Não é de hoje, com todo o conforto do Allianz Parque, que a praça de esportes mais antiga da capital paulista abre as portas para os shows. Em suas últimas três décadas, o Parque Antarctica – o simpático Palestra Itália – também recebeu muitos roqueiros e sambistas. Aproveito a segunda passagem dos americanos do Aerosmith pelo estádio do Palmeiras, a primeira na ‘era Allianz’, para uma relação (certamente não completa – correções são bem vindas) dos shows neste Parque do rock! Este post não seria possível sem a colaboração de Bruno Alexandre, que foi historiador do Palmeiras, e Fábio Finelli, da assessoria de imprensa Press FC. Grazie!
FEAR OF THE DARK: Bruce Dickinson ainda com cabelão no primeiro show do Iron Maiden no estádio do Palmeiras, em 1992. Foto de SERGIO CAFFÉ, especial para o fanzine HEADLINE | acervo do blog FutPopClube.
Saiu agora, em 25 de maio, em DVD duplo, aquele documentário sobre a turnê do Maiden: “Flight 666”, que teve pré-estreia mundial no Rio de Janeiro. Nas lojas, também um CD duplo com a trrilha sonora do filme. Ou seja, clássicos da banda. Neste widget aí de cima, dá para ver, ouvir, jogar… Se sobrar tempo, leia outros textos do blogo sobre o Iron clicando aqui.
Decolou em cinemas brasileiros Flight 666, documentário sobre a turnê 2008 do Iron Maiden. O site da banda anuncia para 25 de maio o lançamento em DVD e disco Blu-Ray, mais um CD duplo com a trilha sonora do filme (Heaven Can Wait, por exemplo, é no estádio Palestra Itália,1º de março de 2008). Clique ao lado para ler minha resenha do filme. Continuar lendo “Enfim, Iron Maiden num cinema perto de você.”→
Flight 666, filme sobre a turnê do Iron Maiden, ganhou o prêmio “24 beats per second” como melhor documentário musical no gigantesco festival SXSW, em Austin, no Texas. Palmas para banda, diretores Sam Dunn e Scot McFadyen e fãs (ou melhor, torcedores, como bem definiu o Vitor Birner em seu blog.) Este ano, o Maiden já tinha faturado o Brit Awards como melhor banda britânica ao vivo.
Aliás, lembrei de uma curiosidade que esqueci de inserir no texto sobre Flight 666: na Colômbia, a banda aparece usando máscaras de oxigênio por causa da altitude (2.600 metros). Os cinquentões Bruce Dickinson e o Steve Harris se movimentam bastante em duas horas de show, não tenho idéia de quanto. Agora, imagine a situação de jogadores de futebol, que correm de 5 km a 10 km por jogo, nas alturas… O Iron deixou no You Tube um trechinho de Rime of the Ancient Mariner, tirado do filme!
P.S. : Flight 666 estreia em cinemas de algumas cidades brasileiras no próximo feriadão, na madrugada da segunda, dia 20, para terça, 21 de abril, à meia noite e um. Também haverá algumas sessões na sexta, 24/04, e no sábado, 25. Consulte nos sites MovieMobz e Ingresso.com se Flight 666 passa na sua cidade. Segundo este último site, em SP o rock vai rolar em salas das redes Cinemark e UCI.
O clássico Powerslave (ouça trechinhos aqui) é um álbum fundamental na turnê Somewhere Back in Time, que chegou hoje a Manaus, sábado ao Rio, domingo volta a São Paulo, quarta em BH, sexta em BSB e dia 31 no Recife. Tá na cara, digo, no cenário. Seus dois maiores sucessos são candidatos a abrir o show: Aces High, música de Harris sobre batalha aérea, onde os fãs tentam acompanhar a velocidade turbo que o piloto de avião Bruce Dickinson imprime. E 2 Minutes to Midnight, que com seus 6 minutos invadiu programas de clips em 85. Powerslave, 2º lugar na parada inglesa em 84, é um disco bem conhecido dos brasileiros, até porque a gigantesca World Slavery Tour foi a primeira excursão do Maiden a chegar por aqui. Show único, 11 de janeiro de 1985, Rock in Rio I. 50 minutos do concerto podem ser vistos no lançamento oficial em DVD do music video Live After Death. Também detonam no show Powerslave, clássico de Bruce(fissurado em egiptologia), com seu riff monstruoso, e Rime of the Ancient Mariner, épico de 13 minutos de Harris. Continuar lendo “Iron Maiden V: POWERSLAVE, 03/09/1984”→
O que o capitão do time do heavy metal tem em comum com o homem-gol do samba rock? A paixão pelo futebol. Como Jorge Benjor, que chegou a jogar nas divisões de base do Flamengo, o baixista Steve Harris, do Iron Maiden, atuou nos juvenis do West Ham, clube da ZL de Londres que teve três jogadores na seleção inglesa campeã do mundo, em 66 (o capitão Bobby Moore, o meia Peters e o atacante Hurst). O W.Ham também revelou Lampard (hoje Chelsea) e teve Carlos Tévez por um semestre (antes de repassá-lo ao ManUtd), mas no Brasil é mais conhecido mesmo pela ligação com o ilustre torcedor. Steve Harris queria ser jogador profissional, mas trocou as chuteiras pelo baixo. E hoje, neste 12 de março em que completa 53 anos anos, começa por Manaus a parte brasileira da turnê Somewhere Back in Time. Pelo menos um som que pode aparecer no setlist vem do quarto álbum do Maiden, Piece of Mind, outro discão. Continuar lendo “Steve Harris & West Ham United FC”→
Foto: Robert Ellis (C) Iron Maiden Holdings 1996/38596 Fonte: EMI
A sirene de ataque aéreo – apelido do vocalista Bruce Dickinson -começou a funcionar pra valer no terceiro disco do Iron Maiden, estreia do cantor na banda inglesa. The Number of the Beast (ouça trechos aqui) foi o primeiro álbum nº1 do Iron (nas paradas inglesas). Primeiro Top 40 nos EUA. É aquele disco que mesmo revistas e livros não especializados em rock pauleira elegem para falar do Maiden. Não é à toa que Number mereceu um programa da série Classic Albums, já lançado em DVD no Brasil. Aqui não tem Prodigal Son nem instrumentais. É pau puro, desde a faixa 1, Invaders, até a última, Hallowed Be Thy Name, um clássico de Steve Harris, cheio de mudanças de ritmo e clima, sobre um homem no corredor da morte. Agora, além do apelo da capa (Derek Riggs), teve dois singles fortíssimos. Continuar lendo “Iron Maiden 3.0: The Number of the Beast, 29/03/1982”→
O segundo álbum do Iron Maiden marcou a estreia de Adrian Smith (ex- Urchin), um “velho” de Dave Murray. Um guitarrista mais melódico, como mostram suas canções (ex: Wasted Years) e carreira fora da donzela. Killers (02/02/1981) abriu a parceria do quinteto com o produtor Martin Birch, de clássicos como Machine Head, do Purple, referência para os Irons. A maioria das canções (ouça trechos no site da banda) foi composta por Steve Harris bem antes de Adrian entrar. Innocent Exile, por exemplo, existia ante de Harris fundar o Maiden. Clássicos do metal como Wrathchild e Killers já levantavam shows como Live at the Rainbow. Killers não chegou tão alto na parada como o LP anterior (12º, contra 4º de Iron Maiden). Uma pena. É um discão. Se você acha que o Iron não toca nada, tente ouvir Prodigal Son. A formação com Paul Di´Anno lançou ainda dois singles e um excelente mini-LP ao vivo. Continuar lendo “Iron Maiden 2.0”→
Paul Day no vocal (não confundir com Paul Di´Anno), Dave Sullivan e Terry Rance (guitarras), Ron Mathews na bateria e Steve Harris no baixo. Essa foi a primeira (de muitas) formações da banda Iron Maiden, em 1975. Esse quinteto tocou junto até o meio de 76 e dele ficou só o capitão do time, Steve Harris. Tempos em que o grupo que se tornaria o gigante do heavy metal mundial cobrava de cachê 5, 10, 15 libras – só o gelo seco dos efeitos de palco custava 10 libras. São informações como essas, que fazem a delícia de fissurados no rock rápido, pesado e melódico do grupo de Londres, que recheiam o documentário de 90 minutos no duplo DVD “The History of Iron Maiden, Part 1: The Early Days”, disponível no Brasil. A equipe rodou 4 países e fez 40 entrevistas – são ouvidos um monte de ex-roqueiros do grupo, em depoimentos sempre gentis, mesmo quem pediu pra sair aparece “bem na fita”, alto astral total. Sobra apenas para o produtor do primeiro disco, muito criticado pela qualidade do som. Entre os extras que ajudam a documentar a explosão do Maiden, um vídeo caseiro gravado no pub Ruskin Arms, no mesmo dia do lançamento do 1º LP, bem amador mesmo -vale apenas como registro histórico. Mais os cinco primeiros clips do Iron. Apresentações histórias no Top of the Pops, antiga parada de sucessos da rede de TV BBC: com Running Free, o Maiden foi o primeiro a tocar ao vivo, depois de anos e anos de playback – o último a tocar de verdade tinha sido o The Who. E um achado: um filme de 20 minutos – filme mesmo, em preto e branco, produzido pela Granada TV inglesa, sobre este comecinho da banda. A formação que gravou Iron Maiden manda a ver ao vivo, a edição deixa o rock rolar e ainda tem entrevistas curiosas. O DJ Neal Kay, que teve grande importância para o “descobrimento” do Iron, comenta que não gosta do rótulo heavy metal. Mas veste uma camiseta com dizeres tipo Heavy Metal Sounds… Surreal. E tem muito mais material para deleite dos fãs de carteirinha.Clique aqui. Continuar lendo “DVD: “The Early Days””→
O Iron Maiden já está na América do Sul e daqui a uma semana volta a tocar no Brasil, com a turnê Somewhere Back in Time. No dia 12,a mascote Eddie e cia vão conhecer a Amazônia. Será o primeiro show da banda em Manaus, no Sambódromo (!) local. E pensar que este gigante do heavy metal rock que já vendeu milhões e milhões de discos começou cobrando 5, 10, 15 libras por show, em 1975…
Acho formidável que a imensa torcida, digo, o grande fã-clube do Iron conserve uma fiel legião de seguidores dos anos 80. Mas ao mesmo tempo essa massa está sempre se renovando. Parte considerável desse público não era nem nascida quando o grupo lançou seu primeiro disco, em abril de 1980.
O blog Fut Pop Clube começa sua cobertura especial da turnê lembrando de um disco que embora lançado apenas em 2002, numa bem bolada caixa de CDs, traz uma gravação anterior ao lançamento do LP Iron Maiden. Você pensa que é só o U2 que toca na BBC, é? O CD duplo BBC Archives, da caixa Eddie´s Archive, traz quatro sons ao vivo no programa Friday Rock Show, da rádio BBC1, em 14 de novembro de 1979, portanto, antes de a banda entrar em estúdio para gravar o álbum de estreia. E uma formação ligeiramente diferente: Tony Parsons numa das guitarras, que Dennis Stratton assumiria a tempo do 1º LP, e Doug Sampson na batera, vaga que logo seria de Clive Burr, até 1982. No texto do encarte de BBC Archives, o produtor do programa se orgulha de ter levantado a bandeira da NWOBHM – New Wave of Brithish Heavy Metal, da qual o Iron foi o líder – e a quarta atração do programa.
Desse começo, BBC Archives resgata ainda 6 pauleiras gravadas no show do Maiden no Reading Festival, agosto de 80, já (ou ainda) com a formação do primeiro disco -Paul Di´Anno, Steve Harris, Dave Murray, Stratton e Burr. O duplo CD apresenta ainda parte de mais dois concertos do Iron em festivais: o Reading de 82 e o Donnington 88, com Bruce Dickinson no vocal. Assuntos para outro post.