
Veja só, no post anterior, a confiança e mesmo idolatria que o Atlético de Madrid e os torcedores colchoneros demonstram em relação ao treinador Diego Simeone, campeão de Liga na Espanha, vice da Champions, atual campeão das últimas Copa do Rei e Supercopa de Espanha. Justíssimo. Em Madri, tem até cachecol em homenagem ao Cholo, apelido de Simeone, como eu já mostrei aqui no blog. Aí você muda o Google Earth pro Morumbi, em São Paulo, e vê parte dos torcedores organizados, de dirigentes e corneteiros em geral botarem na corda bamba toda hora o técnico Muricy Ramalho, é bom lembrar, tricampeão brasileiro pelo tricolor entre 2006 e 2008 – três títulos seguidos, sem sequer um Kaká ou Luis Fabiano no time!-, e também é muito bom lembrar, o cara que salvou o São Paulo do rebaixamento em 2013 e, em 2014, levou o time ao vice-campeonato brasileiro e de volta à Libertadores.
Mas… “Libertadores virou obrigação”… “É! Q u a r t a – f e i r a! “, toda aquela pegação no pé do Maicon … O São Paulo tem estrelas, é verdade, mas não um elenco equilibrado. Caiu no grupo da morte da Libertadores, estreando contra o maior rival, embalado depois de superar o Once Caldas, na casa dele, que é um alçapão. A diretoria tricolor comprou muitos atacantes, quase que se esqueceu da defesa. Perdeu Kaká. Mais do que a técnica do camisa 8 que ficou pra sempre no coração e na mente do torcedor são-paulino, perdeu sua raça, sua vontade, sua dedicação, que fez com que até os jogadores mais descansados do grupo marcassem o campo inteiro em 2014. É culpa do técnico? Você acha que o Muricy não gostaria de ter Kaká na Libertadores?
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