#89. Documentário conta a saga do Arsenal, campeão inglês de 1989, nos instantes finais.

#89. Documentário conta a saga do Arsenal, campeão inglês de 1989, nos instantes finais.

Maio de 1989. Quarenta e um dias depois da tragédia de Hillsborough (estádio do Sheffield Wednesday), que provocou a morte de 96 torcedores do Liverpool, numa tarde de semifinal de Copa da Inglaterra (contra o Nottingham Forest), o campeonato inglês de primeira divisão (que ainda não era a Premie League) chegava à sua última rodada. Disputavam o título justamente o multicampeão Liverpool, que podia até perder por 1×0, e o Arsenal, que para acabar com um um jejum de 18 anos precisava vencer por 2×0. E em pleno Anfield, a fortaleza do Liverpool (que durante a fila do time vermelho e branco de Londres, ganhou ‘apenas’ 10 ligas inglesas e 4 de suas 5 Copas dos Campeões/Champions).

A saga da temporada 1988-1989 do Arsenal, enfim campeão inglês, é o tema do filme ‘89‘, lançado ano passado na Inglaterra e que aqui pode ser visto no You Tube (aluguel ou compra, alta definição ou não). É um documentário tradicional, com excelente material de arquivo, entrevistas feitas agora e boas artes. Indicado para quem gosta de futebol inglês, fundamental para quem quer saber mais sobre a história dos gooners. Para torcedores e simpatizantes do clube então de Highbury, é ouro puro. Deleite.

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Cartaz original do filme “89”, já disponível em streaming no Brasil.

Neste dia D, ou talvez dia G, de gunners, da “final” em Anfield, os jogadores do Arsenal entraram no gramado com flores em homenagens às vítimas de Hillsborough. Tá no filme “89”, que também mostra que o técnico George Graham, contratado do Millwall, tinha participado como jogador gooner do então último campeonato inglês conquistado pelo Arsenal, em 1970-71 (ano de dobradinha, campeonato e copa). Com sua fisionomia até meio parecida com o nosso conhecido Muricy Ramalho, ele fechou o time e conseguiu segurar o Liverpool no primeiro tempo da partida decisiva – dissecada quase jogada a jogada no filme – para ganhar no segundo tempo, com direito a um autêntico gol de ouro, nos acréscimos.

George Graham ainda levaria o Arsenal a um título de Copa das Copas, a Recopa europeia, em 1994, contra o Parma.

Confira o trailer de “89” dentro do post.

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A última página de #ElGráfico

Nem a volta de Carlitos Tévez e Lucas Pratto ao futebol argentino (para o Boca e para o River, respectivamente) evitou o fim da edição impressa de “El Gráfico”, revista argentina reconhecida no mundo inteiro. Lamentável.

A brasileira “Placar” foi semanal no seu auge, nos anos 70 e 80. Virou mensal, parou de sair, voltou, tentou ser semanal de novo, depois mensal de vez, foi repassada a outra editora, voltou pra Abril. Continua nas bancas. Sem o impacto de décadas atrás.

Só que “El Gráfico” era ainda mais tradicional. Começou a circular em 1919! No fim dos 90, foi comprada pelo grupo Torneos. Só em 2002 passou de semanal a mensal. Vendas em queda… na base de 20 mil exemplares. Agora, no primeiro mês de um ano de copa, a notícia que leitor nenhum queria. Edição em papel, não mais. Só o site continua no ar.

No começo dos anos 2000, era possível encontrar edições de ‘El Gráfico’ em bancas de São Paulo. Lembro-me de ter comprado alguns números em comércios de Búzios, reduto de argentinos na região dos Lagos fluminense.

É dessa época a revista da capa abaixo, que tratou da 11ª rodada do torneio Apertura 2001. O Racing treinado por Reinaldo Merlo derrotou o Estudiantes na cancha do adversário, em La Plata, por 3×2 e avançou sua jornada para o 16º de 17 títulos argentinos (somando eras amadora e profissional). Não sem muita emoção até o final.

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Capa da ‘El Gráfico’ nº 4282, de 30 de outubro de 2001. Na foto de Daniel Yao, Chatruc, meio-campo do Racing.

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