“20 Jogos Eternos do São Paulo”


Outro lançamento da Maquinária inaugura uma nova coleção da editora: Memória de Torcedor. E o primeiro título é “20 Jogos Eternos do São Paulo“, do jornalista Fábio Matos, autor da excelente biografia de Roberto Dias, herói são-paulino dos anos 60.

A edição contém infográficos dos gols, caricaturas + perfis dos craques das partidas escolhidas, fotos dos times. Fábio Matos autografa seu livro novo em 2 de outubro, na Saraiva do Morumbi Shopping.
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Taça Brasil

Embrião do Campeonato Brasileiro ou precursora da Copa do Brasil? O certo é que a Taça Brasil dava vaga para a Libertadores (aliás, foi criada para isso: definir o time brasileiro classificado para a versão sul-americana da Copa dos Campeões da Europa, hoje Champions League). E a Taça Brasil premiou timaços, como Santos de Pelé, o  Bahia (primeiro campeão), a Academia do Palmeiras, o Botafogo e o Cruzeiro de Raul, Piazza, Dirceu Lopes e Tostão. Em formato mata-mata, reunia de forma regionalizada os campeões estaduais (de modo geral). Os vencedores da Taça do Brasil (PS: oficializados como campeões brasileiros pela CBF em novembro de 2010):

  • 1959 – Bahia campeão. Vice: Santos. Artilheiro: Léo (Bahia), 8 gols. O site do Bahia publicou um especial sobre os 50 anos da grande conquista.
  • 1960 – Palmeiras campeão. Vice: Fortaleza. Artilheiro: Bececê (Fortaleza), 7 gols. O alviverde – treinado por Oswaldo Brandão – tinha no gol Valdir Joaquim de Moraes e nomes como Djalma Santos, Valdemar Carabina, Zequinha, Humberto Tozzi, Chinesinho e o capitão Julinho Botelho.
  • O Memorial das Conquistas do Santos tem réplica do manto clássico do Peixe na Década de Ouro: os anos 60
  • 1961 – Santos campeão. Vice: Bahia. Artilheiro: Pelé, 7 gols.
  • 1962 – Santos bicampeão. Vice: Botafogo. Artilheiro: Coutinho (Santos), 7 gols. O site do Santos dá as escalações da 2ª partida decisiva, em que o Peixe fez 5×0 no Fogão. Santos: Gilmar, Lima, Mauro e Dalmo, Zito e Calvet, Dorval, Mengálvio, Coutinho (Tite), Pelé e Pepe.  Botafogo: Manga, Rildo (Joel), Zé Maria e Ivan (Jadir), Airton e Nilton Santos, Garrincha, Edson Quarentinha, Amarildo e Zagalo.

Robertão/Taça de Prata

Roberto Gomes Pedrosa. Nome de goleiro da Seleção, do Botafogo e do São Paulo. Nome de presidente da Federação Paulista. Nome da praça em frente ao estádio do Morumbi. Nome do torneio Rio-São Paulo a partir de 1955. Em 1967, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa cresceu, ganhou participação de clubes gaúchos, paranaenses e mineiros. Virou Robertão. Baianos e pernambucanos estrearam em  1968 (algumas fontes dizem que a partir desse ano o Robertão passou a ser chamado de Taça de Prata; outras dizem que esse nome surgiu em 1970). Confira os campeões das 4 edições do Robertão (P.S.: considerados campeões brasileiros pela CBF em 22/11/2010).

  • Robertão 1967 Palmeiras campeão. Vice: Internacional. Artilheiros:  Ademar Pantera (Flamengo) e César Maluco (Palmeiras), 15 gols. Participantes: 15 times: os 12 grandalhões do eixo Rio-SP-MG-RS, mais Portuguesa, Bangu e Ferroviário-PR (que depois de algumas fusões daria origem ao Paraná Clube). O site Bola na Área tem a tabela completa.
  • Robertão 1968Santos campeão. Vice: Internacional. Artilheiro: Toninho Guerreiro, 18 gols. Participantes: 17. Atlético Paranaense substitui o Ferroviário. Estreiam Bahia e Náutico. Tabela no site Bola na Área. A taça está lá no Memorial das Conquistas do Santos (confira post anterior).
  • Robertão 1969Palmeiras campeão. Vice: Cruzeiro. Artilheiro: Edu Antunes Coimbra, do América-RJ, irmão de Zico, 14 gols.  Participantes: 17. Ameriquinha entra no lugar do Bangu. Campeões estaduais,  Coritiba e Santa Cruz substituem Atlético-PR e Náutico. Tabela aqui.
  • Robertão/Taça de Prata 1970Fluminense campeão. Vice: Palmeiras. Artilheiro: Tostão, do Cruzeiro, 12 gols. Participantes: 17. Ponte Preta na 5ª vaga paulista. Atlético Paranaense volta a representar seu estado. Santa Cruz permanece. Tabela aqui. A campanha vitoriosa do Flu é tema do novo livro de Roberto Sander, Taça de Prata de 1970.

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40 anos do Paulistão de 1970

DIAS Pontes EditoresSérgio, Pablo Forlán, Jurandir, Roberto Dias e Gilberto (ou Tenente); Édson e o canhotinha de ouro Gérson (Nenê disputou alguns jogos, inclusive os 2 últimos); Paulo (Miruca), Terto (Zé Roberto), Toninho Guerreiro e Paraná. É o time-base do São Paulo campeão paulista de 1970, depois de um jejum de 13 anos (o último Paulistão tricolor havia sido em 1957), período que coincide com a construção do Morumbi (inaugurado parcialmente em outubro de 1960, ficou pronto em janeiro de 1970). Curiosamente, o título tão esperado foi confirmado longe do Morumbi,  em Campinas, em 9 de setembro de 1970. São Paulo 2×1 Guarani. No volume II de O Caminho da Bola, série de três livraços que conta a história da Federação Paulista, Rubens Ribeiro escreve que o Paulistão de 70 teve uma fase de classificação com 9 times do interior e o Juventus, que jogaram entre si em turno e returno. Guarani, Ferroviária, Botafogo de Ribeirão, Ponte Preta e São Bento passaram para a fase final, em que entraram os grandes: Santos, Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Portuguesa (ordeno de acordo com a classificação final do Paulistão de 1969). Os dez clubes jogaram entre si, de novo em turno e returno. O tricolor foi campeão com uma rodada de antecedência.

Aproveito para republicar parte de um post sobre Roberto Dias e biografia dele, Dias – A Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960, do jornalista Fábio Matos. Continuar lendo “40 anos do Paulistão de 1970”