JORGE BEN JOR E A BANDA DO ZÉ PRETINHO
Via Funchal, São Paulo, 9/03/2012
Coluna de Música do Fut Pop Clube
Gosto de ver sempre os shows de determinados artistas. Manu Chao. Buddy Guy. Metallica. Pearl Jam, por exemplo. São sempre diferentes do da véspera ou de anos anteriores e cheios de enegia, mesmo que eventualmente repitam o set-list. Jorge Ben Jor é um deles. Não tem duas semanas que vi o segundo show do Circo Voador (confira como foi no post anterior). Nesta sexta, vi de novo, em Sampa. Ingresso de pista 20 reais mais caro do que o do Rio, o que costuma acontecer. Casa lotada! Fila para pegar ingresso comprado via internet. No caminho, vi o carro de uma moça com um adesivo gigante de São Jorge, igual ao das costas da camisa com que Ben Jor entrou no palco. Era noite de Jorge. Chega de nariz de cera e vamos ao show. Foram mais de duas horas de clássicos do samba-rock – com muitas pitadas de funk e reggae – e vários hits apresentados um colados no outro, em formato de medley,
- Eu Vou Torcer (de Tábua de Esmeralda) abriu o show.
- Comanche
- A Banda do Zé Pretinho
- Santa Clara Clareou / Zazueira / A Minha Menina
- em seguida, veio uma levada reggae (acho que foi Zumbi)
- Bebete Vãobora
- Que Maravilha / Magnólia
- Ive Brussel (que refrão!)
- Engenho de Dentro
- O Homem da Gravata Florida (público acompanha na palma da mão)
- País Tropical / Spyro Gyro (dobradinha sempre sensacional)
- Do Leme ao Pontal, cover do “síndico” Tim Maia, colada em W/Brasil (Chama o Síndico), que foi cantada em coro por uma plateia em parte formada por uma molecada que sequer engatinhava quando esse hit explodiu.
Depois de uma hora e dez de show, um intervalo de cinco minutos, “para afinar as guitarras”. Ben Jor voltou todo de branco e o BIS começou com:
- Jorge da Capadócia. Viva Jorge! Um show à parte do trombonista e de toda a Banda do Zé Pretinho.
- Menina mulher da pele preta / Que Pena / O dia que o sol declarou o seu amor pela terra / Mexe Mexe
- Aí então, num arranjo funk, chegam os alquimistas. Os Alquimistas Estão Chegando Os Alquimistas, mais uma da Tábua.
- Só para desinfetar: Alcohol / Funk Astrid
- Numa pegada hendrixiana, como lembra o amigo Sergio Duarte do Rock Flu, Ponta de lança africano (Umbabarauma), versão super pesada, que Jorge dedica aos rappers Mano Brown e Dexter, e o homem-gol tabela com Fio Maravilha. “…Faz mais um pra gente ver (Sou Fla-Fça, ela é Mê-mê)”… É o momento mais alto de um grande show, para mim. A turma lá de cima dos camarotes não para, como a galera da pista.
- Descalço no Parque, dedicada a Marisa Monte. Show de Dadi no baixo.
- Gostosa. Aquela farra das meninas mais vitaminadas da plateia, que sobem para dançar no palco.
- As musas continuam no palco para a apoteose, com um clássico. Taj Mahal + Salve Simpatia. Um rapaz da plateia assumiu os vocais durante bom tempo, na maior animação.
Fim de espetáculo, 2h20 de energia, alegria, harmonia, simpatia. “Que pena…” Jorge estava bem rouco, e o som, um tanto embolado. “Que Pena… “Mas nada disso impediu que tenha sido uma noite sensacional para milhares de pessoas. Até a próxima (dia 30, em Campinas, hein?)!