
Flâmula com o belo distintivo do Vasco da Gama, que era o time de coração do poeta aniversariante. Neste 31 de outubro de 2012, lembramos os 110 anos de nascimento de Carlos Drummond de Andrade. Várias crônicas e até cartas de Drummond sobre o planeta bola foram reunidas por dois netos na compilação “Quando É Dia de Futebol”, de 2002, tema do post anterior. Acho que com muita sorte ele pode ser encontrado em sebos, já que houve uma mudança de editora de lá pra cá e no site da anterior não aparece mais o link de “Quando É Dia de Futebol”. Aqui, você pode saber por que ele era Vascão e o que escreveu sobre outro mineirinho de outubro, um jogador que fez mil gols… Continuar lendo “Dia D | Dia Drummond”
Tag: Carlos Drummond de Andrade
O frevo do bi (final). Há 50 anos, o “primeiro-ministro” Mauro Ramos erguia a Taça Jules Rimet.
“Não há, em toda a história das Copas, uma equipe tão bicampeã como aquela nossa. Tão gloriosa. E provo o que digo, Porque a Itália, bi em 1934 e 1938, repetiu apenas dois jogadores. Já o Brasil foi praticamente o mesmo”. Didi, bicampeão em 1958 e 1962, no livro “Didi – O Gênio da Folha-Seca”, de Péris Ribeiro.
A seleção brasileira foi bicampeã do mundo em 17 de junho de 1962 com 8 titulares da final de 1958 (“O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil”, belo documentário). As novidades eram: Amarildo, o “Possesso”, que substituiu Pelé a partir da terceira partida, contra a Espanha. Zózimo, reserva do zagueiro Orlando na Suécia. E seu companheiro de zaga, Mauro Ramos, reserva do capitão Bellini quatro anos antes, em 1962 virou titular na marra – e capitão do time.
Capitão, nada, primeiro-ministro, como Carlos Drummond “propôs” na deliciosa crônica “Seleção de Ouro”, publicada no extinto jornal carioca “Correio da Manhã”, em 20 de junho de 1962 (três dias depois do bicampeonato), um dos gols de letra compilados por dois netos do poeta no livro “Quando É Dia de Futebol”, editado em 2002 pela Record. Drummond também “escalou” o “velhinho sabido” Nilton Santos (o craque “enciclopédia do futebol tinha 37 anos em 1962) no ministério da Justiça. Na Fazenda, Gylmar (“defendeu a meta como o Tesouro”, justificou CDA). Carlos Drummond de Andrade definiu Zagallo como “ministro para várias pastas… dada a sua capacidade de estar em todas”. Para Garrincha, Drummond lembrou o ministério da Aeronáutica, “pois com suas fintas, dribles e arrancadas impossíveis, atravessar o mundo campo entupido de adversários é o mesmo que voar em céu desimpedido, qual passarinho”. Gol como os de Pelé, Drummond!
Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia
Estádio Nacional – Santiago, Chile, 17/06/1962
Público: 69.000 pessoas
Brasil – Gylmar, Djalma Santos, Mauro Ramos, Zózimo e Nilton Santos; Zito, Didi e Zagallo; Garrincha, Vavá e Amarildo.
Tchecoslováquia – Schroiff, Tichy, Popluhar, Pluskal e Novak; Masopust e Pospichal; Scherer, Kvasnak, Kadabra e Jelinek.
Gols: Masopust abriu o placar para os tcheco-eslovacos; Amarildo empatou para o Brasil logo depois; no segundo tempo, o volante Zito subiu, literalmente, e marcou de cabeça; Vavá aproveitou a bobeada de Schroiff para definir a volta olímpica.
Dentro do post, a numeração dos 22 bicampeões do mundo e o clube que defendiam em 1962. Continuar lendo “O frevo do bi (final). Há 50 anos, o “primeiro-ministro” Mauro Ramos erguia a Taça Jules Rimet.”
Dia Drummond
31 de outubro. Aniversário de nascimento de Carlos Drummond de Andrade. O grande poeta era também um torcedor. Vale procurar a coletânea “Quando É Dia de Futebol” (post anterior)”. O livro também explica porque ele torcia pro Vasco. Continuar lendo “Dia Drummond”
Dois gols de letra
Uma acaba de chegar às bancas. Edição especial da revista Bravo! sobre Literatura & Futebol. Edição do jornalista e escritor Marcelo Moutinho. Contos, poesias e crônicas sobre o “esporte bretão” de um timaço de craques dos livros, revistas e jornais – feras como o vascaíno Drummond, o tricolor Nelson Rodrigues, o colorado Verissimo, Lima Barreto, dos botafoguenses Flávio Carneiro e Clarice Lispector etc. Como se não bastasse, as fotos são de seleção.
A outra dica não é tão recente. Da coleção Folha Explica, Futebol Brasileiro Hoje, do jornalista José Geraldo Couto (que assina saborosa coluna no esporte da Folha aos sábados).
São contratações recentes para o meu time de livros sobre futebol.
Sem pressa, voltarei ao assunto, com o maior prazer.
- Outros livros sobre futebol
Carlos Drummond de Andrade, “Quando É Dia de Futebol”
Atualizado em 24 de fevereiro de 2014
“O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé”.
Carlos Drummond de Andrade, em “Pelé 1.000”, Jornal do Brasil, 28/10/1969

Craques nascidos em outubro – Garrincha, Pelé e Maradona – são personagens do livro Quando É Dia de Futebol , que reúne poemas, crônicas e até cartas em que o poeta mineiro fala do “esporte bretão” – e agora é relançado pela Companhia das Letras, depois de um tempo fora de catálogo. O livro foi organizado por netos de CDA, Luis Mauricio e Pedro Augusto Graña Drummond. Eles vasculharam os arquivos do avô e bibliotecas para compilar os textos, que revelam um poeta bastante inteirado sobre o dia a dia do futebol. Drummond também era um torcedor apaixonado.
Escolheu o Vasco, porque foi o primeiro grande clube carioca a contratar jogadores negros. Há textos sobre as Copas de 54, 58, 62, 66 (publicadas no Correio da Manhã). 70, 74, 78, 82 e 86 (publicadas no Jornal do Brasil). Garrincha e Pelé ganham capítulos especiais. Continuar lendo “Carlos Drummond de Andrade, “Quando É Dia de Futebol””
