Em entrevista às emissoras de rádio no Morumbi, antes da partida do São Paulo, o goleiro Rogério Ceni (que não jogou) revelou que, como treinou de manhã e não sentiu dor, deu a maior vontade de voltar ontem mesmo contra o Independiente. Tem gente que acha que isso é ser fominha. Mas muitos (como eu) pensam que é dedicação ao futebol e ao clube. Contanto que não prejudique o time, certo? Rogério também disse que quer ganhar outra Libertadores antes de pendurar as luvas e chuteiras. Hoje Rogério é sinônimo de São Paulo Futebol Clube. Natural que não seja popular entre torcedores de outros times – aliás, mesmo entre são-paulinos, ouço algumas críticas. OK, toda unanimidade é burra, diria o cronista tricolor do Rio. Mas SE Rogério fosse argentino, jogasse no Boca, seria ídolo lá. Se fosse catalão, jogasse no Barça, nossa, mudariam o nome do Camp Nou… Quem não gostaria de um goleiro que é no mínimo bom debaixo da trave, faz gols decisivisos de falta e pênalti (cada vez menos, é verdade) e é tranquilamente o melhor do mundo jogando com o pés, armando contra-ataques?