“Miller & Fried – As Origens do País do Futebol”

wp-1468888470167.jpg Para quem se interessa pelo futebol brasileiro, em especial o paulista, o filme “Miller & Fried – As Origens do País do Futebol”, de Luiz Ferraz, chega a ser emocionante. O 7 a 1 na Copa de 2014 está muito fresco na memória. Ver um precioso arquivo da goleada de 7 a 2 do Paulistano comandado pelo artilheiro Friedenreich sobre a seleção francesa, durante uma bem sucedida excursão à Europa, em 1925, é de encher os olhos! Fried também estava na seleção que conquistou o primeiro grande título, o Sul-Americano de 1919, num lotadíssimo estádio das Laranjeiras (é a imagem de capa do teaser abaixo).

O gol desse título, na segunda prorrogação, teve participação de um corintiano, de um palmeirense e do craque do Paulistano (que depois jogaria no chamado São Paulo da Floresta, precursor do atual tricolor paulista). O material iconográfico da decisão já valeria o ingresso do cinema.

Se Fried foi o primeiro grande ídolo da seleção, Charles Miller também foi artilheiro. O garoto da elite paulista que trouxe bola e as regras da Inglaterra para Sampa do final do século XIX cansou de ganhar títulos estaduais com o SPAC (São Paulo Athletic).

Os depoimentos do neto de Charles Miller, Carlos Miller Neto e dos biógrafos de Miller (John Mills) e de Friedenreich (Luiz Carlos Duarte e as intervenções dos tresloucados PVC, Celso Unzelte e Marcelo Duarte garantem o interesse do futbolero pelo filme de Luiz Ferraz, que tem cerca de uma hora de duração, uma boa trilha sonora e bem filmadas cenas de futebol de várzea.

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Superclássico das Américas

Pena que Brasil x Argentina com Messi de um lado, Neymar do outro (e Kaká no banco) seja em … Pequim!

Pena que o torcedor brasileiro não fique mais feliz quando um jogador do seu time é convocado. E até torça para isso não acontecer. A cada convocação, o torcedor gosta menos da Seleção, já que o campeonato aqui não para. Mais um gol da Alemanha!

Confira a lista dos vencedores da Copa Roca, criada em 1914 – e agora chamada de Superclássico das Américas. Continuar lendo “Superclássico das Américas”

Discutindo a relação: a Seleção Brasileira e o Morumbi. Veja a lista dos jogos.

10464313_588986841222679_4006644258918849428_nA Seleção Brasileira e o público paulistano parecem viver uma eterna “D.R.” quando se encontram no Morumbi, pelo menos dos anos 70 ou 80 pra cá. Se o gol demora, pode ter certeza, lá vem vaia. Nos últimos anos, goleiros e centroavantes ouviram gritos de “Rogério! Rogério” e “L u í s F a b i a n o !”. Técnicos não foram poupados. Parreira ouviu “Olê, olê, olê, Telê, antes da Copa de 1994″. Mano Menezes ouviu um grito de adeus no feriado de 7 de setembro de 2012, na ‘goleada de um a zero’ sobre a África do Sul.. Por mais de uma vez, o rigoroso público paulistano não perdoou nem um símbolo como a bandeira nacional.
Mas às vezes basta a Seleção marcar um gol para rolar aquele chatinho”eu  / sou brasileiro/  com muito orgulho / com muito amor”.
O certo é que em 28 jogos, desde 1963 (o Morumbi foi inaugurado em 1960 e ampliado em 1970), marcaram gols pela Seleção no estádio nomes como Pelé (bem no dia da despedida do escrete canarinho, em 1971) Pepe, Jairzinho, Leivinha, Roberto Dinamite, Reinaldo, Rivellino, Sócrates, Zico, Tita, Careca, Bebeto, Romário, Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Luís Fabiano e, agora, Fred. Ao todo, foram 18 vitórias, 9 empates e apenas uma derrota, na primeira partida.
Vamos à lista! Para este post, contei com a preciosa ajuda de Michael Serra, do arquivo histórico do São Paulo FC, a quem agradeço por mais uma gentileza.

  1. Brasil 2×3 Argentina, Copa Roca, 13/04/1963. Pepe marcou os dois gols da Seleção
  2. Brasil 4×0 Peru, amistoso, 4 de junho de 1966. Duas vezes Lima, Paraná e Pelé.
  3. Brasil 5×0 Chile, amistoso, 22 de março de 1970. Duas vezes Pelé, 2 vezes Roberto Miranda e Gérson.
  4. Brasil 0x0 Bulgária, amistoso, 26/04/1970.
  5. Brasil 1×1 Áustria, amistoso, 11/07/1971. Pelé marcou, num de seus jogos de despedida da Seleção.
  6. Brasil 3×0 Iugoslávia, Minicopa, 02/07/1972. Marcaram Leivinha (duas vezes) e Jairizinho.
  7.  Brasil 2×0 Romênia, amistoso, 17/04¹974. Edu e Leivinha.
  8. Brasil 0x0 Áustria, amistoso, 1º de maio de 1974.
  9. Brasil 1×0 Bulgária, amistoso, 23/01/1977. Roberto Dinamite.
  10. Brasil 2×0 Seleção Paulista, amistoso, 25 de janeiro de 1977 (*). Gil e Palhinha marcaram.
  11. Brasil 1×1 Seleção Paulista, amistoso, 16 de junho de 1977 (*). PC Caju marcou pro Brasil.
  12. Brasil 3×1 Polônia, amistoso, 19/06/1977. Paulo Isidoro, Reinaldo e Rivellino.
  13. Brasil 5×0 Ajax, amistoso, 21/06/1979 (*). Duas vezes Sócrates, 2 vezes Zico, Toninho.
  14.  Brasil 2×0 Bolívia, Copa América, 16/08/1979. Tita e Zico.
  15. Brasil 1×1 Polônia, amistoso, 29/06/1980. Zico.
  16. Brasil 1×1 Tchecoslováquia, amistoso, 03/03/1982. Gol de Zico.
  17. Brasil 0x0 Argentina, amistoso, 17/06/1984.
  18. Brasil 1×1 Bolívia, Eliminatórias 30/06/1985. Gol de Careca.
  19. Brasil 6×0 Venezuela, Eliminatórias, 20/08/1989. Marcaram: Careca (4), Silas e Acosta contra.
  20. Brasil 2×0 Equador, Eliminatórias, 22/08/1993. Bebeto e Dunga.
  21. Brasil 3×2 Equador, Eliminatórias, 26/06/2000. Rivaldo (2 vezes), Antônio Carlos.
  22. Brasil 3×1 Argentina, Eliminatórias, 26/07/2000. Gols: Alex e Vampeta (2).
  23. Brasil 1×0 Colômbia, Eliminatórias, 15/11/2000. Gol: Roque Júnior.
  24. Brasil 1×1 Peru, Eliminatórias, 25/04/2001. Gol do Brasil: Romário.
  25. Brasil 3×1 Bolívia, Eliminatórias, 05/09/2004. Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Adriano marcaram para o Brasil.
  26. Brasil 2×1 Uruguai, Eliminatórias, 21/11/2007. Duas vezes Luís Fabiano.
  27. Brasil 1×0 África do Sul, amistoso, no 7 de setembro de 2012. Gol de Hulk.
  28. Brasil 1×0 Sérvia, amistoso – o último antes da Copa, 06/06/2014. Gol: Fred.

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“Friedenreich – A Saga de Um Craque nos Primeiros Tempos do Futebol Brasileiro”

(Casa Maior Editorial)
(Casa Maior Editorial)

Para contar a história de um craque de prenome Arthur que não o Zico, mas o neto dos alemães Guilherme Friedenreich e Guilhermina Schroder, filho de Oscar Friedenreich e da mulata Mathilde, o jornalista Luiz Carlos Duarte volta à São Paulo de bondes e maioria de estrangeiros, embora a casa dos Friedenreich em São Paulo tivesse mais catarinenses e paulistas que alemães. Esse Arthur, o Friedenreich ou simplesmente Fried foi o primeiro grande ídolo de massas do nosso futebol.
Em 1914, participou do primeiro jogo da Seleção, contra o Exeter City, no histórico estádios das Laranjeiras. No mesmo ano, com a camisa então branca do Brasil, foi à Argentina e trouxe a primeira taça internacional do futebol penta, a Copa Roca. Em 1919, nas mesmas Laranjeiras, uma conquista ainda maior: o nosso primeiro Sul-Americano. Gol de Fried, na segunda prorrogação contra o Uruguai. Esse gol -que valeu até música, o clássico chorinho “1×0” – merece até desenho no livro de Luiz Carlos Duarte. E está numa lista de 595 gols e 605 jogos, citados um por um, num dos extras do livro “Friedenreich – A Saga de um Craque nos Primeiros Tempos do Futebol Brasileiro” (Casa Maior Editorial). Bela radiografia do começo do futebol em São Paulo e no Brasil.
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Copa Roca | Superclássico das Américas

Lista (ATUALIZADA EM 22/11/12) dos vencedores da Copa Roca, criada em 1914 – e agora chamada de Superclássico das Américas