Um torcedor do Independiente torra toda as suas economias comprando o passe de um centroavante que prometia muito, foi convocado pra Mundial sub-17 e tudo, mas acabou na terceira divisão argentina. Fica doente, e em estado terminal, ouve a promessa que a filha continuará sendo torcedora do Rojo. O irmão e mais dois amigos inseparáveis ficam com o abacaxi que é o passe da “promessa” que não faz gols nem na terceirona. Como já deu pra perceber, “Papéis ao Vento“ (“Papeles en El Viento”) fala muito sobre futebol, mas é acima de tudo sobre a amizade. O filme de Juan Taratuto é baseado no livro “Papeles en El Viento”, de Eduardo Sacheri, roteirista de “O Segredo dos Seus Olhos” e “Um Time Show de Bola” (lá, “Metegol”), que é Indepediente rojo. Sacheri também escreveu o roteiro de “Papéis ao Vento” ao lado do diretor Taratuto. Infelizmente, o filme estreou na surdina em São Paulo, numa única sala e com poucas sessões. Corra, se quiser ver no cinema.
É recomendado pra quem gosta de cinema argentino, especialmente a quem se interessa pela excelente literatura futbolera de Eduardo Sacheri. Ah, sim, são de arrepiar as curtas cenas que mostram a cancha do Independiente, um alçapão chamado estádio Libertadores de América. Afinal, o Rojo é o Rey de Copas – são 7 Libertadores.
Uma prova que nem sempre a arte imita a vida é que dos quarteto que faz os quatro amigos apenas o ator Pablo Echarri é Independiente, mesmo. E dos fanáticos!
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