
Um minuto e meio de jogo. Não deu nem para saída. Empurrada por 78 mil vozes, que cantaram o hino nacional à capella, a seleção brasileira voltou a usar a blitz do começo de cada tempo na campanha da Copa das Confederações. A defesa espanhola vacilou e Fred, com força, presença na área, faro de gol e ousadia marcou, caído, o primeiro. Só que o Brasil de Felipão não parou por aí. É verdade, David Luiz, tema do post anterior, foi festejado como artilheiro ao salvar um gol certo. Seria o gol de empate da Espanha, alvo da ira de grande parte dos torcedores brasileiros. Eles têm uma bronca danada do futebol “tiki-taka”, tic-tac, o toque de bola infindável da Roja, que diga-se de passagem, foi bem usado na estreia, contra o Uruguai, e não muito mais. E esses torcedores gritaram:
Uh! Cadê? O tic-tac sumiu.
Mas essa linha de passe era uma velha característica do futebol brasileiro. Tabelinha entre Oscar e Neymar, golaço do novo astro do Barcelona, sem dúvida, o MVP da Copa das Confederações. Bola de Ouro e chuteira de bronze para Neymar Jr. 2×0. E aí o Maracanã- que obra nenhuma consegue enfeiar – começou a cantar “O campeão voltou”…
Começo do segundo tempo, outra blitz da seleção de Scolari. Fred, chuteira de prata, definiu o placar. 3×0. No meio do segundo tempo, o público já soltava gritos de “é campeão”.
63 anos depois que as “Touradas em Madri”, clássico de Alberto Ribeiro e João de Barro, o Braguinha, lembrado no blog do Beto Xavier, foram entoadas no Maracanã (o que dizem, enfureceu os espanhóis, que ficaram sem jogar com o Brasil até a Copa de 62)… 63 anos depois dos 6×1 sobre a Espanha, do 1×2 para o Uruguai e do Maracanazo, o (ainda) estádio Mario Filho cantou e pediu bis para “O Campeão(Meu Time)”, sucesso de Neguinho da Beija-Flor, hino do maior dos nossos estádios: “Domingo, eu vou ao Maracanã, vou torcer pro time que sou fã”… Imagina na Copa, Neguinho, que emoção! O povo também cantou o refrão de “Peguei o Ita no Norte”, samba campeão do Salgueiro, de 1993: “Explode coração, na maior felicidade…”
A Espanha tem que acertar sua defesa e ser mais efetiva na frente, quem sabe se definir um 9 melhor que “Niño” Torres. A Itália (3º lugar) mostra que pode evoluir ainda mais. O Uruguai, se vier, tem bom time e uma camisa que é sinônimo de raça, seus jogadores se superam quando a vestem. Tem Alemanha e Argentina ainda… Mas o fator campo e torcida podem ser decisivos em 2014. E tem o fator Felipão. O campeão voltou.








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Hoje tem Seleção. Brasil x Estados Unidos decidem a Copa das Confederações. Numa recente visita a uma loja de discos, achei um CD lançado na época da última Copa do Mundo.