

De cara, uma coisa chama muito a atenção do lado de fora do Stadio Olimpico di Roma. Um obelisco, com o nome do Mussolini.
O estádio Olímpico está numa área que já foi chamada Foro Mussolini, depois rebatizada como Foro Itálico e hoje pertence ao comitê olímpico italiano.
O estádio foi inaugurado em 1937 – Il Duce ficou no poder até 1945, quando foi morto-, foi rebatizado e usado nos Jogos Olímpicos de Roma (1960), na Copa do Mundo de 1990, em finais da Copa/Liga dos Campeões (1996, 2009).
E certamente será usado se Roma ganhar a indicação para outra Olimpíada (2024). Com obelisco do Mussolini, desenhos fascistas e tudo.

Hoje a capacidade é de uns 70 mil espectadores. Tanto romanistas como laziali jogam aqui, cada semana um. A média da Roma na temporada passada (2013-14, quase retrasada) foi de 40.436 torcedores por jogo. E a da Lazio, 31.905.
Visitei o Olímpico num domingo de Roma x Atalanta que ficou bem abaixo dessa média de público dos giallorossi. Isso porque a curva sul estava fechada, como dá pra ver na foto abaixo: ninguém na arquibancada atrás do gol do Atalanta no primeiro tempo.
A torcida mais radical da Roma tinha cantado algumas coisas bem feias contra um torcedor morto. Não passei por tantas barreiras policiais revistando torcedores nem quando fui à Bombonera! O clima estava pesado. E a torcida me pareceu um tanto sem paciência com alguns jogadores. Normal!

Totti, Il Capitano, é muito respeitado reverenciado. Foi o capitão quem abriu o placar, mas a Atalanta empatou. Dois pontos perdidos em casa que poderiam ter complicado as aspirações da Roma jogar a Champions 2015-16.
De bonito, sem dúvida, o belo hino atual da Roma – Non si discute, si ama, de 1974 – tocado antes do jogo, logo depois de um hino mais antigo.
Pode não ser à toa que no projeto da nova casa da Roma, o Stadio Della Roma, a curva sul ficará destacada, meio que isolada das outras tribunas.