La Roja 2018

La Roja 2018

A Seleção Espanhola vai para as cabeças, lutar pelo bi, ou vai decepcionar como no Brasil, quando saiu na primeira fase? La Roja do técnico Julen Lopetegui mandou muito bem nas Eliminatórias. E os clubes de La Liga têm dominado as taças europeias.

Vamos ver a lista dos 23 convocados hoje — com 6 jogadores do Real Madrid, finalista da Champions, 4 do Barça, campeão espanhol e da Copa do Rei, três do Atlético de Madrid, campeão da Liga Europa, mais atletas do Athletic, do Celta, da Real Sociedad, Valencia, 4 jogadores de Premier League (United, City, Chelsea e Arsenal representados), 1 do Bayern e 1 do Napoli.

Porteros:

  • Kepa Arrizabalaga (Athletic Club)
  • David De Gea (Manchester United)
  • Pepe Reina (Napoli)

Defensa:

  • Jordi Alba (Barça)
  • Azpilicueta (Chelsea)
  • Carvajal (Real Madrid)
  • Nacho (também do Real)
  • Monreal (Arsenal)
  • Odriozola (Real Sociedad)
  • Piqué (Barça)
  • Sergio Ramos (Real Madrid)

Centrocampistas:

  • Isco (Real Madrid)
  • Thiago Alcântara (Bayern)
  • Busquets (Barcelona)
  • David Silva (Manchester City)
  • Iniesta (Barça)
  • Saúl (Atlético de Madrid
  • Koke (também do Atleti)
  • Asensio (Real Madrid)

Delanteros:

  • Iago Aspas (Celta de Vigo)
  • Diego Costa (Atlético de Madrid)
  • Rodrigo Moreno (Valencia)
  • Lucas Vázquez (Real Madrid)

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Lançamento: “Maracanazo. E Outras Histórias.”

O lançamento da nova camiseta de La Roja, a seleção da Espanha (veja post anterior), é um bom gancho para falar do livro de contos do jornalista Arthur Dapieve, “Maracanazo – E Outras Histórias” (Alfaguara, também disponível como e-book).
maracanazo
A camisa vermelha da Fúria – bem como a camisa também vermelha da seleção chilena, também conhecida como La Roja – são importantes no quinto e último conto, “Maracanazo”, que dá nome ao livro de Dapieve.  Ele não trata da final da Copa de 50, fatídica para os brasileiros e heroica para os uruguaios. Mas de um jogo que foi de vida ou morte para a seleção espanhola na Copa de 2014, contra o Chile, logo depois daquela derrota de goleada para a Holanda, na Fonte Nova, a partir daquele gol espetacular do RVP, o Van Persie. O narrador do conto, Victor, um torcedor espanhol (e do Real Madrid, que nem pronuncia o nome do Barça e não quer nem saber de independência catalã), um sujeito católico e bem de direita, conhece na arquibancada agora colorida do new Maraca uma gatinha com a camisa – vermelha – do Chile. Só que no espectro político, a garota está do lado totalmente oposto ao de Victor.

Em meio a muitas referências aos fatos que antecederam o Mundial de 2014, como os protestos da época da Copa das Confederações – quem já esqueceu o “não vai ter Copa!”? – a ficção de Dapieve é cheia de referências a política, futebol e música, como uma espécie de Nick Hornby dos trópicos, com cenas tórridas. E um final violento e chocante. Alta fidelidade, alta voltagem.

“Maracanazo”, o conto, foi lançado primeiro na França, em março de 2015, como novela independente, a convite de Jean-Marie Ozanne, da editora Folies d’Encre. Ficou em segundo lugar no prêmio Jules Rimet, dedicado à literatura sobre futebol.

Em outros contos, Dapieve fala de pegar “jacaré” em Copacabana (dá pra ler um trecho aqui); de nazismo e música clássica, em Viena, 1939, antes da anexação da Áustria; e do finzinho da era Syd Barrett no Pink Floyd, 1968. Antes das crônicas semanais no Globo e dos contos, Dapieve se destacou como um dos melhores críticos de música do Brasil.
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Madrid diz #GraciasIker. Foi um ‘adiós’ ou um ‘hasta lluego’ a Casillas?

Madrid diz #GraciasIker. Foi um ‘adiós’ ou um ‘hasta lluego’ a Casillas?

11703333_10150880964484953_1015741055874358646_nDespedida emocionada. E emocionante.


A primeira vez que me lembro de ter visto Iker Casillas jogar foi no Mundial de Clubes de 2000, realizado no Morumbi e no Maracanã. Tinha 18 anos e já começava a ser testado no time titular do Real Madrid – onde chegou em 1990, com apenas 9 anos. Neste sábado, o Madrid confirmou de maneira oficial o que o mundo já sabia. Chegaram ao fim os 23 anos de San Iker no clube #blanco. Depois de 725 partidas, 19 temporadas, ajudando a levantar 3 Champions League, 1 Mundial de Clubes, 2 Intercontinentais, 2 Supercopas da Europa, 5 ligas espanholas, 2 Copas do Rei e 4 Supercopas de Espanha, Casillas vai mesmo ser guarda-redes do Porto. Continuar lendo “Madrid diz #GraciasIker. Foi um ‘adiós’ ou um ‘hasta lluego’ a Casillas?”

O jogo da(s) La(s) Roja(s)

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Um pouco antes do Mundial, começou no Chile a campanha “La Roja És Nuestra“, que alegou que o Chile sempre chamou sua seleção de La Roja. E que a Espanha, antes conhecida como Fúria, só adotou o termo La Roja depois do tiki-taka, para se afastar da imagem furiosa.

O jogo de agora no “Maraca” assumiu ares bem mais decisivos do que essa questão sobre o apelido das seleções. Continuar lendo “O jogo da(s) La(s) Roja(s)”

Jordi Alba, lateral-artilheiro. Desde criancinha.

Que golaços do lateral-esquerdo da seleção espanhola contra a Nigéria, não? Jordi Alba mostrou uma tranquilidade de dar inveja a muito camisa 9 de ofício -ao receber o lançamento de 45 metros do seu colega Villa-, na hora de driblar o goleiro e fazer o 3º gol da Espanha, no último domingo em Fortaleza. Eis que descubro no canal do Barcelona no You Tube o vídeo “o espírito de atacante de Jordi Alba”. Mostra que o  jovem catalão de L´Hospitalet de Llobregat jogava de meia-atacante, atacante ou ponta -às vezes com a 10- nos seus tempos de “canteras” do Barça. E fazia belos gols. Grande garoto!


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Da Fúria à La Roja

Capa da edição inglesa do novo livro de Jimmy Burns

Fiquei sabendo via caderno de Esportes do ‘Estadão’ de um livro que pode interessar a todos os “futboleros” que se interessam pelo futebol espanhol ou se interessam por ler e pesquisar sobre história desse esporte. O jornalista e escritor Jimmy Burns, especialista em cultura, futebol e história da Espanha, lançou “La Roja – A Journey Through Spanish Football” (título da edição inglesa). A edição americana em ‘paperback’, mencionada pelo Estadão, tem o título “La Roja – How Soccer Conquered Spain and How Spanish Soccer Conquered the World“, editada pela Nation Books.
O autor nasceu em Madri, de mãe espanhola e pai inglês (jornalista, escritor, editor). Cresceu curtindo o Real Madrid de Di Stéfano no Bernabéu. Mas o Barça de Cruyff o conquistou. Jimmy Burns tem livros sobre o Barcelona (Barça – La Pasión de Un Pueblo/A People´s Passion), Maradona (La Mano de Diós/ The Hand of God), que passou como um vulcão por Barcelona antes de ser ídolo em Nápoles e, mais recentemente, sobre David Beckham e o Real galático (Cuando Beckham llegó a España: El Poder, La Galáxia y el Real Madrid).

No novo livro, La Roja, Jimmy Burns conta a história do futebol espanhol, desde que os ingleses levaram bolas para Bilbao, contextualiza a peculiar reunião de povos, culturas e línguas diferentes que é a Espanha, a vitória de Franco e sua relação com o futebol, os estrangeiros que fortaleceram os dois maiores clubes (Di Stéfano, Kubala, os holandeses do Barça), a democratização do país, Beckham e cia galática, Guardiola e, enfim, o título da Copa do Mundo.  Fúria era o apelido da seleção espanhola na era Franco. Recentemente, só leio referências à seleção como La Roja, cor da camisa. Nos tempos de Franco, que derrotou os comunistas, isso seria inimaginável. Faz sentido. Continuar lendo “Da Fúria à La Roja”

Estopa e La Roja: uma música pra seleção da Espanha, rumo ao bi da Eurocopa

Iniesta, Villa e Busquets no estúdio com os irmãos Muñoz, do Estopa | http://www.estopa.com

A Espanha, seleção campeã do mundo e da Europa, já tem música oficial na sua luta pelo bicampeonato continental, que seria o terceiro título de La Roja na Eurocopa. O Estopa, grupo de Cornellà (Catalunha) formado pelos irmãos David e José Muñoz, lançou no domingo pela rádio do diário esportivo “Marca” a canção “Showtime 2.0” – versão “futbolera” de “Showtime”, que foi hino da seleção espanhola de basquete, também composto e gravado pela dupla.  E hoje saiu a versão digital do single de “Showtime 2.0”, disponível para compra digital no iTunes. O dinheiro será revertido para projetos de apoio a jogadores desempregados e em situação de risco social, da associação espanhola dos futebolistas (caramba, isso vale uma reportagem!). Continuar lendo “Estopa e La Roja: uma música pra seleção da Espanha, rumo ao bi da Eurocopa”