A segunda escala da mostra Cinefoot na TV a cabo é na Bahia, mais exatamente no lado tricolor da boa terra. O filme “Bahêa Minha Vida“ passa daqui a pouco, às 22h, no Canal Brasil (canal 150 da Net, 650 da Net HD, 55 da SKY, 67 da Claro, 66 da Oi e Via Cabo, canal 103 da GVT , 806 da Vivo TV DTH e canal 656 da Vivo IPTV). Reprise na terça-feira, dia 18, às 13h30. O filme sobre o Esporte Clube Bahia e o seu apaixonado torcedor é o segundo documentário brasileiro sobre futebol mais visto nos cinemas, com 70 mil espectadores – só perdeu para “Pelé Eterno”, informa Antonio Leal, do Cinefoot.
Confira toda a programação da mostra Cinefoot no post anterior e abaixo, trailer e os pitacos do FutPopClube depois de ver o filme em DVD.
“Bahêa Minha Vida – O Filme”, documentário nacional mais visto em 2011, também saiu em DVD (Paris Filmes) – edição normal e edição especial numa caixa (imagem acima). O diretor Marcio Cavalcante e equipe conquistaram a Taça CINEfoot, na edição paulista do festival de filmes de futebol, em 2012. Opa, o filme ganhou taça, tinha gente falando muito bem, a editoria Bola na Tela aqui do Fut Pop Clube não podia deixar de ver. Marcio Cavalcante fez uma ópera-pop sobre a paixão do torcedor de futebol, de modo geral, e em especial, do torcedor do Bahia… Bahêa!
É um filme muito musical, e vindo de Salvador não poderia ser diferente. Despertam atenção e emoção os cinematográficos clips – vários – presentes no documentário, do hino oficial do Bahia, da música “O Campeão dos Campeões”, da adaptação do sucesso dos Mamonas Assassinas que outras torcidas cantam, com outras letras, dos gritos de guerra da massa tricolor na antiga Fonte Nova e no “caldeirão” de Pituaçu. Armandinho (de A Cor da Som, do trio elétrico) arrebenta, pra variar. Aliás, acho que minha primeira memória sobre essa produção foi um teaser de Armandinho tocando o hino do Bahia.
É um filme de imagens impressionantes: arquivo da primeira Taça Brasil (Bahia campeão em cima do Santos), em 1959, o reencontro dos heróis, Fonte Nova com 110 mil pessoas na reta final do Brasileirão de 1988, um Ba-Vi com 97 mil pagantes, a multidão do lado de fora de uma Fonte Nova já lotada, a invasão e a tragédia no dia do acesso à Série B, a implosão do estádio para a reforma e, em Pituaçu, os torcedores de mãos dadas rezando Pai-Nosso, depois que um jogador contou a imagem de um sonho.
Beijoca, no filme: “Torcer pelo Bahia é ser louco. Você perde a sua própria identidade”
É, claro, um filme de bons depoimentos -120 entrevistas! – e personagens, como o torcedor Lourinho e aqueles bonequinhos de arrepiar, como o do Taffarel amarrado e de mãos atadas, na final do Brasileirão de 1988, em que o Bahia superou o tricampeão Internacional. Emocionado o reencontro de Bobô, herói do Brasileirão de 1988, com Lourinho, um dos torcedores à memória de quem o filme é dedicado.
A fotografia é algo excepcional. E tem uma pá de minidocs nos extras.
Um filme de torcedores, sobre torcedores, para torcedores. E quem torce para um time desde pequeno, sabe que é impossível largar essa paixão, seja na Série A, nas vitórias, nas derrotas, nas quedas, nos sete anos de purgatório, até a volta à divisão principal do futebol brasileiro – o lugar certo do Esporte Clube Bahia.
Veja o trailer do documentário sobre o Esquadrão de Aço.
- Mais alguns filmes sobre torcidas e torcedores:
- “Bichos Criollos” (Argentinos Juniors)
- “Blue Moon Rising” (Manchester City), inédito no Brasil
- “Coração Pontepretano”, curta sobre torcedores da Ponte Preta
- “Football is God” (Boca Juniors)
- “Juventus Rumo a Tóquio”
- “Loucos de Futebol“, um Fortaleza x Ceará em curta-metragem
- “Manyas – La Película” (Peñarol)
- “Unido Vencerás” (América do Rio)