Com um gol de peixinho, de Peixinho (o jogador batizou o gol de mergulho), o São Pauloganhou do Sporting Clube de Portugal por um a zero, no primeiro amistoso da inauguração da primeira parte do estádio do Morumbi, em 2 de outubro de 1960. O São Paulo tinha Poy, o artilheiro Gino Orlando, o ponta Canhoteiro… Sete dias depois, teve um segundo amistoso. O São Paulo enfrentou o Nacional do Uruguai. E fato impensável hoje em dia, teve o reforço de Djalma Santos e Julinho Botelho (emprestados pelo Palmeiras) e Almir Pernambuquinho (emprestado pelo Corinthians!). E quase que Pelé também foi emprestado, segundo o livro comentado neste post aqui. Canhoteiro e Gino Orlando (duas vezes) definiram a vitória do tricolor reforçado contra os #bolsos. 3×0.
Essa história toda é apenas um gancho para propor uma enquete para o torcedor são-paulino.
O Morumbi, que dá os sinais dos seus 54 anos de vida, apesar das recauchutagens, deveria ser demolido e reconstruído? Passar por uma reforma radical? Ou basta ganhar uma cobertura contra a chuva e um estacionamento? Vote na enquete e /ou deixe seu comentário.
O São Paulolevou torcedores do seu programa de fidelidade para um rolê no Centro de Concentração e Treinamento do tricolor, na Barra Funda, no último sábado.
Eles participaram da entrevista coletiva e…
É a terra de Jimi Hendrix, do Soundgarden, do Pearl Jam, do Alice in Chains, do essencial Nirvana. Guitarras na mão, rock grunge na cabeça, café e tortas de chocolate para espantar o frio… e soccer! O SeattleSounders FC, da Major League Soccer, tem a terceira melhor média de público (jogos em casa), segundo ranking divulgado pela Pluri Consultoria. Dezesseis times da MLS ficaram entre os 60 primeiros em questão de comparecimento ao estádio. A lista da Pluri leva em consideração a última temporada completa de campeonatos nacionais – no caso dos times brasileiros, o Brasileirão 2013. E o campeão nacional, o Cruzeiro, tem a oitava melhor média. Confira o top 10 do ranking:
River Plate: 49.368 torcedores/jogo, 73% de ocupação no Monumental de Nuñez. Décima-quarta posição no ranking mundial.
América do México: 44.567. Ocupação: 42% do Azteca.
Os Soundersde Seattle mobilizam 43.124 por jogo ( e é uma torcida participativa, como as que gente conhece). Ocupação: 85% dogigantesco Century Link Field.
Tigres, do México: 41.050, o que representa 80% do estádio Universitário de Nuevo León.
Boca Juniors: 36.389 xeneizes/partido, 74% da Bombonera.
Rosario Central: 35.900 canallas/partida; 86% do Gigante de Arroyito.
O rival do Rosario Central, o Newell´s Old Boys, está em 7º, com 35.235 leprosos/partida, que ocupam 84% do estádio Marcelo Bielsa.
Cruzeiro: 28.900 por jogo; 50% do Mineirão.
Monterrey: 28.634 rayados/partido; 74% da capacidade do estádio Tecnológico.
Independiente: 27.556 diablos rojos por partida, 57% do estádio Libertadores de América.
No ranking da Pluri de médias de público, versão Américas, o Santa Cruz aparece em 12º (o Santinha que disputou a Série C ), o Corinthians em 15º, o Flamengo em 19º, o São Paulo em 21º, o Grêmio em 33º, o Sampaio Correa (34º), o Bahia em 44º, o Fluminense em 51º, o Vasco em 52º e o Sport em 56º. Confira o relatório completo aqui.
Onze anos depois de trocar oSão Paulopelo Milan, onze anos mais “experiente”, Kaká volta a vestir a camisa 8 do São Paulo, na partida deste domingo contra o Goiás, no Serra Dourada, em Goiânia. A reestreia no Morumbi está prevista para o sábado que vem, às 18h30, contra o Criciúma ficou para o jogo contra o Vitória, domingo dos pais, 18h30.
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>IN>: Kaká (do Milan, via Orlando City), Alan Kardec (ex-Palmeiras e Benfica), Rafael Tolói (de volta do empréstimo da Roma), Michel Bastos (ex-Atlético Paranaense, Grêmio, Figueirense, Lyon… )
<OUT<: Douglas (Barça), Pabón, João Schmidt,João Felipe, Lucas Evangelista
You’ll be forever a red&black heart @Kaka! Thank you for everything / Per sempre un cuore rossonero… grazie Ricky pic.twitter.com/VoRKTYJSSm — AC Milan (@acmilan) 30 junho 2014
Kaká não é mais jogador do Milan. Hoje ele já se apresentou ao Orlando City, clube da Major League Soccer onde vai jogar a partir de janeiro de 2015. Até lá, será emprestado ao time que o revelou, o São Paulo – o empréstimo foi confirmado pelo site do Orlando City. Por amor ao Milan, Kaká disse que não vai mais jogar com a camisa 22. No Orlando, será o 10. No Brasileirão, deve voltar a vestir a 8 tricolor, que usou logo depois de explodir, no Rio-São Paulo de 2001. Por enquanto, quem joga com a 8 é o volante Souza e a 10 está com Paulo Henrique Ganso. Por coincidência, 8 era o número da camisa do técnico Muricy quando jogador do clube, nos anos 70. Do meio pra frente, o São Paulo ainda tem Alexandre Pato, Luís Fabiano, Osvaldo e Alan Kardec. Em 2013, Kaká foi o tema da terceira ilustração feita especialmente para o blog Fut Pop Clube pelo designer gráfico Lehel Kóvacs (antes, Lehel desenhou Ortega e Seedorf aqui pro blog). Confira. Continuar lendo “Kaká diz arrivederci e jura amor ao Milan, assina com o Orlando City e será emprestado ao São Paulo.”→
A Seleção Brasileira e o público paulistano parecem viver uma eterna “D.R.” quando se encontram no Morumbi, pelo menos dos anos 70 ou 80 pra cá. Se o gol demora, pode ter certeza, lá vem vaia. Nos últimos anos, goleiros e centroavantes ouviram gritos de “Rogério! Rogério” e “L u í s F a b i a n o !”. Técnicos não foram poupados. Parreira ouviu “Olê, olê, olê, Telê, antes da Copa de 1994″. Mano Menezes ouviu um grito de adeus no feriado de 7 de setembro de 2012, na ‘goleada de um a zero’ sobre a África do Sul.. Por mais de uma vez, o rigoroso público paulistano não perdoou nem um símbolo como a bandeira nacional.
Mas às vezes basta a Seleção marcar um gol para rolar aquele chatinho”eu / sou brasileiro/ com muito orgulho / com muito amor”.
O certo é que em 28 jogos, desde 1963 (o Morumbi foi inaugurado em 1960 e ampliado em 1970), marcaram gols pela Seleção no estádio nomes como Pelé (bem no dia da despedida do escrete canarinho, em 1971) Pepe, Jairzinho, Leivinha, Roberto Dinamite, Reinaldo, Rivellino, Sócrates, Zico, Tita, Careca, Bebeto, Romário, Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Luís Fabiano e, agora, Fred. Ao todo, foram 18 vitórias, 9 empates e apenas uma derrota, na primeira partida.
Vamos à lista! Para este post, contei com a preciosa ajuda de Michael Serra, do arquivo histórico do São Paulo FC, a quem agradeço por mais uma gentileza.
Brasil 2×3 Argentina, Copa Roca, 13/04/1963. Pepe marcou os dois gols da Seleção
Brasil 4×0 Peru, amistoso, 4 de junho de 1966. Duas vezes Lima, Paraná e Pelé.
Brasil 5×0 Chile, amistoso, 22 de março de 1970. Duas vezes Pelé, 2 vezes Roberto Miranda e Gérson.
Brasil 0x0 Bulgária, amistoso, 26/04/1970.
Brasil 1×1 Áustria, amistoso, 11/07/1971. Pelé marcou, num de seus jogos de despedida da Seleção.
Brasil 3×0 Iugoslávia, Minicopa, 02/07/1972. Marcaram Leivinha (duas vezes) e Jairizinho.
Brasil 2×0 Romênia, amistoso, 17/04¹974. Edu e Leivinha.
Brasil 0x0 Áustria, amistoso, 1º de maio de 1974.
Brasil 1×0 Bulgária, amistoso, 23/01/1977. Roberto Dinamite.
Brasil 2×0 Seleção Paulista, amistoso, 25 de janeiro de 1977 (*). Gil e Palhinha marcaram.
Brasil 1×1 Seleção Paulista, amistoso, 16 de junho de 1977 (*). PC Caju marcou pro Brasil.
Brasil 3×1 Polônia, amistoso, 19/06/1977. Paulo Isidoro, Reinaldo e Rivellino.
Brasil 5×0 Ajax, amistoso, 21/06/1979 (*). Duas vezes Sócrates, 2 vezes Zico, Toninho.
Brasil 2×0 Bolívia, Copa América, 16/08/1979. Tita e Zico.
Brasil 1×1 Polônia, amistoso, 29/06/1980. Zico.
Brasil 1×1 Tchecoslováquia, amistoso, 03/03/1982. Gol de Zico.
Brasil 0x0 Argentina, amistoso, 17/06/1984.
Brasil 1×1 Bolívia, Eliminatórias 30/06/1985. Gol de Careca.
Brasil 6×0 Venezuela, Eliminatórias, 20/08/1989. Marcaram: Careca (4), Silas e Acosta contra.
Brasil 2×0 Equador, Eliminatórias, 22/08/1993. Bebeto e Dunga.
Brasil 3×2 Equador, Eliminatórias, 26/06/2000. Rivaldo (2 vezes), Antônio Carlos.
Brasil 3×1 Argentina, Eliminatórias, 26/07/2000. Gols: Alex e Vampeta (2).
Brasil 1×0 Colômbia, Eliminatórias, 15/11/2000. Gol: Roque Júnior.
Brasil 1×1 Peru, Eliminatórias, 25/04/2001. Gol do Brasil: Romário.
Brasil 3×1 Bolívia, Eliminatórias, 05/09/2004. Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Adriano marcaram para o Brasil.
Brasil 2×1 Uruguai, Eliminatórias, 21/11/2007. Duas vezes Luís Fabiano.
Brasil 1×0 África do Sul, amistoso, no 7 de setembro de 2012. Gol de Hulk.
Brasil 1×0 Sérvia, amistoso – o último antes da Copa, 06/06/2014. Gol: Fred.
Rivaldo parou. Aos 41. O craque tímido que começou a fazer maravilhas no seu estado de Pernambuco, com a camisa tricolor do Santa Cruz – tanto que é citado na canção mais conhecida da banda Mundo Livre S/A, “Meu Esquema”. Explodiu no Mogi Mirim, foi emprestado para o Corinthians, mas acabou no Palmeiras, que acabou com os Paulistas de 1994 e especialmente, 1996. Timaço.
PILOTA D´OR: Bola de Ouro em catalão. 1999. Com a camisa do centenário do Barça, Rivaldo ergue a Bola de Ouro. Em 5 anos de Camp Nou, 136 gols, 2 títulos de La Liga, 1 Copa do Rei e uma Supercopa da Uefa. FOTO : FCB
Destaque do Deportivo La Coruña que disputava título no campeonato espanhol nos anos 90, foi vendido para o Barcelona, onde é considerado uma legenda (veja a homenagem do site do Barça). Apesar de não se entender muito com o treinador holandês Louis Van Gaal, viveu seu auge nos anos no Camp Nou. Ganhou uma Bola de Ouro da revista “France Football” antes do prêmio ser unificado com a Fifa.
No finalzinho da temporada espanhola de 2000/2001, tive o privilégio de conseguir um lugarzinho descoberto lá no alto do Camp Nou, naquele jogo que Rivaldo quase que sozinho derrotou o Valencia. Marcou 3 belos gols. um #hat-trick – na Espanha, um #triplete. Fiquei sentado ao lado de holandeses como Van Gaal, atrás de um dos gols. A meta em que Rivaldo acertou um golaço de bicicleta, de fora da área, no finalzinho do jogo. 3×2. Os torcedores invadiram o campo (citado na capa abaixo, do caderno de esporte do meu exemplar do “El Periódico”, recordação da época). Comemoravam o quarto lugar! Nunca tinha visto isso. Sabe por quê? O resultado classificou o Barça pra Champions 2001/2002 depois de alguns anos fora. Nunca vou me esquecer de ver entre torcedores, senhoras e uma criança de cadeira de rodas gritando #Ribaldo, Ribaldo, Ribaldo. O jeito como eles pronunciam o nome do craque. Fiquei orgulhoso de ser brasileiro. Assisti in loco a um recital de Rivaldo no Camp Nou.
Capa do esporte do jornal catalão EL PERIÓDICO, no dia seguinte ao show de Rivaldo: 3×2
A decepção verde-amarela na Olimpíada de 1996 foi compensada muitas vezes, em duas Copas. Rivaldo jogou muita bola em 98 na França, ajudando a levar o Brasil à fatídica final do 0x3 no Stade de France. E em 2002, jogou tão bem ou melhor que Ronaldo Fenômeno, o artilheiro do penta.
Rivaldo rodou. Milan, Cruzeiro, futebol grego, Uzbeque, voltou pro agora seu Mogi Mirim, pediu licença para jogar no meu São Paulo, onde estreou marcando um belo gol contra a Linense e arrumou confusão com Carpegiani. Esteve em Angola, passou pelo São Caetano e pendura a chuteira agora depois de jogar ao lado do filho, no Mogi.
Oberdan Cattani, Heleno de Freitas, Tesourinha, Evaristo de Macedo, Roberto Batata, Dener, Canhoteiro, Alex, Friedenreich. “Craques que encantaram o Brasil e nunca participaram de um Mundial”. É o subtítulo de “Os Sem-Copa” (Maquinária Editora), o novo livro da jornalista Clara Albuquerque (autora de “A Linha da Bola“).
O José Renato Santiago, autor do texto do post anterior sobre o #Ferrim (clique aqui), que tem a maior coleção de livros e artigos de futebol segundo o Guinness World Records, está acrescentando mais dois livros na biblioteca, e o nono e décimo de autoria dele mesmo. De interesse mais dos são-paulinos, “Almanaque do São Paulo” é um calhamaço elaborado a 4 mãos com Raul Snell, que faz um levantamento histórico de todos os jogos disputados pelo tricolor paulista, desde a estreia do São Paulo da Floresta, em 1930, até o fim de 2013. A noite de autógrafos foi em 25 de fevereiro, no sempre movimentado bar São Cristóvão, na Vila Madalena – praticamente um museu do futebol informal.
Jadson já estreou pelo Corinthians. Alexandre Pato foi apresentado nesta terça pelo São Paulo. O troca-troca entre os tricolores paulista e carioca não vai rolar – pelo menos por enquanto, São Paulo e Fluminense não vão trocar Osvaldo e Wagner.
A propósito, o GloboEsporte.com fez uma lista de trocas famosas entre grandes clubes brasileiros. Uma delas mexeu com o futebol carioca em meados dos anos 70. O Fluminense de Francisco Horta mandou pro Flamengo o goleiro Roberto, o lateral Toninho e o atacante Zé Roberto – todos atuaram,Toninho mais, na campanha do título carioca de 1975. E o Flu trouxe da Gávea o goleiro Renato, o lateral Rodrigues Neto e o atacante argentino Doval.
Francisco Horta, o cartola tricolor, ainda fez um troca-troca com o Botafogo. Mandou Manfrini e Mário Sérgio, levou Dirceu.
E com o Vasco. Para ter Miguel, Horta cedeu o zagueiro Abel, o lateral Marco Antônio e o meio-campo Zé Mario. Chacoalhou o mercado. E foi bicampeão carioca. E essa “trocação” toda foi o tema de uma música de Jorge Ben Jor, ainda Jorge Ben, mesmo, no LP “A Banda do Zé Pretinho“, que chegou para animar a festa em 1978 via Som Livre. Está fora de catálogo – meu exemplar é um LP de vinil, recentemente achado numa feirinha de discos em Sampa.
O álbum, que Ben dedica “ao mais Flamengo” e “ao mais anti-Flamengo”, está cheio de referências ao futebol, especialmente no lado A.
“Troca-Troca” é uma gentil homenagem a Francisco Horta (“fez voltar ao Rio de Janeiro/a época de ouro da capital do futebol”). E tem mais:
O clássico “Cadê o Penalty” (aqui respeito a grafia inglesa do encarte) foi regravado pelo Skank, na sua estreia pelo selo Chaos/Sony Music, no começo dos anos 90.
Penalty, penalty, penalty, penalty, penalty/Cadê o penalty/que não deram pra gente/no primeiro tempo…