Saxon, “Heavy Metal Thunder”, o filme.

saxonDeve sair em novembro o documentário sobre o Saxon, um dos melhores grupos da NWOBHM, a geração do heavy metal britânico do finalzinho dos 70, começo dos 80 (a mesma safra do Iron Maiden). Heavy Metal Thunder – The Movie comemora os 30 anos de estrada do Saxon, que fez pauleiras como “Crusader”, “Power and the Glory”, “Wheels of Steel”, “Motorcycle Man”, “Strong Arm of the Law “e a música que dá o nome ao filme, entre outras. Não poderiam faltar depoimentos de Lars Ulrich, do Metallica, e Lemmy, do Motörhead. Tire a guitarra aérea da gaveta virtual e prepare o pescoço. Continuar lendo “Saxon, “Heavy Metal Thunder”, o filme.”

25 anos de um discão: “Powerslave”

powerslave O disco do Iron Maiden que geralmente aparece em almanaques e listas de melhores é o terceiro álbum de estúdio da banda inglesa, “The Number of The Beast“, que marcou a estreia de Bruce Dickinson e ainda conta com o excelente batera Clive Burr.  Entre os favoritos do blog, está “Powerslave” (ouça trechos). O disco lançado justamente antes do primeiro showzão do Maiden na América do Sul, o de 11 de janeiro de 1985, Rock in Rio I. Continuar lendo “25 anos de um discão: “Powerslave””

“Top of the Pops”

theearlydaysUm fã de rock que leia sobre a história de sua(s) banda(s) preferida(s) tem grandes chances de esbarrar no nome de um programa de TV da BBC. Top of the Pops, uma parada de sucessos, estreou em 1964 ( Beatles e Stones no primeiro programa). TOTP saiu do ar em 30 de julho de 2006.  Por exemplo, o Iron Maiden. Em 1980, o então quinteto da New Wave of British Heavy Metal foi convidado para tocar o single que havia acabado de lançar, o primeiro pela EMI: Running Free. E Paul Di´Anno, Steve Harris, Dave Murray, Dennis Stratton, Clive Burr e o fiel escudeiro Rod Smalwood  armaram um fuzuê no estúdio porque o Maiden fez questão de tocar ao vivo, sem playback, a dublagem que marcou grande parte da história do TOTP. Era a primeira banda a fazer isso desde o The Who, em 1972. A perfomance está no VHS Wasted Years, no DVD The Early Days (capa que ilustra este texto) e, claro, na rede. Aliás, na rede descobri que uns 20 anos depois de Running Free, Bruce Dickinson já de cabelo joãozinho, o Maiden apresentou Wildest Dreams, faixa de trabalho e abertura do disco Dance of the Death. 6º lugar na semana do Top of the Pops. De novo, ao vivo(pelo menos as vozes). Curioso ver o Maiden num palco tão pequeno, fora de seu cenário… Pense num cantor ou banda entre 1964 e 2006. Hendrix? Thin Lizzy? Judas Priest? The Smiths? Nirvana? Provavelmente foi atração do Top of the Pops.

No “obituário” do TOTP publicado na edição de setembro de 2006, a revista inglesa Uncut crava que Top of the Pops foi “o mais importante programa de música da história da TV britânica”. E cita artistas mais “à esquerda” que aceitaram tocar no programa, mas com uma dose de subversão do esquema. Caso dos Smiths. Em 1983, Morrissey preferiu segurar um buquê de flores em vez do microfone, para deixar claro que estava dublando This Charming Man, segundo compacto da banda de Manchester.

Três anos antes, o Judas Priest dublou no programa clássicos do discão British Steel, Living After Midnight e United (março e agosto de 80). Essas duas gemas metálicas, mais as apresentações de Take on the World e Evening Star no TOPTP estão nos extras do DVD Electric Eye (Sony Music).

Em 1991, o Nirvana “tocou” Smells Like Teen Spirit no show da BBC. Quer dizer, parte instrumental pré-gravada, só a voz de Kurt Cobain ao vivo. E ele aproveitou para dar uma debochada legal, cantando num tom bem grave. Tá rede também.

P.S em 10 de abril de 2010: o canal TCM na TV paga começa a reprisar trechos do “Top of the Pops”, aos sábados, 21h.

No primeiro programa, rolou

  • Bad Company/All Right Now,
  • T-Rex/Get It on,
  • Deep Purple/Black Night
  • Slade/Mamma We’re All Craze Now,
  • Alice Cooper/School’s Out,
  • Elton John/Daniel,
  • Suzi Quatro/ Can the Can
  • Abba/Waterloo
  • Queen/Killer Queen,
  • Bay City Rollers/Bye-Bye Baby,
  • Electric Light Orchestra/Evil Woman,
  • The Jam/In the City,
  • Bob Marley and the Wailers/Exodus,
  • Blondie/Denis,
  • Ramones/Don’t Come Close,
  • Chic/Le Freak, The Police/Roxanne,
  • The Knack/My Sharona,
  • Elvis Costello & The Attractions/Oliver’s Army.

LINKS:

Site do programa (mantido pela BBC, mas não atualizado).

Lista de atrações do Top of the Pops (64-2006).

www.youtube.com

Iron Maiden, Apoteose, 14/03/2009

maidenapoteosePara quem estava em 11 de janeiro de 1985 no Rock in Rio I, é impossível se esquecer do concerto do Iron Maiden, para trocentas mil pessoas. O impacto do primeiro gigante do metal mundial a pisar no Brasil – e logo quem? Iron Maiden!- bem na turnê de um disco clássico, o Powerslave. E é esse álbum que inspira boa parte da turnê Somewhere Back in Time. Do cenário ao repertório (4 das 16 músicas são da safra 1984).

Mas pode colocar uma tag de showzão no concerto do Iron Maiden, na noite de sábado, na praça da Apoteose. Saíram as escolas de samba, entrou o Iron Maiden, um exército de três guitarras (Dave, Adrian, Janick), mais o baixo que Steve Harris toca como se fosse guitarra, a superbateria de Nicko e um vocalista que já foi comparado à sirene de ataque aéreo. Saíram os carros alegóricos, entrou Eddie, em duas versões, uma gigantesca, uma Eddie de Itu, enquanto rola  Iron Maiden, e a outra, operada por controle remoto, durante The Evil That Men Do. Dessa vez, Eddie trouxe um grande cenário, com direito a muitos fogos no palco e panos de fundo que se revezam conforme a música. Os caras prometeram trazer uma produção maior e cumpriram.

O som foi muito bom, alto, cristalino, praticamente sem embolar. Dava para ouvir bem os instrumentos, reparar em detalhes como um novo dedilhado aqui, outro acolá. Um teclado aqui, ao fundo de Powerslave, com  seu imortal riff de guitarra, outro ali, em Fear of the Dark, um dos grandes momentos da noite, com o público em coro. Aliás, com o passar do tempo, o grupo perdeu (só um pouquinho) do peso e da velocidade, mas isso permite que o espectador escute melhor o trabalho dos músicos. É impressionante como o Bruce Dickinson continua cantando muito bem, isso apesar do duplo emprego agora, como piloto de aviões.

Show do Iron Maiden: sempre um grande espetáculo. Como o pessoal que foi comigo comentou na saída. Impressionante como o Iron faz uma turnê dessa, centrada em 8 discos, e ainda deixa um bocado de música boa desses mesmos discos de fora. Em 2011 tem mais, promete Bruce (e ano que vem, novo álbum de inéditas). Vá e veja.

Leia sobre o filme do Iron, Flight 666. Se você quer saber qual foi o setlist, clique aqui ao lado. Continuar lendo “Iron Maiden, Apoteose, 14/03/2009”

Maiden 9.0: “Fear of the Dark”, 11/05/92

fearofthedark Nono disco de estúdio do Maiden, Fear of the Dark chegou ao nº2 da parada inglesa. Quem poderia imaginar que quando o grupo anunciou  turnê no Brasil em 1992 – a primeira da Donzela por aqui desde o show único do Rock in Rio – aquele seria o último trabalho de Dickinson no Maiden até o ano 2000, hein?

O disco está representado na atual turnê – muito bem representado – pela música Fear of the Dark. Um dos pontos altos do show de ontem à noite no Rio, com alta interação banda e público.

E olha que Fear of the Dark, o álbum, outro nº2 nas paradas, teve outras escolhas anteriores como singles. Continuar lendo “Maiden 9.0: “Fear of the Dark”, 11/05/92″

Maiden 8.0: “No Prayer for the Dying”, 1/10/90

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O oitavo álbum de estúdio da Donzela de Ferro marcou a estréia do guitarrista Janick Gers, que acabara de participar do primeiro disco-solo de Bruce Dickinson, lançado meses antes. Janick está no Iron até hoje. Só que No Prayer for the the Dying não tem nenhuma canção no repertório da atual turnê. Aproveito para lançar a enquete: quero saber qual é seu álbum preferido entre os discos de estúdio do Iron fase Bruce Dickinson, representados na turnê Somewhere Back in Time. É só clicar. Pode escolher mais de um.

Curiosamente, No Prayer… rendeu o único compacto nº1 do Maiden. Continuar lendo “Maiden 8.0: “No Prayer for the Dying”, 1/10/90″

Maiden 7.0: “Seventh Son of a Seventh Son”, 11/04/1988

7thsonofa7thsonO sétimo disco de estúdio do Iron vem sendo representando na atual turnê por The Evil that Men Do. No show, é um dos momentos que Eddie aparece – na versão que lembra o visual Blade Runner da capa de Somewhere in Time. Boneco gigante, como diz o blog Realejo, operado por controle remoto. O álbum  Seventh Son of a Seventh Son, foi nº1 na Inglaterra, platina nos EUA e gerou quatro singles (ouça trechinhos no ironmaiden.com). Marcou um até breve do guitar hero Adrian Smith, que só voltaria à banda a partir de Brave New World, 12 anos depois. Continuar lendo “Maiden 7.0: “Seventh Son of a Seventh Son”, 11/04/1988″

Brasilzão metálico

somewhereintimeA Donzela de Ferro quer te pegar, more você no Norte, Nordeste, Sudeste ou Centro-Oeste. Manaus abriu a excursão. Bruce Dickinson prometeu voltar em 2011 e Steve Harris ganhou um “happy birthday to you”. Para o grande show de amanhã, na praça da Apoteose, o Rio armou até um esquema especial do Metrô: a estação Praça Onze vai funcionar até 1 hora depois do último bis.  A volta a São Paulo é no domingo. Agora, imagine o frisson do grande fã-clube nordestino, que tem que esperar a Eddie passar por BH, Brasília, Chile, Peru e Argentina, até o show do dia 31, no Jockey do Recife? O blog Realejo, do coleguinha João Carvalho, tem texto que mostra bem essa expectativa. Modestamente, Fut Pop Clube segue o especial sobre os discões repassados na turnê Somewhere Back in Time. Chegamos ao sexto álbum de estúdio, lançado em 29/06/86: Somewhere in Time (ouça trechinhos aqui) atingiu o 2º lugar nas paradas (inglesas) e foi uma grande pena que sua excursão não tenha passado pelo Brasil, porque o disco trouxe uma novidade: pela primeira vez, o Maiden usou guitarras sintetizadas.  Continuar lendo “Brasilzão metálico”

Iron Maiden V: POWERSLAVE, 03/09/1984

powerslave O clássico Powerslave (ouça trechinhos aqui) é um álbum fundamental na turnê Somewhere Back in Time, que chegou hoje a Manaus, sábado ao Rio, domingo volta a São Paulo, quarta em BH, sexta em BSB e dia 31 no Recife. Tá na cara, digo, no cenário. Seus dois maiores sucessos são candidatos a abrir o show: Aces High, música de Harris sobre batalha aérea, onde os fãs tentam acompanhar a velocidade turbo que o piloto de avião Bruce Dickinson imprime. E 2 Minutes to Midnight, que com seus 6 minutos invadiu programas de clips em 85. Powerslave, 2º lugar na parada inglesa em 84, é um disco bem conhecido dos brasileiros, até porque a gigantesca World Slavery Tour foi a primeira excursão do Maiden a chegar por aqui. Show único, 11 de janeiro de 1985, Rock in Rio I. 50 minutos do concerto podem ser vistos no lançamento oficial em DVD do music video Live After Death. Também detonam no show Powerslave, clássico de Bruce(fissurado em egiptologia), com seu riff monstruoso, e Rime of the Ancient Mariner, épico de 13 minutos de Harris. Continuar lendo “Iron Maiden V: POWERSLAVE, 03/09/1984”

Steve Harris & West Ham United FC

pieceofmind1 O que o capitão do time do heavy metal tem em comum com o homem-gol do samba rock? A paixão pelo futebol. Como Jorge Benjor, que chegou a jogar nas divisões de base do Flamengo, o baixista Steve Harris, do Iron Maiden, atuou nos  juvenis do West Ham, clube da ZL de Londres que teve três jogadores na seleção inglesa campeã do mundo, em 66 (o capitão Bobby Moore, o meia Peters e o atacante Hurst). O W.Ham também revelou Lampard (hoje Chelsea) e teve Carlos Tévez por um semestre (antes de repassá-lo ao ManUtd), mas no Brasil é mais conhecido mesmo pela ligação com o ilustre torcedor. Steve Harris queria ser jogador profissional, mas trocou as chuteiras pelo baixo. E hoje, neste 12 de março em que completa 53 anos anos, começa por Manaus a parte brasileira da turnê Somewhere Back in Time. Pelo menos um som que pode aparecer no setlist vem do quarto álbum do Maiden, Piece of Mind, outro discão. Continuar lendo “Steve Harris & West Ham United FC”