Dois gols de letra

Duas leituras interessantes.

Uma acaba de chegar às bancas. Edição especial da revista Bravo! sobre Literatura & Futebol. Edição do jornalista e escritor Marcelo Moutinho. Contos, poesias e crônicas sobre o “esporte bretão” de um timaço de craques dos livros, revistas e jornais – feras como o vascaíno Drummond, o tricolor Nelson Rodrigues, o colorado Verissimo, Lima Barreto, dos botafoguenses Flávio Carneiro e Clarice Lispector etc. Como se não bastasse, as fotos são de seleção.

A outra dica não é tão recente. Da coleção Folha Explica, Futebol Brasileiro Hoje, do jornalista José Geraldo Couto (que assina saborosa coluna no esporte da Folha aos sábados).

São contratações recentes para o meu time de livros sobre futebol.

Sem pressa, voltarei ao assunto, com o maior prazer.

Maradona – A Mão de Deus

O Sportv reprisou o filme que conta a história do Diez que é Dios para os argentinos. Maradona – A Mão de Deus estreou na programação do canal em outubro, quando foram lembrados os 50 anos de Diego. Marco Leonardi interpreta o craque adulto, que começa a pirar de vez em Barceloca, ou melhor, Barcelona. Mas ainda bem que as cenas de Maradona brilhando pelo Boca, Barça, Napoli e seleção albiceleste são as de arquivo, mesmo. É uma cinebiografia honesta, com muitos flashbacks, de fácil entendimento, sem maiores ousadias de linguagem. Bonitinha a cena em que o jovem Maradona se declara a Cláudia Villafañe, usando a letra de “Proposta” em espanhol, com a voz do rei Roberto Carlos ao fundo. Continuar lendo “Maradona – A Mão de Deus”

Arrepia, Zagueiro

Wow! Wow!
A Tábua de Esmeralda (1974) leva a (justa) fama [está na coleção Grande Discoteca Estadão; foi relançado em vinil e tudo], mas o álbum de inéditas seguinte de Jorge Ben Jor também merece a tag #discão: Solta o Pavão (ouça aqui), 1975, o ponta-esquerda camisa 11 na discografia de estúdio do rubro-negro cantor e compositor, gênio do samba-rock, sambalanço, samba-funk ou seja lá qe rótulo tiver esse som delicioso, dançante e suingado.

O clássico com doze balanços começa com uma autêntica camisa 3. Zagueiro limpa a área e sai jogando… bonito. É uma das 3 melôs que mencionam futebol no discão. Wow! Wow! Assim Falou Santo Tomáz de Aquino e (ôôô…) Velhos, Flores, Criancinhas e Cachorros defendem o lado quase samba gospel de Jorge. Religião, sim. Mas também tem futebol, samba e musas, quantas musas! Dorothy é dedicada a uma “cocota dengosa” ( faz tempo que você não ouve/lê a expressão cocota, não?), “embora não seja muito fiel, pois meu coração é grande até demais”. Coração em que cabem mais três musas só em Solta o Pavão: Continuar lendo “Arrepia, Zagueiro”

O profeta tricolor

Atualizado em agosto de 2012
Aproveito a semana do centenário de nascimento do escritor, jornalista e dramaturgo pra deixar a dica de uma coletânea de crônicas de Nelson Rodrigues: O Profeta Tricolor – Cem Anos de Fluminense – lançado para o centenário do clube das Laranjeiras (e, infelizmente, está fora de catálogo).

Curioso é que o livro foi um presente por uma rubro-negra.

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Campione del Mondo

Eis que exatos 5 anos depois que Rafa Benítez perdeu com o Liverpool a Copa do Mundo de Clubes para o São Paulo,  o treinador consegue com a Internazionale de Milão o título mundial interclubes, ao derrotar o TP Mazembe por 3×0. Campione del mondo, comemora o site interista. É tanta taça na temporada que preciso arrumar outra flâmula para publicar no blog. Tríplice coroa (Liga e Coppa italianas + Champions League), supercopa italiana…  A página de conquistas do clube relaciona ao todo 3 Champions, tri também da Copa Uefa, 18 campeonatos italianos, 6 copas da Itália e 5  Supercopas nacionais. E agora, a Inter também pode ser considerada tricampeã mundial, pois já tinha duas Taças Intercontinentais (1964 e 1965). É claro que seria melhor uma final entre Inter x Inter – o de Porto Alegre ficou com o 3º lugar, mas a verdade é que depois do próprio Colorado vencer em 2006, só deu time europeu no Mundial de Clubes (Milan 07, ManUtd 08, Barça 09 e agora Internazionale 2010).
Parabéns, Inter. Parabéns, Júlio Cesar, Maicon, Lúcio e, claro, Thiago Motta. Os brasileiros me pareceram os mais alegres coma taça nova (até o Philippe Coutinho, que não pode jogar, estava bem feliz).
Eto´o, festeja, rapaz, festeja muito – que você não sabe  se vai ser campeão do mundo outra vez.

Rock Flu dá a volta olímpica

O Rock Flu, que está no portal rádio Torcida Tricolor, fez uma edição com a faixa de campeão brasileiro no peito. Como não poderia deixar de ser, dado o nome, o programa nº 73 comemora o título com muito rock. Iron Maiden, Van Halen, Whitesnake, Motörhead, Grand Funk Railroad, Free, Avenged Sevenfold etc. Detalhe: só músicas lançadas em 1970, 1984 e 2010 – anos em que o Fluminense brilhou no futebol nacional.  Continuar lendo “Rock Flu dá a volta olímpica”

11 Estrelas

Flâmula (banderín) do Club Estudiantes de La Plata, que no domingo se sagrou campeão argentino pela quinta vez (Torneio Apertura- tem esse nome porque abre a temporada). O próprio distintivo dos Pincharratas lembra uma flâmula. A cada título realmente valioso, o escudo ganha uma estrelinha. Agora são 11: cinco títulos argentinos (Metropolitano 1967 e 1982; Nacional 1983; Apertura 2006 e 2010), quatro Libertadores, um Mundial de Clubes e uma Copa Interamericana. O que aparece na flâmula acima é de 2009. Continuar lendo “11 Estrelas”

Rei de Copas


Flâmula do Clube Atlético Independiente, de Avellaneda. El Rey de Copas – dono de 7 Libertadores, dois mundiais de clubes, duas Supercopas da Libertadores, uma Recopa etc – ficou com a Copa Sul-Americana de 2010 – e vaga na Libertadores 2011-, batendo o Goiás nos pênaltis. Quem festejou também foi o Grêmio. Depois de tanto disse-me-disse aqui no Brasil sobre G3, G4, no fim das contas o quarto colocado se deu bem. Mérito do Grêmio, que fez uma arrancada espetacular, com a melhor campanha do returno. Quem desanimou, dançou.

Taça Brasil de 1966

Site Oficial do Cruzeiro

Em 7/12/11, o torcedor do Cruzeiro lembrou dos 45 anos da conquista da Taça Brasil de 1966. Nas finais, foram 2 jogaços: 6×2 para a Raposa no Mineirão e nova vitória cruzeirense no Pacaembu, em 7 de dezembro de 1966: 3×2. Pelé e Toninho Guerreiro abriram 2×0. Mas o Cruzeiro virou com Tostão, Dirceu Lopes e Natal. A CAMPANHA DO CAMPEÃO: Continuar lendo “Taça Brasil de 1966”