
Segundo a seção de história do site oficial do Cruzeiro, o primeiro uniforme da Societá Sportiva Palestra Itália, em 1921, tinha camisa verde, calção branco e meia vermelha, com detalhes em branco e verde.
Em 1925, o nome do clube foi aportuguesado, para Sociedade Sportiva Palestra Itália.
Em janeiro de 1942, mais uma mudança de nome: Palestra Mineiro. Tempo de guerra, 2ª Grande Guerra Mundial… e um decreto-lei proibiu referências às nações inimigas, como era a Itália fascista.
Setembro de 1942: por uma partida, a Raposa de hoje se chamou Ypiranga.
7 de outubro de 1942: o nome definitivo, Cruzeiro Esporte Clube.
Consultando o livraço do Paulo Gini e do Rodolfo Rodrigues (A História das Camisas dos 12 Maiores Times do Brasil, veja post anterior), o Cruzeiro, digo, a Societá Sportiva Palestra Itália usou uniforme semelhante ao lançado agora – camisa verde, com as iniciais no lado esquerdo do peito e cordãozinho na gola polo; logicamente sem este imenso logotipo do banco BMG – entre 1923 e 1928. Os primeiros títulos mineiros foram conquistados assim, em 26 e 28.
Hoje, os tempos são de paz. Portanto, bela homenagem às origens italianas e às primeiras páginas heroicas, imortais do Cruzeiro.
Pena que o Palmeiras abandonou aquela camisa azul. Seria no mínimo curioso um jogo entre o Palmeiras, de azul, e o Cruzeiro, de verde. Mas pode haver um Cruzeiro de verde contra um Corinthians de grená, outro terceiro uniforme polêmico – replay de uma homenagem alvinegra feita em 8 de maio de 1949 ao Torino, um timaço dos anos 40 que desapareceu por completo num acidente de avião (também está no livro do Paulo Gini e Rodolfo Rodrigues). Os mais desavisados não entenderiam nada. Mas acredito que seja um marketing interessante, inteligente maneira de os clubes arrecadarem mais dinheiro.
