou. L’últim partit: 40 anys de Johan Cruyff a Catalunya”. O filme foi dirigido por Jordi Marcos e produzido pela Bonita Films, de Barcelona, com colaboração do jornalista Xavi Torres.

Dica do caderno de Esportes do Estadão deste sábado (aqui, a reportagem de Raphael Ramos).

O doc reúne celebridades do futebol e da sociedade catalã. Quando Cruyff chegou ao Barça, o franquismo ainda dava as cartas na Espanha. A língua catalã estava banida e o pessoal aproveitava os jogos no Camp Nou para tirar o grito do fundo da garganta. Como jogador blaugrana, o eterno camisa 14 ganhou uma liga espanhola (1973-74) e uma Copa do Rei (77-78). Como técnico, foi ainda mais bem sucedido: tetra espanhol no começo dos 90, uma Copa do Rei (89-90), três supercopas da Espanha, uma Recopa europeia (89), a desejada Copa (Liga) dos Campeões e a Supercopa europeia em 1992. Comandou a geração do chamado Dream Team do Barça (com um jovem Guardiola com a camisa 4) e só perdeu o Mundial de Clubes no Japão, para o São Paulo do mestre Telê Santana.

Vamos torcer para que  L’últim partit” chegue aos cinemas ou a algum festival brasileiro, como o CINEfoot. Continuar lendo ““L’últim partit: 40 anys de Johan Cruyff a Catalunya””

“1992 – O Mundo em Três Cores”

Publicado originalmente em dezembro de 2012

Ao mestre, com carinho.

Poderia ser esse o título deste post: o livro de Raí com o jornalista André Plihal, “1992 – O Mundo em Três Cores” (Panda Books), sobre o primeiro dos três mundiais do tricolor paulista (o segundo viria quase exatamente um ano depois, em 12/12/93, já sem Raí -negociado com o PSG -contra o Milan).

Num texto leve e de qualidade muito acima da média dos lançamentos comemorativos, o eterno camisa 10 do Morumbi e o excelente repórter da ESPN contam os bastidores da conquista… os detalhes da relação fraternal Raí- mestre Telê Santana (que às vezes pegava no pé demais do Cafu, mas aliviava pro irmão do doutor)…. falam da importância de cada jogador (são destacados Zetti, Adílson, Ronaldão e Pintado) e enaltecem o trabalho em equipe, o clima de respeito e a união dentro do elenco que foi campeão de tudo.

Já havíamos combinado de dividir o prêmio entre toda a delegação. Gostaria apenas de ter ficar com a chave gigante. Acabei não ficando, não guardando, como não guardo nada desta vida. Pelo menos nada material, que fique entendido. O sorriso do Telê em Tóquio está muito bem guardado” – Raí, em “1992 – O Mundo em Três Cores”.

Sob a maestria de Telê, o capitão Raí marcou 87 dos seus 128 gols pelo São Paulo. O trio “RPM” (Raí, Palhinha, Müller) mais o Cafu eram considerados insubstituíveis pelo técnico.

Tem depoimentos de colegas de Raí e a ficha de todos os jogos do ano glorioso de 1992 pro torcedor tricolor. Uma grande sacada desse lançamento da Panda Books é um flipbook, que reproduz os dois gols de Raí no jogão disputado no estádio Nacional de Tóquio. 13/12/1992, o dia em que o Dream Team do Barça (com um “certo” Pep Guardiola no meio-campo), foi “atropelado por uma Ferrari“, nas palavras do seu técnico Johann Cruyff. Raí não tem 100% certeza que o holandês pronunciou a frase, mesmo. Nesse caso, imprima-se a lenda.

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