
É ótima a capa de abril de 2012 da revista “Panenka”, publicada em Barcelona. No texto que abre o dossiê sobre o futebol alemão na “Panenka” #7, de Raphael Honigstein e Aitor Lagunas, o alarme soou em 1999, depois da derrota de 3×0 para Croácia nas quartas de final do Mundial de 1998, na França (a seleção croata, com o artilheiro Suker, terminaria em 3º lugar).
Outras reportagens dizem que a mudança começou em 2000, depois da eliminação na primeira fase da Eurocopa. Não importa muito a data, o que importa é conhecer algumas medidas tomadas:
- abertura de 121 centros de formação de jogadores, inspirados na academia de jogadores da França, Clairefontane
- todos os clubes da primeira e da segunda Bundesliga foram obrigados a ter categorias de base
Gráfico con la evolución de la selección alemana desde la II Guerra Mundial http://t.co/eSNHJnpmKL #Panenka07 #GER pic.twitter.com/WNPUsddGYn
— Panenka (@proyectopanenka) 11 julho 2014
Hoje são 366 centros de treinamento, para 25 mil jovens alemães, com 1.000 técnicos, segundo a reportagem do correspondente do Estadão, Jamil Chade. Uma das revelações? Thomas Müller.
Um texto do “Lance!” esta semana lembrou que a Alemanha ganhou a Euro sub-21 em 2009 (4×0 na final contra a Inglaterra). No elenco, já estavam Neuer, Boateng, Hummels, Höwedes, Khedira, Özil.
Sem falar na média de público da Bundesliga, o campeonato alemão. 45 mil pessoas por jogo. Tenta comprar na internet ingresso para um jogo do St. Pauli, clube cult da segunda divisão. Tudo lotado.
O Brasil está vazio na tarde de domingo, como diz o samba de Milton Nascimento e Fernando Brant, mas aqui não é mais o país do futebol.
Há muito tempo.