Nos anos 70/começo dos 80, locutor Fernando Solera costumava narrar gols na TV Bandeirantes com o bordão: “o melhor futebol do mundo é no 13. . . “. Treze é o canal da Band em São Paulo, na TV aberta. Mas o melhor futebol do mundo não está mais aqui.
O equilíbrio do Brasileirão nos entorpece (e aqui faço uma autocrítica), mas a verdade é que o nível não é o mesmo desses tempos que o narrador esportivo celebrava.
Crise técnica que não se estende à América do Sul. Os europeus venceram as duas últimas Copas do Mundo e os últimos cinco mundiais de clubes.

Neymar ficou (até quando o jogador e o Santos resistirão aos euros?). Mas nós sul-americanos continuamos exportando o mais jovem e promissor “pé-de-obra” de que fala Mauro Beting. E repatriando a custo elevado atletas que já viveram seus melhores momentos.
O jogador se destaca numa Libertadores, na Sul-Americana, numa seleção ou mesmo num torneio de juniores. . . e lá se vai para os times europeus.
Outro bom tema para discussão de bar – e reuniões dos cartolas – é a falta de intercâmbio dos clubes brasileiros.
Há quanto tempo seu time de coração não faz um amistoso internacional, excursiona pela Europa ou participa de um dos torneios de verão na Europa? Em 2011, só o Inter participou da Copa Audi em Munique, com Bayern, Barça e Milan. O Vasco foi o último brasileiro a participar do troféu Ramón de Carranza, em Cádiz, na Espanha, em … 1999!
Seria uma chance para conhecer de verdade os possíveis adversários nas competições internacionais e testar o poderio pra valer.
É preciso mudar o calendário para que os clubes  brasileiros possam excursionar no meio do ano.
Não basta construir estádios.
Tem que investir na base do futebol.
Como o melhor time do mundo faz.
E joga no mesmo estádio desde 1957.