
Flâmula do West Ham United e do seu eterno capitão Bobby Moore, camisa 6, em homenagem ao time de coração do baixista Steve Harris, que é “claret e blue” fanático. Repare nas cores grená e azul que ele costuma usar na munhequeira e, agora, na correia do baixo. O Iron Maiden de Steve Harris fez um showzaço com 17 clássicos do metal pesado ontem à noite em São Paulo – e tem tudo para ser campeão neste domingo, no encerramento do Rock in Rio. Se é vero que o Iron Maiden tem não fãs normais, mas torcedores fanáticos, como diz o jornalista (e fã, digo, torcedor do Iron, o Vitor Birner), também é verdade que a banda parte neste domingo para o tricampeonato do festival. Afinal, já ganhou em 1985 … 2001 – e o tri vem agora, em 2013. Dentro do post, a resenha publicada na minha Coluna de Música.

Quando as 85 mil pessoas que lotarem o Rock in Rio amanhã ouvirem “Doctor Doctor”, clássico da banda UFO, no sistema de som, podem se preparar. É a senha: vai começar o novo show do Iron Maiden, Maiden England, que finalmente estreou no Brasil ontem à noite, em São Paulo. O épico álbum “Seventh Son of a Seventh Son” foi o segundo de estúdio do Iron depois da passagem pelo primeiro Rock in Rio, no verão de 1985, mas sua turnê não chegou aqui. Aliás, depois da gigantesca World Slavery Tour, o Iron só voltaria ao Brasil na turnê do “Fear of the Dark”, em 1992. Portanto, d e m o r o u pra chegar essa turnê Maiden England, que reproduz parte do cenário da 7th Tour of a 7th Tour e tem umas cinco músicas do discão “Seventh Son”. O show da Arena Anhembi começou com duas canções desse disco. A faixa 1 do disco, “Moonchild”, era também a abertura daquela turnê, agora lembrada. Funciona. Sabe aquele corinho, que reúne amigos e fãs privilegiados no palco dos shows do Maiden para cantar “Heaven Can Wait”? Pois é, nesse show não tem. Mas na segunda música, “Can I Play With Madness”, é a Arena Anhembi toda que participa do coro e canta o tempo todo. Pudera: foi um dos singles e clips do “Seventh Son”.

Cenas de um seriado inglês antecipam “The Prisoner”, dos tempos do “Number“. Não costuma rolar muito nas turnês do Iron. A galera se amarra… E ainda mais em “2 Minutes to Midnight”, uma das favoritas da era “Powerslave”, um dos três ou quatro melhores discos da banda. Bruce Dickinson (dando banho de loja, vocal e animação) anuncia “Afraid to Shoot Strangers”. O público do Iron se amarra em cantarolar a melodia de músicas como essa, da era “Fear of the Dark”. Um sucesso da discão”Piece of Mind” não pode faltar: “The Trooper”!

666, The Number of the Beast… O som que catapultou o Maiden para muito além das fronteiras do metal vem acompanhado por produção de palco incrementada, que aliás foi um dos destaques do show. É hit atrás de hit, mas o visual conta muito. É sempre espetacular.

Uma rifferama clássica do primeiro disco do Iron dá as caras nessa turnê: “Phantom of the Opera“. Bruce Bruce não perde a chance de mostrar seu lado teatral. Na sequência, outro super hit do “Number”: “Run to the Hills“. Popular. Sou daqueles que acham que o solo de guitarra tem vida, tem melodia, faz parte da música. O Maiden ataca com três: Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers. Heróis. É de Adrian a letra emotiva de “Wasted Years”, da era “Somewhere in Time“. Muito boa. Pena que o som da guitarra dele não estava chegando direito aonde eu estava. E o Steve Harris? Sempre com referência ao seu querido West Ham United. Adesivo no baixo, munhequeira nas cores do time “claret e blue”, E agora, a correia do baixo parece mais um cachecol dos Hammers! O baixista mais rápido do oeste, digo, do leste de Londres é meio tímido para dar entrevista, mas no palco é sem dúvida o capitão do time, um Bobby Moore do metal, agitando seu baixo sem parar, fazendo backing vocals até sem microfone. Ídolo. E o batera Nicko McBrain? Campeão do concurso Mister Simpatia! Onipresente, a Eddie aparece em todos o cantos, várias vezes, de tudo quanto é jeito. Como na épica “Seventh Son of a Seventh Son”, que salvo engano do blogueiro, foi apresentada ao vivo pela primeira vez no Brasil. É sensacional. Dessa época, vem “The Clairvoyant”, também bem recebida pelo povo. Agora, “Fear of the Dark” é brincadeira. Ela é adorada no Brasil. Tocou muito no rádio, na TV… os fãs reproduzem cada melodia, cada verso. Ponto alto. A primeira parte do show de 2 horas termina com o marca registrada, “Iron Maiden”! Sempre querida. Notei que o som melhorou muito, mas muito mesmo, no bis. Ficou perto de 90%. Ainda bem, porque a versão de “Aces High” foi animal! O fã-clube também canta “The Evil That Men Do”, outra da era “7th”, E o grande show termina com o clima de jam de “Running Free“, veja bem, o primeiro single do Iron! Pena que acabou. E todo mundo vai embora cantarolando “Always Look on the Bright Side of Life”! Próxima parada: Rock in Rio! \m/
- Abaixo, um pequeno slideshow com algumas das muitas faces de Eddie!
- Setlist:
Iron Maiden. Maiden England Arena Anhembi, São Paulo, 20/09/2013
- Moonchild
- Can I Play With Madness
- The Prisoner
- 2 Minutes do Midnight
- Afraid to Shoot Strangers
- The Trooper
- The Number of the Beast
- Phantom of the Opera
- Run to the Hills
- Wasted Years
- Seventh Son of a Seventh Son
- The Clairvoyant
- Fear of the Dark
- Iron Maiden
- Bis:
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