
Jason parecia abatido na primeira metade do campeonato. Chegou a flertar com a zona de rebaixamento. No meio do turno, ganhou a primeira fora de casa, contra o Barueri. Na boa partida contra o Grêmio, o Morumbi começou a ouviu o grito de “O campeão voltou”. Depois de uma sequência de bons jogos, Jason cochilou. Até a heroica virada contra o Náutico, nos Aflitos, com 2 jogadores a menos. Mais um período de sonolência, poucos pontos ganhos, a primeira derrota em casa e logo para um concorrente direto, o Galo. No San-São de 7 gols do último domingo, Jason mostrou força, de novo fora de seus domínios. Nesta superquarta, em seu quintal, Jason foi seriamente ameaçado por um gigante colorado. Que dominou boa parte do duelo com cara de “final”. Mas Jason fez a lição de casa e faturou três pontos mais. Graças a um golzinho chorado de Washington, “coração valente”, nos acréscimos da primeira etapa. Um centroavante que muitas vezes é o mais xingado em campo e de repente mete o pé ou a cabeça na bola e decide a peleja. Neste campeonato doido de tão equilibrado, é difícil saber se o Morumbi vai continuar gritando “o campeão voltou”. Até quando Jason surpreenderá? Uma coisa é certa: se o São Paulo for o campeão brasileiro -de novo- em 2009, o capitão Rogério Ceni (o goleiro-artilheiro, 84 tentos na carreira) teria que dividir a glória de mais um troféu com seu leal reserva. João Bosco de Freitas Chaves, pernambucano de Escada, desde 2005 no tricolor, salvou o São Paulo de uma derrota contra o Internacional do talentoso argentino D´Alessandro. Em pelo menos três lances agudos, Bosco fez milagres. A sorte daquele goleiro que parecia azarado – que por vezes se contundia quando o titular não podia jogar – está mudando, ou já mudou (na já mencionada partida contra o Náutico, Bosco teve outra boa atuação, salvando um pênalti).