Futebol x alzheimer. Uma paixão contra uma doença. Golaço da revista Líbero.


Um estudo da Fundació Salut i Envelliment da Universidade Autônoma de Barcelona descobriu em 2014 que falar de futebol ajuda os pacientes de alzheimer a melhorar a memória, a atenção e o ânimo. Na fase piloto, entre seis e oito pacientes participaram por oficinas de memória sobre futebol duas horas por semana. Deu bons resultados especialmente naqueles pacientes em que esse mal é leve ou moderado.

A Líbero, excelente revista espanhola, criou junto com a agência Lola quatro edições “retrôs” – das décadas de 40, 50, 60 e 70, com alguns dos melhores momentos da história do futebol. De Puskás a Cruyff. As revistas com reportagens, material gráfico e exercícios pra memória foram distribuídas em centros de tratamento de alzheimer de Barcelona e usadas como parte da terapia.
É a campanha Fútbol vs Alzheimer. Una pasión contra una enfermedad. O resultado você vê neste vídeo interessantíssimo divulgado pela Líbero.

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Catedrais da bola: Santiago Bernabéu

A fachada do Bernabéu tem bandeiras dos clubes espanhóis, inclusive do Barça

Estádio: Santiago Bernabéu
Proprietário: Real Madrid Club de Fútbol
Capacidade: 80.000 espectadores
Ocupação média na temporada 2013/14: 71.558 torcedores (84 %), segundo a Pluri Consultoria, a quarta maior média do mundo.
Metrô: lnha 10, estação Santiago Bernabéu

A imensa casa do Real Madrid foi inaugurada em 14 de dezembro de 1947, num amistoso contra os Belenenses, de Portugal, vencido pelo anfitrião; Real 3×1. Era conhecido como estádio Chamartín, nome do bairro madrilenho onde está situado, e substitui o Viejo Chamartin, de 1924, que comportava 15 mil fãs e foi sendo ampliado até a capacidade de 25 mil pessoas.

A partir de 1955, o novo estádio passou a levar o nome de Santiago Bernabéu. E quem foi Santiago Bernabéu? Irmão de um dos fundadores do Madrid, jogou no Real como atacante entre 1912 e 1927. Mas se celebrizou mesmo como presidente do clube, de 1943 até a morte, em junho de 1978. Foi campeão de tudo e mais um pouco como real cartola máximo:  16 ligas espanholas, seis copas espanholas, seis das 10 Copas dos Campeões madridistas (hoje Liga dos Campeões, a Champions League) e um Mundial de Clubes (ou Copa Intercontinental, conforme o gosto do freguês).


O estádio recebeu a final da Eurocopa de 1964, da Copa do Mundo de 1982 e de quatro Copas/Liga dos Campeões da Europa:

  1. 1957, deu Real. 2×0 na Fiorentina
  1. 1969, deu Milan
  2. 1980, deu Nottingham e
  3.  2010, deu Inter.

Na foto acima e na do lado, a fachada da megaloja que tem todo tipo do merchandising do Real Madrid, a Tienda Bernabéu.

Abaixo, republico o Rolê do Fut Pop Clube pelo estádio Santiago Bernabéu e galeria do Real Madrid.
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Minuto de silêncio para Don Alfredo Di Stéfano, a “flecha loura”.

Capa do livro de memórias de Di Stéfano
Capa do livro de memórias de Di Stéfano. No caso, ‘Vieja’ é a bola.

Alfredo Di Stéfano, o craque argentino nascido em Buenos Aires (que também jogou pela Espanha) morreu hoje, aos 88 anos. O site do Real Madrid fez uma galeria dos títulos de Don Alfredo no gigante branco de Madrid, clube do qual era presidente de hora. Pelo Real,  La Saeta Rubia (“a flecha loura”) ganhou “apenas”:

Colecionador de copas. http://www.realmadrid.com/
Colecionador de copas. http://www.realmadrid.com/
  • 1 Copa Intercontinental (o Mundial de Clubes), em 1960, contra o Peñarol.
  • 2 Copas Latinas: 1955 e 1957.
  • 1 Pequena Copa do Mundo: 1957
  • 8 campeonatos espanhóis (das 11 ligas disputadas com a camisa branca).
  • 1 Copa de Espanha (então Copa do Generalíssimo… argh!)
  • 5 troféus Pichichi, prêmio de artilheiro do campeonato espanhol que leva o nome do artilheiro do Athletic Bilbao que inaugurou o velho San Mamés

Veja como reagiram à notícia outros clubes – e as duas seleções – em que Di Stéfano jogou.

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Da Fúria à La Roja

Capa da edição inglesa do novo livro de Jimmy Burns

Fiquei sabendo via caderno de Esportes do ‘Estadão’ de um livro que pode interessar a todos os “futboleros” que se interessam pelo futebol espanhol ou se interessam por ler e pesquisar sobre história desse esporte. O jornalista e escritor Jimmy Burns, especialista em cultura, futebol e história da Espanha, lançou “La Roja – A Journey Through Spanish Football” (título da edição inglesa). A edição americana em ‘paperback’, mencionada pelo Estadão, tem o título “La Roja – How Soccer Conquered Spain and How Spanish Soccer Conquered the World“, editada pela Nation Books.
O autor nasceu em Madri, de mãe espanhola e pai inglês (jornalista, escritor, editor). Cresceu curtindo o Real Madrid de Di Stéfano no Bernabéu. Mas o Barça de Cruyff o conquistou. Jimmy Burns tem livros sobre o Barcelona (Barça – La Pasión de Un Pueblo/A People´s Passion), Maradona (La Mano de Diós/ The Hand of God), que passou como um vulcão por Barcelona antes de ser ídolo em Nápoles e, mais recentemente, sobre David Beckham e o Real galático (Cuando Beckham llegó a España: El Poder, La Galáxia y el Real Madrid).

No novo livro, La Roja, Jimmy Burns conta a história do futebol espanhol, desde que os ingleses levaram bolas para Bilbao, contextualiza a peculiar reunião de povos, culturas e línguas diferentes que é a Espanha, a vitória de Franco e sua relação com o futebol, os estrangeiros que fortaleceram os dois maiores clubes (Di Stéfano, Kubala, os holandeses do Barça), a democratização do país, Beckham e cia galática, Guardiola e, enfim, o título da Copa do Mundo.  Fúria era o apelido da seleção espanhola na era Franco. Recentemente, só leio referências à seleção como La Roja, cor da camisa. Nos tempos de Franco, que derrotou os comunistas, isso seria inimaginável. Faz sentido. Continuar lendo “Da Fúria à La Roja”

O frevo do bi (III). A dupla Mané e “Possesso” funcionou.


Naquele 6 de junho, o Brasil entrou com a campeã camisa Canarinho, de mangas longas, calção e meiões brancos, contra La Roja, a Espanha, numa partida crucial do grupo 3 da Copa do Mundo de 1962, no Sausalito, em Viña del Mar. Por causa do empate contra os tcheco-eslovacos, a Seleção Brasileira não podia perder para continuar a luta pelo bi. Aymoré Moreira mandou o escrete a campo com Gylmar, Djalma, Mauro Ramos, Zózimo e Nilton Santos; Zito, Didi e Zagallo; Garrincha, Vavá e a novidade: Amarildo, “o possesso”. O jovem jogador do Botafogo, de 21 anos, entrou no lugar de outro jovem. Um jovem que já era Rei Pelé – que sentiu uma contusão n0 0x0 contra a Tchecoeslováquia. Continuar lendo “O frevo do bi (III). A dupla Mané e “Possesso” funcionou.”

Copa dos Campeões de 1956-57

Painel sobre a segunda das nove copas europeias do Real Madrid, no Santiago Bernabéu

30 de maio de 1957: o Real Madrid de Kopa, Di Stéfano e Gento faz 2 a 0 na Fiorentina e fatura a segunda Copa dos Campeões da Europa. Uma festa caseira: a decisão foi disputada no Santiago Bernabéu. Gols de Di Stéfano e Gento.  E como informa o site da Uefa em português, o capitão Miguel Muñoz recebeu a Copa das mãos do general Francisco Franco, o ditador espanhol. Madrid bicampeão (seria penta, até 1960; e depois ganharia mais quatro Copas/Ligas dos Campeões).

Eduardo Galeano: “Futebol ao Sol e à Sombra”

Publicado em 5 de julho de 2010

Gostaria de indicar um livro que é (literalmente) um barato. “Futebol ao Sol e à Sombra” (coleção pocket da L&PM Editores), do escritor uruguaio Eduardo Galeano, um apaixonado por futebol. Durante o Mundial 2010, li no caderno ‘Copa 2010’ do Estadão que Diego Maradona incluiu obras de Galeano, autor de “As Veias Abertas da América Latina“, na bagagem da seleção argentina. Então, o repórter Jamil Chade bateu um fio para o autor também de “Futebol ao Sol e à Sombra” – disponível em edição de bolso. Modestamente, Galeano disse ao jornalista do Estadão que “o melhor livro de futebol é o que os jogadores escrevem com os pés”.
Gol de letra!

Pelo sim, pelo não, dá para ler um trechinho de “Futebol ao Sol e à Sombra”, livro do uruguaio no site da L&PM. Continuar lendo “Eduardo Galeano: “Futebol ao Sol e à Sombra””

Nas bancas

Como vocês sabem, Luxemburgo caiu no Palmeiras. Muricy e Abel são os nomes mais cogitados. Curiosamente, um dia antes da demissão do treinador campeão paulista de 2008, saiu a edição de julho da revista Placar, que chegou às bancas paulistas com pergunta na capa: “Trio de Ferro?” e fotos de Muricy, Mano Menezes e Luxemburgo. A reportagem de Ricardo Perrone e Arnaldo Ribeiro convida o leitor a descobrir “por que nem os três melhores treinadores do país têm estabilidade de emprego”.

Na sua 4ª passagem pelo Palestra Itália, Luxemburgo venceu 60 partidas, empatou 25 e perdeu 25. Somando as quatro passagens – 93/94, 196, 2002 e 2008/09 – são 221 vitórias, 81 empates e 65 derrotas (aproveitamento de 67,5% – infos do Palmeiras.)

Foto Divulgação/VIPCOMM
Foto Divulgação/VIPCOMM

Pelos lados do Morumbi, em tarde fria e chuvosa, Ricardo Gomes estreou com vitória: 2×0 sobre o Náutico. Em Barueri, o Galo mineiro perdeu a invencibilidade -4×2 para o Barueri- mas segue na ponta. De olho na final da Copa do Brasil, o Corinthians perdeu na Arena da Baixada. Furacão 1×0. E de olho na semifinal da Libertadores, o Cruzeiro fez 1×0 no Avaí no Mineirão. Surpresa do sábado: a goleada do Goiás sobre o Bota, em pleno Engenhão: 4×1. Na série B, o Guarani permanece invicto e lidera. Completam o G4: Brasiliense, Atlético Goianiense (3 vitórias seguidas) e a grande rival do Bugre, a Ponte Preta – seguida de muito perto por Lusa e Vasco (6º lugar).

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