Maracanã, 5 de março de 1961, 40 minutos do primeiro tempo. O Santos já vencia o Fluminense por 1×0, pelo Torneio Rio-São Paulo. Dalmo passou para Pelé, que percorreu o campo quase todo, invadiu a área adversária, driblou um, driblou dois, passou pelo goleiro e tirou do goleiraço Castilho. Gol de placa. De volta à redação do jornal “O Esporte”, onde trabalhava, o jornalista Joelmir Beting sugeriu que o periódico fizesse uma placa de bronze para que o feito de Pelé no Maracanã fosse lembrado pra sempre. “Neste campo, no dia 05/03/1961, Pelé marcou o tento mais bonito na história do Maracanã”.
“Nunca fiz um gol de placa, mas fiz a placa do gol” – Joelmir Beting.
A história da expressão gol de placa e da placa do gol está no site da Fifa – e não só em Português.
Estranha a sensação de perder ídolos. Joelmir Beting foi um grande ídolo. Um dos grandes motivos de este que vos bloga virar jornalista. Por causa de seus comentários numa grande fase do “Jornal Bandeirantes”, no comecinho dos anos 80, por causa de sua coluna nos jornais… comprei livro sobre economia (“Os Juros Subservisos”), que não era a minha, mesmo… Antes de entrar na faculdade, fui a congresso de petróleo e gás, só por causa dele. Como tiete, mesmo.
Descanse, Joelmir. Um abraço para toda a família Beting: dona Lucila, filhos, netos, leitores…