Estamos a menos de 3 meses da Copa 2010! Dois livros onde desfilam personagens que fizeram história nos Mundiais dos últimos 56 anos estão sendo lançados pela Contexto nesta terça-feira, 16 de março, 18h30, na Saraiva do shopping Eldorado. Milton Leite, locutor do Sportv, escolheu As Melhores Seleções Brasileiras de Todos os Tempos (a saber, as de 58, 62, 70, 82, 94 e 2002). Mauro Beting, comentarista de rádios e TVs Bandeirantes, colunista do Lance!, entre outros veículos, convocou As Melhores Seleções Estrangeiras de Todos os Tempos (para Beting, Hungria 54, Inglaterra 66, Holanda e Alemanha 74, Itália 82, Argentina 86 e França 98). Ambos volumes já estão nas livrarias, leituras altamente recomendadas a quem Come, Bebe e Dorme História das Copas do Mundo. Fut Pop Clube propôs um desafio aos dois jornalistas. Imaginar como seriam jogos entre as 6 seleções brasileiras convocadas pelo livro do Milton Leite e 6 dos 7 escretes gringos escolhidos por Mauro Beting. Esqueci da Itália de 82, que fez chorar não só aquele menino da capa do Jornal da Tarde – deve ser trauma de fã de mestre Telê Santana. Mas quem sabe, caso o Brasil de Dunga fature o hexa, se a gente não volta à brincadeira?
Vamos começar essas pelejas virtuais com um jogo de sonhos: Brasil campeão de 58 e Hungria vice de 54, na imaginação de Milton Leite e Mauro Beting.
Milton Leite: Brasil 5×4 Hungria
“Jogo de muitos gols, muitos gênios em campo. Mas com Pelé e Garrincha, a turma de Puskas não teria chances. Brasil 5 x 4.”
Mauro Beting: Brasil 6×5 Hungria
“Que jogo!!!! Aposto em duplo: vitória do Brasil, vitória da Hungria. Nenhum dos dois empataria. Muito menos perderia. Time por time, o Brasil era um pouco mais técnico, e melhor no aspecto defensivo. A qualidade da marcação brasileira acabaria garantindo a vitória, além do Pelé no auge, diferentemente do Puskas baleado pelo zagueiro alemão. Jogo para 6 x 5 Brasil. Claro, 2 x 0 Hungria no inicio, como sempre, com 9 minutos: Kocsis faria 1 a 0 aos 3, de cabeça; Hidekguti entraria tabelando e ampliaria, aos 9. O Brasil diminuiria com Garrincha, aos 11, depois de driblar três vezes Lantos e bater entre Grosics e a trave esquerda. A Hungria faria 3 a 1 aos 16 minutos. Boszik, da meia direita, uma bomba no ângulo de Gilmar. O Brasil fecharia os 20 minutos mais fabulosos do futebol diminuindo aos 19, com Vavá, depois de cruzamento de Zagallo, e confusão dentro da área, e empataria aos 20, com Pelé, passando por Boszik, Zakarias e, na saída do goleiro, batendo cruzado, no canto direito. O Brasil viraria o placar aos 39 do primeiro tempo. Lance de Garrincha com Pelé, que meteu entre as pernas de Lorant, driblou Grosics, e rolou de pé esquerdo. 4 x 3.
No segundo tempo, Nilton Santos e Boszik seriam expulsos, repetindo a Batalha de Berna. A Hungria empataria aos 15, com Puskas, depois de tabelar com Kocsis. Os húngaros passariam à frente aos 21, novamente com Kocsis, de cabeça. 5 x 4. Aos 30, Garrincha entraria em diagonal e chutaria de canhota, no ângulo de Grosics. 5 x 5. Pelé definiria o placar, em lance polêmico: ele fez a falta em Lantos, mas o juiz não viu. Ele seguiu, driblou três e tocou por cobertura, na saída de Grosics, aos 43 minutos. Ah, sim. Aos 44min, Puskas bateu um pênalti que Gilmar defendeu. Pênalti também duvidoso, de Bellini em Hidekguti.”