Brasil nas Copas, 8ª rodada

O 1º livro do Milton Leite

A série Brasil nas Copas (tabelinha MemoFut/Museu do Futebol) chegou ao seu oitavo sábado de palestras. Milton Leite e José Renato Santiago falaram das Copas do Século XXI: a de 2002, a de 2006 e a que começa no dia 11!
O jornalista Milton Leite, vibrante narrador do Sportv, lançou este ano seu primeiro livro, “As Melhores Seleções Brasileiras de Todos os Tempos“.

O livro de José Renato e Gustavo Longhi de Carvalho

O engenheiro José Renato Santiago, coordenador do MemoFut, que agora também tem um blog sobre o seu Ceará de coração, é o coautor de “Copa do Mundo – das Eliminatórias ao Título”.

Gentilmente, José Renato respondeu por e-mail algumas perguntinhas do Fut Pop Clube sobre temas debatidos na série Brasil nas Copas e os planos do MemoFut, grupo que discute literatura e memória do futebol. Foi jogo rápido!
FUT POP CLUBE – Decorridas 7 das 8 “rodadas” da série “Brasil nas Copas”, qual foi o tema mais polêmico?
JOSÉ RENATO SANTIAGO
– Ainda acho que a Copa de 1950 ainda não está bem resolvida, o que para mim é um grande equívoco, pois talvez seja a Copa mais bem explicada por belos livros.
FUT POP CLUBE – E o que mais te surpreendeu nos assuntos discutidos?
JOSÉ RENATO
– Curiosamente, a despeito de termos tido brilhantes apresentadores, a palestra do Geneton Moraes Neto apresentou muitas curiosidades inéditas devido principalmente as entrevistas que ele fez com os jogadores da Copa de 1950.
FUT POP CLUBE – Como pesquisador, autor de livros, você acha que alguma participação da Seleção em Copas do Mundo poderia ser melhor documentada em livros, filmes, vídeos etc?
JOSÉ RENATO
– Pessoalmente a de 1982, ainda não há uma obra de vulto sobre este assunto…particularmente ainda acho que o Brasil irá empatar aquela partida contra a Itália.
FUT POP CLUBE – Percebi na palestra do Geneton e do Roberto Muylaert, sobre o Complexo de Vira-Lata – as derrotas nas Copas de 50 e 54- uma tendência de “anistiar”, perdoar, 60 anos depois, o goleiro Barbosa e outros personagens do “Maracanazo”. Concorda com essa sensação? Talvez tarde demais, afinal, os “condenados” já morreram, não?
JOSÉ RENATO
– Particularmente discordo, a morte dos atletas não pode servir de anistia aos erros cometidos… Houve falhas que devem sempre ser lembradas para que possamos evitar que as mesmas ocorram novamente…isso não quer dizer que não devamos perdoar esses erros.
FUT POP CLUBE – Por outro lado, ainda existe uma caça às bruxas, busca de culpados pela “tragédia do Sarriá”. Waldir Peres, Luisinho, Toninho Cerezo, Serginho… Mesmo o saudoso Telê, ainda leva umas indiretas de gente ligada à atual Seleção e detratores… Sem falar no meião do Roberto Carlos em 2006… Precisa morrer para ser perdoado pela torcida e mídia, José Renato?
JOSÉ RENATO
– Como discordei do comentário anterior… eu concordo com a lembrança dos erros… no entanto, sem que haja a caça às bruxas.
FUT POP CLUBE – Dá para adiantar para os leitores do Fut Pop Clube quais são os próximos passos do MemoFut?
JOSÉ RENATO
– Temos algumas surpresas, principalmente envolvendo o próximo centenário do Corinthians e Noroeste e a Copa de 2014…

Obrigado pela entrevista e toda atenção!

Sabadão no Museu do Futebol

O lançamento do livro Almanque dos Mundiais – Os Mais Curiosos Casos e Histórias – De 1930 a 2006, do Max Gehringer, é uma das atrações de uma reunião aberta do MemoFut, grupo que discute literatura e memória do futebol, neste sábado, a partir das 9h, no Museu do Futebol, em São Paulo. O MemoFut organiza a série Brasil nas Copas, em parceria com o Museu.

Newton César de Oliveira Santos fala às 9h15 sobre o tema de seu livro, Brasil x Argentina -História do Maior Clássico do Futebol Mundial.

Às 10h, Max Gehringer, aborda a origem do futebol no Brasil, de 1800 a 1880. Gehringer, o cara do Fantástico, da rádio CBN e da revista Época, escreveu anos atrás a Saga da Jules Rimet, para a Placar, e este ano apresenta os boletins As Copas de Max, na CBN. Dá para ver um teaser sobre o livro Almanaque dos Mundiais no You Tube. O lançamento vai de 10h40 às 13h, no bar O Torcedor, ao lado do Museu, também no Pacaembu.

A programação do sabadão no Museu do Futebol continua. No foyer externo, haverá um ponto de troca de figurinhas do álbum da Copa 2010, entre 12h e 17h! Oba! Não vale vender, só trocar, ok?

E tem mais: às 15h, Cinema no Museu do Futebol. Em cartaz, o filme Zico na Rede (leia post anterior).

E o melhor: reunião do MemoFut e filme são de graça!

Brasil nas Copas: “Nos tempos da Ditadura”

Quinta rodada de Brasil nas Copas, tabelinha de primeira da entrosada dupla MemoFut/Museu do Futebol. No papo deste sábado, as Copas de 1974, na Alemanha, e de 1978, na Argentina. “Nos Tempos da Ditadura” é o tema da vez. Os convidados são os jornalistas Valmir Storti, coautor do livro Todos os Jogos do Brasil (editado pela Abril/Placar em 2006), e Rafael Casé,que escreveu O Artilheiro que Não Sorria – Quarentinha, o Maior Goleador da História do Botafogo. Certamente vão falar muito sobre a decepcionante campanha da seleção brasileira, detentora do título, no Mundial de 74, ditadura aqui… Lá, show de bola do carrossel holandês, e vitória da azeitada máquina alemã capitaneada por Beckenbauer. E 1978? Copa disputada num país sob uma ditadura (como em 1934, aliás). Estranha goleada dos hermanos sobre o Peru… Brasil, “campeão moral” – menos, menos, porque não jogamos tanto assim). A verdade é que Kempes deu um show. E a Azzurra se preparava para 1982…
Brasil nas Copas rola no Museu do Futebol, no Pacaembu, sábado, a partir de 10h. É de graça, mas convém chegar uns 30 minutos antes para pegar senha.

MemoFut: 3 anos de bola rolando

Preservar a memória do futebol.
Divulgar a literatura e outras formas de expressão cultural e artística do futebol. São os objetivos expressos do MemoFut, grupo formado por administradores, advogados, engenheiros, escritores, estudantes, historiadores, jornalistas, médicos, pesquisadores e professores… são-paulinos, palmeirenses, corintianos, santistas etc etc etc. Todos têm uma coisa em comum: são loucos por futebol. Colecionam livros, camisas, estatísticas, todo tipo de memorabilia. Uma vez por mês, reúnem-se aos sábados pra trocar figurinhas, digo, ideias e informações. O MemoFut também faz encontros abertos ao público em geral. Até maio, por exemplo, a bola rola redondinha nas palestras da série Brasil nas Copas (saiba mais), parceria com o Museu do Futebol. No finalzinho de novembro de 2009, o pessoal fez uma reunião aberta no Sesc Pompeia só para contar histórias dos maiores clássicos paulistas (leia aqui).  Ainda em 2009, Domingos D´Angelo teve a paciência de responder por e-mail a um monte de perguntas sobre livros de futebol, e deu uma série de dicas – tantas, que publiquei em 5 posts diferentes! Aqui vão meus parabéns ao MemoFut e um abraço ao seu Domingos e ao José Renato Santiago.

A vez das Copas de 1966 e 1970

Quarto sábado da série Brasil nas Copas, tabelinha entre MemoFut e Museu do Futebol. Amanhã, mais dois autores de livros sobre os Mundiais falam sobre as Copas de 66 e 70, a partir das 10h, no auditório do Museu, que fica no Pacaembu. Os convidados são Ivan Soter, que escreveu Enciclopédia da Seleção – As Seleções Brasileiras de Futebol 1914-2000 (sensacional capinha ao lado), e Geraldo Affonso Muzzi, autor de O Brasil em todas as 19 Copas do Mundo (1930-2010) – capa abaixo, à esquerda.
O bate-bola começa às 10h (é bom chegar meia horinha antes, pra pegar senha, que é de graça) e vai até 12h. Depois da palestra, Geraldo Muzzi autografa seu livro no bar da loja ao lado do museu. E a partir das 14, rolam vídeos sobre a história das Copas, narrados por Max Gehringer. Veja o flyer e a lista dos tricampeões.>>> Continuar lendo “A vez das Copas de 1966 e 1970”

“Brasil nas Copas”, 3º gol

As Copas de 58 e 62 são o tema das 3ª das 8 palestras da série Brasil nas Copas, parceria do Museu do Futebol com o MemoFut, que vai até 29 de maio.

Tabelinha MemoFut-Museu do Futebol

Tive a oportunidade de acompanhar a segunda palestra da série Brasil nas Copas, sobre os Mundiais de 50, 54, Complexo de Vira-Lata e, especialmente, o Maracanazzo. Um dos palestrantes, o jornalista Roberto Muylaert, foi um dos 200 mil torcedores que superlotaram o Maracanã naquele 16 de julho de 1950. O outro, o jornalista Geneton Moraes Neto, coletou depoimentos dos titulares da Seleção que disputou o IV Campeonato Mundial de Futebol.

Dossiê 50-Os Onze Jogadores Revelam os Segredos da Maior Tragédia do Futebol Brasileiro é o livro de Geneton (esgotado no site da editora Objetiva; com sorte e ajuda de são google pode ser encontrado em sebos virtuais). Geneton relatou histórias engraçadas, curiosas e tristes, a partir dos depoimentos dos 11 que perderam a partida para o Uruguai. Como Friaça, que fez o gol brasileiro na 1ª final de uma copa disputada no Maraca e, depois da virada da Celeste Olímpica, foi parar não sabe como em Porciúncula.

O último livro de Roberto Muylaert sobre o tema chama-se Barbosa, Um Gol Faz Cinquenta Anos (RMC Editora, 2000). Foi o jornalista quem ouviu do goleiro Barbosa que ganhou as traves usadas no Maracanã na final de 50 e usou para fazer um churrasco. Muylaert também escreveu, com Armando Nogueira e Jô Soares, A Copa que Ninguéu Viu e a Que Não Queremos Lembrar (Companhia das Letras). Muylaert pediu para rodar um áudio raro: o som do Maracanão lotado cantando o hino nacional, antes da fatídica partida (da rádio Nacional). Foram lembrados o livro de Paulo Perdigão (Anatomia de uma Derrota) e o filme em curta-metragem Barbosa – em que um torcedor tão obcecado com a derrota volta no tempo a 16 de julho de 1950, com câmera VHS e tudo, invade o gramado do Maracanã, para tentar impedir o gol de Gigghia, que deu a vitória e Taça do Mundo ao Uruguai, do capitão Obdulio Varela. Acaba desviando a atenção de Barbosa e… Continuar lendo “Tabelinha MemoFut-Museu do Futebol”

Lançamento: Yeso Amalfi

Esta superquarta, com um festival de bons amistosos internacionais pré-Copa, também tem um lançamento de livro, no Museu do Futebol. Yeso Amalfi – O Futebolista Brasileiro Que Conquistou o Mundo foi escrito por… Yeso Amalfi, mesmo! Uma autobiografia de ex-jogador, meio raro pelo menos nos últimos tempos aqui no Brasil. Em gentil e-mail, o pessoal do MemoFut explica que Amalfi foi um dos primeiros jogadores brasileiros a brilhar no exterior – personagem não só dos estádios, mas da cultura, das artes e do jet set europeu. Passou por equipes de primeira linha da América do Sul e da Europa nas décadas de 40 e 50. Mas hoje é pouco conhecido no Brasil. Yeso Amalfi, atacante, começou no São Paulo e jogou por times como Boca, Peñarol, Torino,  Racing Club de Paris, Estrela Vermelha etc.

Bate-papo com Yeso Amalfi daqui a pouco, 19h, no auditório Armando Nogueira, seguido pela noite de autógrafos na loja e bar do Museu do Futebol, ali no Pacaembu.

O Brasil nas Copas

Max Gehringer vai dar uma palestra no Museu do Futebol, 27 de fevereiro, às 10h. A palestra não é sobre mercado de trabalho ou problemas de condomínio. Max Gehringer vai falar sobre as Copas de 1930, 1934 e 1938.

Cartaz da Copa de 1930
Cartaz da Copa de 1934
Cartaz da Copa de 1938

Comentarista da Rádio CBN e consultor do Fantástico, Max  também pesquisa futebol e em 2006 escreveu uma série de 9 fascículos sobre a história da Taça Jules Rimet, publicada pela revista Placar. “As Copas do Pré-Guerra” são os primeiros temas de uma série de oito palestras organizadas pelo Museu do Futebol e pelo grupo MemoFut, “O Brasil nas Copas”, sempre aos sábados pela manhã.

Capinha do livro do Geneton

O segundo tema, em 6 de março, será o “Complexo de vira-lata”. Geneton Moraes Neto e Robert Muylaert vão abordar a Seleção nas Copas de 1950 e 1954. Entre outros livros, Geneton escreveu “Dossiê 50 – Os Onze jogadores Revelam os Segredos da Maior Tragédia do Futebol Brasileiro” (ao que me parece, esgotado na editora, a Objetiva), sobre o Maracanazzo na final da Copa de 1950.
Seu Domingos D´Angelo, do MemoFut, lembra que Roberto Muylaert escreveu “Barbosa, Um Gol Faz Cinquenta Anos ” (RMC Editora, 2000) e, ao lado de Armando Nogueira e Jô Soares, lançou"A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar"A Copa que Ninguém Viu e A Que Não Queremos Lembrar” (Companhia das Letras, 1994)

Então, O Brasil nas  Copas começa no sábado, 27/02, às 10h, no Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu. Palestras abertas ao público e de graça.

Renner: “Uma vez Para Sempre”

Mais uma dica do colecionador Domingos D´Angelo, do MemoFut, grupo que discute a memória e literatura do futebol. Saiu  “Uma Vez para Sempre”, novo livro de Francisco Michielin, sobre o extinto Grêmio Esportivo Renner, campeão gaúcho em 1954. O time de Porto Alegre revelou o goleiro Valdir Joaquim de Moraes (mais tarde, da Academia do Palmeiras, grande treinador de goleiros), Ênio Andrade (meio-campo e depois grande treinador) e Breno Mello (artilheiro, participou até de filme). Depois da taça do Renner, em 54, apenas a dupla Ca-Ju andou tirando o Gauchão da hegemonia colorada e tricolor (o Juventude em 98 e o Caxias em 2000). Fut Pop Clube tem imenso interesse e respeito pela história dos clubes extintos ou que fecharam o departamento de futebol. Parabéns ao autor, Michielin, médico e escritor apaixonado por futebol. E obrigado ao pessoal do MemoFut pela dica.

P.S. – Existe um documentário sobre o Renner, “Papão de 54”, filmado pela Estação Elétrica. Dá para ver o trailer no You Tube. Lembro-me também que o Renner e seus ídolos apareceram numa série de reportagens do Tino Marcos para o Globo Esporte, em 2007: “Órfãos da Arquibancada”.