Na Copa dos Campeões de 1961, em Berna, Suíça, o Barça bateu na trave. Literalmente. Quatro bolas na trave. 3 a 2 para o Benfica campeão. Sevilha, 1986. O Barça perdeu a taça nos pênaltis para o Steua Bucareste. Wembley, 1992: no palco sagrado do futebol, com um gol do holandês Ronald Koeman a 9 minutos do fim da prorrogação, derrotou a Sampdoria. Imagino que muitos blaugranas já pensavam: “de novo, pênaltis?”. Só que não. Enfim, o Barça campeão europeu – a primeira de suas cinco copas de Europa. Continuar lendo “25 anos de um título que mudou a história do Barça”→
Por coincidência ou não, dias antes do plebiscito sobre independência convocado pelo governo da Catalunha (e contestado pelo governo espanhol), estreou em Barcelona um documentário sobre a chegada do craque holandês Johan Cruyff ao Camp Nou. “L’últim partit: 40 anys de Johan Cruyff a Catalunya”. O filme foi dirigido por Jordi Marcos e produzido pela Bonita Films, de Barcelona, com colaboração do jornalista Xavi Torres.
O doc reúne celebridades do futebol e da sociedade catalã. Quando Cruyff chegou ao Barça, o franquismo ainda dava as cartas na Espanha. A língua catalã estava banida e o pessoal aproveitava os jogos no Camp Nou para tirar o grito do fundo da garganta. Como jogador blaugrana, o eterno camisa 14 ganhou uma liga espanhola (1973-74) e uma Copa do Rei (77-78). Como técnico, foi ainda mais bem sucedido: tetra espanhol no começo dos 90, uma Copa do Rei (89-90), três supercopas da Espanha, uma Recopa europeia (89), a desejada Copa (Liga) dos Campeões e a Supercopa europeia em 1992. Comandou a geração do chamado Dream Team do Barça (com um jovem Guardiola com a camisa 4) e só perdeu o Mundial de Clubes no Japão, para o São Paulo do mestre Telê Santana.