Publicado em 15/06/2010
Gotemburgo, Suécia, 15 de junho de 1958. Estreia em Copas do Mundo de um adolescente que, em família era (ainda é) chamado de Dico. Alguns o chamavam de Gasolina. Outros de Bilé. Para o mundo, Pelé. Era o terceiro jogo do Mundial na Suécia, contra a temida União Soviética (do goleiro Yashin, letra Y da exposição As Copas de A a Z). Pelé, Garrincha (dupla que jamais perdeu) e as feras do Feola começaram barbarizando os russos. Massacre nos primeiros minutos. 2×0 no placar final.
Dias depois, camisa 10 às costas em 1958 por obra do destino, Pelé marcaria o primeiro de 12 gols em quatro Copas. Um gol decisivo, o único das quartas de final contra a País de Gales. Na semifinal, contra a França do artilheiro Just Fontaine, ELE fez o 3º, o 4º e o 5º da goleada por 5×2. Na final contra a Suécia, dona da casa, mais dois – incluindo o que a histórica narração de rádio descreve: “magistral o gol de Pelé”.
“Pelé – Minha Vida em Imagens” (editora Cosac Naify) é uma autobiografia fartamente ilustrada desse menino-Rei, filho de dona Celeste e seu João Ramos do Nascimento, o Dondinho, atacante do Atlético de Três Corações. O depoimento de Edson Arantes do Nascimento no livro, em 1ª pessoa, descreve a infância, a mudança para Bauru, os times do Ameriquinha, Baquinho (categoria de base do BAC, Bauru Atlético Clube), Radium, até a chegada ao Santos, pelas mãos de Waldemar de Brito. Pelé também escreve sobre a contusão num amistoso contra o Corinthians (por ironia, seu time de botão na infância) que o deixou fora dos dois primeiros jogos da Copa de 58. A admiração das garotas suecas (mútua). Os casamentos. Nova contusão, durante o Mundial do Chile (“a Copa de 62 foi ganha por ele”, Garrincha). A decepção em 1966. Continuar lendo ““Pelé – Minha Vida em Imagens””