
– Eu toco numa banda.
– Qual é o nome do grupo?
– KISS.
– É mesmo? Nome estranho para uma banda.
Este diálogo está no livro Kiss and Make-up, biografia de Chaim Witz, digo, Gene Klein, ou melhor ainda, Gene Simmons. E rolava no começo da carreira do Kiss, quando o grupo viajava em aviões comerciais. Uns 35 anos depois, os quatro super-heróis mascarados voltaram ao Brasil. Palco gigante, som alto, muitos fogos, quatro telões pra facilitar a visão de um exército de cerca de 40 mil fãs em São Paulo e duas horas de rocks, repetindo quase todo o disco “Alive”na ordem, e mais hits no bis. De um lado, o linguarudo Gene Simmons, botando fogo em Hotter than Hell e no show. Do outro, Paul Stanley, um showman que domina a arte de comunicação com a platéia – e até ameaçou tocar/cantarStairway to Heaven do Led no seu momento solo. No meio – às vezes sobre o palco!- a batera de Eric Singer, agora de cabelos escuros e maquiado com a máscara de Peter Criss. Na guitarra-solo, mais solto pelo palco, Ace Fr… ooops… Tommy Thayer! É que em 2002 ele herdou a maquiagem de Spaceman do cometa Frehley. Pelo seu longo solo típico de guitar hero e citação de Wont´Get Fooled (da banda The Who), Tommy deve ter tocado muita guitarra aérea ouvindo Jimmy Page, Jimi Hendrix e Pete Townshend. O show não pode parar e da guitarra de Tommy saem mais explosões. Alguns grandes momentos da parte Alive do show: o público cantando junto, especialmente a partir de Black Diamond. E o carnaval de Rock & Roll All Nite – parece festa de final de Copa! Curiosamente, entre os clássicos do bis, o Kiss resgatou Lick It Up, hit do primeiro disco sem máscara da banda, em meados dos anos 80 (após a 1ª passagem pelo Brasil). Se você gosta de conhecer set-lists de shows, clique aqui para saber mais. Continuar lendo “Kiss, Rock & Roll All Nite”