Bom programa!

Revista mensal (“Inside United”) e programa oficial de jogo do ManUtd (“United Review”), março de 2017.

Na gigantesca cultura de futebol na Inglaterra, alguns dos itens altamente colecionáveis são os programas oficiais dos jogos – revistas bacanudas que os clubes mandantes vendem a cada partida, seja de Premier League, de Copa da Inglaterra ou de Champions League. Estatísticas, histórico, tabelas, recados dos torcedores (como aniversários), lista dos jogadores relacionados para a partida em foco, as cores dos uniformes, reportagens – inclusive sobre o time adversário. É de babar para o torcedor de um “país do futebol” que praticamente só publica um jornal esportivo de alcance nacional (“Lance!”) e duas revistas de futebol (“Placar”, “Corner”).

A maioria dos grandes clubes também conta com revistas mensais, como você vê aqui na fotos com publicações do Man United e do Liverpool. Sem falar nas revistinhas independentes, editadas por torcedores, praticamente fanzines.

Revista mensal do Liverpool e programa oficial (“This is Anfield”) do jogão contra o Arsenal – março de 2017.

O Chelsea foi o primeiro clube a produzir um programa oficial consistente para dias de partida, segundo um painel informativo no museu de Stamford Bridge, que o blog visitou em março. Isso, já em setembro de 1905! Chelsea FC Chronicle era o nome do programa, editado por Fred Parker. A revista da partida de Copa da Inglaterra contra o Brentford, em janeiro de 2017, fez uma homenagem ao Chronicle de Fred Parker, com uma capa retrô. Muito legal.

O programa oficial do jogo do Chelsea contra o Brentford pela Copa da Inglaterra teve capa retrô – 28 de janeiro de 2017.

Ainda segundo o museu do Chelsea, na temporada 1912-13 o clube vendeu mais de 341 mil cópias. Em 1948, o programa chegou a 16 páginas. E segundo o Chelsea as vendas na temporada 1972-73 atingiram 99 por cento dos espectadores de Stamford Bridge. E isso o que representa para um clube de futebol? Recurso$$$$$$, claro. Desde 1905! Os clubes brasileiros certamente considerariam apenas uma despesa.

Programa oficial de um jogo de Champions que o torcedor do Arsenal certamente quer esquecer.

Cada programa custa entre 3 e 3,50 libras nas megalojas dos clubes ou em stands na frente dos estádios. E claro, na era da internet é possível baixar versões digitais dos programas, por um preço mais em conta. No fim do post, publico os sites de alguns programas dos clubes mostrados aqui.

Folheando revistas inglesas, a gente descobre sites especializados em revender essas revistinhas. Como escrevi no começo do post, uma memorabilia altamente colecionável. Bela lembrança de um jogaço, de uma grande vitória, de uma campanha campeã.

Programa do jogo do City contra o Huddersfield Town pela Copa da Inglaterra – março de 2017

Alguns links:
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O primeiro de 1.283 gols do Rei Pelé

Camisas retrôs da Seleção, do Cosmos e do Santos, feitas pela Athleta, só na loja do Museu Pelé.
Camisas retrôs da Seleção, do Cosmos e do Santos, feitas pela Athleta, só na loja do Museu Pelé.

Sete de setembro de 1956. Um mês depois de chegar ao Santos, o jovem nascido em Três Corações (MG) estreou com a camisa do alvinegro praiano. No amistoso em que o Santos goleou por 7 a 1 o Corinthians FC de Santo André, o garoto entrou no segundo tempo, no lugar de Del Vechio, e marcou o sexto gol santista – o primeiro de mais de um milhar de gols que permite que toda a torcida brasileira cante hoje, a plenos pulmões:

Mil gols, mil gols, mil gols, só Pelé, só Pelé…

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, não tinha nem 16 anos.
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A expo Futebol de Papel.

A expo Futebol de Papel.

Publicado em 15 de abril de 2014
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Vai só até domingo, 20 de abril, a mostra Futebol de Papelexposição temporária do Museu do Futebol.
Nessa época de mania de colecionar figurinhas, vale dar uma passada para conferir álbuns, postais, cartazes, selos, carteirinhas de sócio e 40 ingressos de Copas do Mundo. Tem também entrada de partidas históricas, como a cerimônia de inauguração do próprio estádio do Pacaembu (que abriga o Museu do Futebol), em 1940. Em 1961, o estádio recebeu o nome de Paulo Machado de Carvalho, que chefiou a delegação brasileira na Suécia, em 1958. E trouxe o bi, em 1962, do Chile.DSC03425DSC03412
O acervo pertence a 12 colecionadores, 5 clubes, à Biblioteca Nacional e ao Instituto Von Martius. Uma parte da mostra é de originais, em vitrines. Algumas coleções foram digitalizadas e são apresentadas num totem multimídia.DSC03404

Chama muita atenção o trabalho do torcedor João Batista dos Santos, que entre 1962 e 1981, fez à mão o “Nosso Jornal”, com notícias do futebol profissional e as informações do Grêmio Esportivo XXV de Janeiro, time de várzea do bairro paulistano de Perdizes. Impressionante. Lembra os fanzines, que explodiram no movimento punk.

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Camp de Mestalla, o estádio do Valencia.

Camp de Mestalla, o estádio do Valencia.
http://www.valenciacf.com/
http://www.valenciacf.com/

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  • Estádio Mestalla
  • Proprietário: Valencia
  • Capacidade: 55 mil torcedores.
  • Inauguração: 20 de maio de 1923. O Valencia enfrentou o Levante, também da cidade.
  • Com a demolição do velho San Mamés, que era de 1913, o Mestalla passou a ser o estádio mais antigo da Espanha.
  • Na Copa de 1982, recebeu os 3 jogos da Espanha na primeira fase.
  • Finais da Copa do Rei: 10, incluindo a decisão entre Barcelona e Real Madrid, 16 de abril de 2014.
  • Em 2011, outro #ElClásico em Mestalla decidiu #LaCopa. E deu Real Madrid.
O visual inaugurado na temporada 2013/2014 : http://www.valenciacf.com/
O visual inaugurado na temporada 2013/2014 : http://www.valenciacf.com/

Confira a galeria de fotos da visita que o Fut Pop Clube fez ao campo de Mestalla em março de 2013, antes do atual visual, em que predominam as cores laranja e branca – além de um morcego gigante pintado nas arquibancadas.DSC01478 Continuar lendo “Camp de Mestalla, o estádio do Valencia.”

Ídolos, memórias, achados.


No meio de uma mudança, no fim de 2013, deixei de blogar alguns assuntos, ou de me deter mais sobre alguns fatos. Por outro lado, o fim da mudança trouxe alguns achados. Por exemplo, o cartãozinho autografado por Pedro Rocha, na loja de esportes que o #Verdugo tinha na esquina das ruas Joaquim Floriano e João Cachoeira, no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo.

Coleção @FutPopClube
Coleção @FutPopClube

Ao amigo João, afetuosamente, Pedro Rocha

Segunda metade dos anos 70. Além da Pedro Rocha Sport, o craque celeste do tricolor paulista também tinha o nome numa chuteira – ainda vou achar um anúncio, em alguma revista.

A gente morre um pouco quando perde um ídolo. Lá se vai um pedaço da nossa infância, da nossa adolescência.

Fiquei comovido com o choro convulsivo de um torcedor do Botafogo, no velório de Nilton Santos. Se Pedro Rocha foi considerado por Pelé a certa altura um dos 5 melhores do mundo, o #Enciclopédia é tido como o maior lateral-esquerdo de todos os tempos.

Em 2013, perdemos outros grandes campeões. Gylmar dos Santos Neves, De Sordi, Djalma Santos, além de Nilton. Quase uma defesa inteira da seleção que trouxe a Taça do Mundo em 1958.  Continuar lendo “Ídolos, memórias, achados.”