Marcelo Grohe, Marcos Rocha, Rafel Tolói, Gil e Zé Roberto; o chileno Aránguiz, Lucas Silva, Paulo Henrique Ganso e Ricardo Goulart; Diego Tardelli e o peruano Guerrero. Esta é a seleção do Brasileirão 2014, de acordo com o prẽmio Bola de Prata, concedido pela revista Placar e pelos canais ESPN. Ricardo Goulart levou a Bola de Ouro como melhor jogador do campeonato.
Depois de passar em alguns cinemas, chega à ESPN, quinta-feira, 23/10/14, às 20h), o doc “Democracia em Preto e Branco”, filme da TV Zero já exibido em festivais (É Tudo Verdade. Venceu a Taça CINEfoot de melhor longa 2014 – e no Rio). O documentário conta a história da democracia corintiana, no começo dos 80, em meio ainda a uma ditadura no Brasil, com muito futebol, política e rock and roll. O diretor Pedro Asbeg, que nasceu em Londres e morou muito tempo no Rio, já filmou futebol (Raça Filmes) e finaliza “Geraldinos”.
[Classificação: 12 anos ] ImagemFilmes.com.br/
Dica de ficção, vista pela seção Bola Na Tela aos 45 do segundo tempo, ou melhor, na última sessão antes de sair de cartaz no cinema do bairro. Um Bom Partido| Playing for Keeps [classificação: 12 anos, distribuído no Brasil pela Imagem Filmes] é uma comédia romântica dirigida por Gabriele Muccino (com roteiro de Robbie Fox), em que o soccer tem um papel considerável.
Gerald Butler vive George Dryer, um ex-goleador do Celtic com passagem pela Major League Soccer que tenta reconquistar a ex-mulher (Jessica Biel) e sonha com um emprego de apresentador em alguma ESPN. Acaba virando o treinador do time de futebol do filho e arrebata um time de mulheres, interpretadas por La Catherine Zeta-Jones, La Uma Thurman – ambas batendo um bolão – e uma ruivinha atiradíssima… No meio desse triângulo… não, quadrilátero amoroso, há muitas cenas da molecada jogando bola (times mistos, sim; guris e gurias, juntos) e referências a times e jogadores da MLS.
É Hollywood, sim. E é muito bem feito. Confira o trailer, com legendas em português.
Em janeiro fez 31 anos que o Uruguai organizou a Copa de Ouro, mais conhecida como Mundialito. A Copa de Oro reuniu em 1981, no estádio Centenário de Montevidéu, as seleções até então campeãs mundiais de futebol. A Celeste, dona da casa, a Alemanha, a Argentina, o Brasil, a Itália e no lugar da Inglaterra, a Holanda. O Mundialito foi organizado pelo governo militar uruguaio para promover o regime, num período de plebiscito. Está num dos quatro episódios da excelente série de Lúcio de Castro, “Memórias do Chumbo – O Futebol nos Tempos do Condor”, que a ESPN Brasil estreou no final de 2012. E foi selecionado para a mostra competitiva do festival CINEfoot, no Rio e São Paulo.
E o episódio sobre o Uruguai é um dos melhores da série. Falando em bom português, o escritor uruguaio Eduardo Galeano – que é apaixonado por futebol – diz que, ao organizar o Mundialito com fins políticos, o governo uruguaio viu o tiro sair pela culatra. Durante a final (Uruguai 2×1, sobre o Brasil de Telê), no Centenário, o povo vaiou bandas militares e gritou o refrão:
“Se va a acabar, se va a acabar, la dictadura militar”
O episódio que mostra o uso do futebol pelo poder político-militar no Uruguai ainda tem depoimentos como os de
Lilian Ceriberti, sequestrada pela Operação Condor, orquestração repressiva coordenada pelas ditaduras de países como Argentina, Brasil, Chile e Uruguai. Entre os torturadores de Lilian, estava (pasmem!) um ex-jogador de futebol brasileiro (Didi Pedalada);
Gerardo Caetano, historiador, ex-jogador do Defensor Sporting, que conta como os jogos do Defensor viraram uma espécie de catalisadores dos protestos políticos, incluindo até volta olímpica pela esquerda. Parênteses: no mínimo curioso e digno de aplauso que um país tenha entre seus intelectuais um ex-jogador como Gerardo Caetano e um fã, como Eduardo Galeano!
O episódio sobre o Brasil fala, por exemplo, da derrocada de João Saldanha do comando da seleção brasileira. O da Argentina, dos gritos dos torturados na ESMA enquanto a torcida vibrava com as vitórias da seleção alviceleste no Monumental de Nuñez, na Copa de 78. E o do Chile, do centro de prisão e tortura que virou o estádio Nacional e da coragem do jogador Carlos Caszely, que se recusou a apertar a mão do ditador Pinochet. E muito mais, como a omissão de cartolas dos mais poderosos do mundo do futebol.
Flâmulas, mascotinhos, cachecóis, figurinhas, fotos e botões por quase todas as peças do cenário, inclusive geladeira! Assim é o estúdio do divertido Loucos por Futebol, que a ESPN Brasil passa sábado sim, sábado não. Marcelo Duarte, Paulo Vinícius Coelho e Celso Unzelte – os três “loucos”, ou seria melhor dizer três enciclopédias?– recebem a cada edição uma personalidade diferente, um quarto louco por futebol. No programa desta semana, José Roberto Torero, escritor, jornalista, roteirista de Pelé Eterno e do curta Uma História de Futebol, titular do Blog do Torero e torcedor do Santos. E o programa foi cinematográfico. Fala da ligação entre o documentário sobre Wilson Simonal e futebol. Mostra cenas do 1983, o Ano Azul (clique para ver o trailer no site do Grêmio), sobre a conquista do Mundial de Clubes de 83, contra o Hamburgo, com depoimentos de Renato Gaúcho, Hugo De León, Mário Sérgio, Espinoza, etc. Até a pé os gremistas irão para ver este filme, que estreou esta semana em cinemas de Porto Alegre. Continuar lendo “Loucos pelo programa “Loucos por Futebol””→