Desde 2014, o gibi “Neymar Jr.”, bolado pelo mestre Mauricio de Souza, virou desenho animado. São animações curtas, em português, espanhol e inglês, e passam no canal Nickelodeon, um dos preferidos dos guris na TV a cabo. Continuar lendo “Neymar Jr. no Nick”→
“La História del Atleti – Viñeta a Vineta”, do ilustrador e cartunista madrilenho Jorge Crespo Caño, foi lançado pela Lectio Ediciones em novembro de 2014. Assim que soube do lançamento, fiquei de olho, e agora tive a oportunidade de me divertir com esse livro precioso para quem se interessa pela já mais que centenária história rojiblanca.
Que começou em azul e branco, mesmas cores iniciais do Athletic Club, o de Bilbao, que inspirou estudantes bascos a fundar o novo clube, em Madri, 1903. Só em 1911 apareceram as camisas vermelhas e brancas que lembravam colchões – daí outro apelido dos atléticos, colchoneros. O Atlético de Madrid teve diferentes nomes (Athletic Club de Madrid, Atlético Aviación) passou por muitos estádios… os títulos… os presidentes mais importantes… os ídolos … os técnicos… o rebaixamento… e enfim, a volta por cima, tudo contado com muito bom humor e o traço leve e divertido dos cartuns de Jorge Crespo Caño. Continuar lendo “A história do Atlético de Madrid em cartuns”→
O Dunga convocou ontem os 23 jogadores da Seleção Brasileira que vai enfrentar a Argentina (12 de novembro, Monumental de Nuñez) e o Peru (17 de novembro, na Fonte Nova), pelas Eliminatórias da Copa 2018 – confira a listaaqui. Agora, que tal um “escrete” que tem no elenco os goleiros “Cabeça”, “Trave” e “Half”, um lateral chamado “Avenida Júnior”, volantes como “Maizena” e “Fiado”, o meia “ET Valdo” e um atacante conhecido como “Alex Cone”? É o time de personagens do novo site Cômicos Futebol Clube, todo de tirinhas sobre futebol. O “técnico”, ou melhor, o paizão de todos esses craques dos quadrinhos é o Taki. O Taki é um arte finalista de Dourados (MS), tem 38 anos e está mandando bem na página, que “fala” de futebol com muito bom humor. Confira aqui: http://www.comicosfc.com.br
Dica doMarca de Gol. Saiu na Argentina um livro em quadrinhos sobre os ídolos de El Globo, o Club AtléticoHuracán, atual campeão da Copa Argentina. “La Leyenda de Los Hombres sin Medo” foi publicado pela Englobate, uma associação de sócios e torcedores do Globito, e tem 8 capítulos. Os caras sem medo são nomes como Herminio Masantonio (artilheiro máximo da história do Huracán), Houseman, Javier Pastore, que hoje brilha no PSG, e os técnico César Luis Menotti e Ángel Cappa.
O valor arrecado pela venda da graphic-novel vai ser destinado às categorias de base e esportes amadores do Globito. Lembrando que o Huracán se classificou para as quartas de final da Copa Sul-Americana (eliminou o Sport Recife e vai encarar o Defensor).
A final da Copa da Inglaterra (FA Cup) fecha neste sábado a temporada 2014-15 do futebol inglês, já que no outro sábado a final da Champions terá Barça e Juve em Berlim. Arsenale Aston Villa tem tudo para fazer uma decisão emocionante no imponente Wembley. O Arsenal do Nick Hornby ficou em 3º lugar na Premier League inglesa, se classificou novamente para Champions. O Aston Villa do Geezer Butler e pessoal do bom e velho Sabbath lutou bravamente para não cair – e conseguiu escapar, ufa! Como se não bastasse toda esse clima, a Football Association ainda aproveita para esquentar a final com um projeto chamado #FACupMusic. Sons novos das bandas Muse e Blur e do Leftfield vão estrear publicamente em Wembley. No sistema de som dessa catedral da bola e dos concertos, também vão rolar Noel Gallagher, Stereophonics, Mumford & Sons, Foo Fighters, Paul Weller, Imagine Dragons, The Vaccines, Simple Minds, Kaiser Chiefs etc. Calma gente, não é um festival. É só uma trilha sonora da final. E que trilha!
Blur’s track Y’all Doomed will be played at Wembley Stadium this weekend #FACup Final #FACUPMusic
Lá fora, especialmente na Inglaterra, existem programas oficiais de cada jogo, revistas de diferentes formatos, tem gente que coleciona, que vende, revende, enfim, é um mercado. E a revista oficial da final Arsenal x Aston Villa tem a trajetória dos dois times para chegar à Wembley… em quadrinhos! Obra do ilustrador Stephen Gulbis (The Football Artist) que trabalha direto com futebol em HQs. Foi uma superdica da Trivela(leia aqui a reportagem). E o trabalho do Stephen Gulbis – espetacular – pode ser conhecido aqui, no site do artista.
Olha só que barato este livro que saiu em janeiro na Espanha: La Historia de Atleti – viñeta a viñeta (Ediciones Lectio). O ilustrador e cartunista Jorge Crespo Cano, um madrilenho da parte vermelha e branca da cidade (que está sorrindo de orelha a orelha depois do #DerbiMadrileño de sábado) conta de forma bem humorada a história do Atlético de Madrid em charges. Da fundação, em 1903, à última Supercopa da Uefa, incluindo a final da Champions 2014 – o Atleti ficou no quase, como em 1974, e ao título de campeão da liga espanhola 2013-2014, passando pela fase em que se chamou Atlético Aviación.
O site do Estadão começou a contar “História (do penta) em quadrinhos“. Casos reais envolvendo personagens dos cinco títulos mundiais do Brasil foram quadrinizados. Na primeira HQ virtual, Didi, o gênio da folha-seca, líder do escrete campeão em 1958, se vê em apuros. Rubens Paiva e Eduardo Asta assinam a quadrinização; Daniel Franco responde pelos desenho e cores; a pesquisa e o roteiro são do jornalista Fábio Soares, do blog amigo Futebol de Campo. Maneiro!
Ou será que vai dar “I” de Iniesta?
O torcedor e a imprensa blaugrana sorriem com a perspectiva de uma final de um torneio de seleções com quase todo um time do Barça em campo. Falta Messi, de férias na América do Sul. Descanso merecido. Ele precisa, mesmo.
Gostaria de aproveitar este post sobre um dos personagens da decisão para um desabafo que está entalado desde a venda de Neymar para o Barça. Foi emocionante a apresentação do jovem brasileiro, diante de milhares de torcedores do novo clube, mas percebi que muita gente por aí saudou a chegada do topetudo ao Camp Nou como ‘agora, sim”. Como se o ex-clube de Neymar não fosse imenso também. Já ouvi comentarista dizendo que ele já tá jogando melhor. Peraí, Neymar nem estreou pelo Barça. Só se for por ter tirado das costas o estresse de uma negociação, em que deixa a terra natal e um clube querido pelo novo Velho Mundo.
Dico, Poli e Jeff as estrelas do Estrela – o time do artilheiro dos gibisCapa da edição brasileira de “Dico, o artilheiro” nº 1, da extinta RGE
“Dico, o Artilheiro” foi um gibi que chegou às bancas brasileiras em 1975, através da extinta RGE – Rio Gráfica e Editora (hoje Editora Globo)., Fez grande sucesso com o público juvenil. Suas origens remontam, no entanto, a 1971, quando a King Features Syndicate (poderosa distribuidora de tiras de quadrinhos para jornais, do mundo inteiro) encomendou ao renomado quadrinista argentino José Luis Salinas uma série que tivesse o nobre esporte bretão como tema, na tentativa de fisgar o público norte-americano para o “soccer”, aproveitando todo o então forte impacto midiático da Copa de 70, realizada no México. O veterano Salinas (um dos principais nomes dos quadrinhos argentinos de todos os tempos) mostrou realmente que foi a escolha acertada para desenvolver “Dick the Gunner”, o nome original da série.
Todas as imagens são da coleção de Gustavo Valladares
O artista começou sua carreira como ilustrador ainda na década de 30 do século passado, porém, foi em 1949 que ocorreu a grande virada em sua carreira, através de Cisco Kid, personagem que o acompanharia por quase 20 anos. Ganhou todos os prêmios possíveis na Argentina. Também foi homenageado, em 1976, no festival de Lucca (Itália), com o troféu Yellow Kid, conhecido como o ‘Oscar dos quadrinhos’, ou seja, a distinção máxima para quadrinistas do mundo todo.
Cisco Kid, obra máxima de Salinas, saiu no Brasil em alguns jornais, nas páginas da revista Eureka, da extinta Editora Vecchi, e ainda num álbum especial da coleção de quadrinhos da L & PM Editora (capa ao lado). No total, a série foi publicada em 360 jornais, espalhados por dezenas de países.
Tira de Cisco Kid, de Salinas, na coleção de Gustavo Valladares
José Luis Salinas tinha experiência de décadas como quadrinista. Seu traço invariavelmente limpo, sereno, expressivo em cada quadrinho, em cada detalhe, combinou perfeitamente com os roteiros elaborados por seu compatriota Alfredo Julio Grassi.
Dico estreou oficialmente nos gramados, digamos assim, em 1973, inicialmente em alguns jornais dos Estados Unidos. Pouco depois, foi traduzido em vários países. Argentina, Portugal, Inglaterra, México e o Brasil foram os países onde o nosso herói obteve maior acolhida entre os leitores.
A revista portuguesa “Mundo de Aventuras” foi a responsável pelo enquadramento da série em novo formato, mais adequado para a publicação de revistas, adaptando as tiras de jornais para novas diagramações de páginas inteiras, com o objetivo de publicar cada história completa da saga de modo separado e organizado. Foi este material, batizado de “Dick, o Avançado-Centro”, que chegou até nós como “Dico, o artilheiro”. Em revista própria, Dico e seus companheiros Jeff, Poli e toda a equipe do Estrela Futebol Clube apareciam ao lado de reportagens sobre futebol e muitos brindes, como figurinhas e adesivos para times de botão, por exemplo, que faziam a alegria da molecada: os primeiros exemplares da revista, em especial, foram disputados a tapa, nas bancas de jornais, esgotando sua tiragem rapidamente.
Adesivos do Estrela, time do Dico, para o futebol de botão.
“Dico, o Artilheiro” foi o último projeto de quadrinhos desenvolvido por José Luis Salinas – e, quando Salinas deixou a série, o gibi continuou, por breve período, pela pena de outro ótimo ilustrador argentino: Lucho Olivera.