Depois de um péssimo primeiro tempo, depois de levar um gol do Náutico minutos após Bosco salvar um pênalti, depois de ver Júnior César expulso ainda na 1ª etapa… o São Paulo virou o jogo emocionante desta noite nos Aflitos, partida isolada da 27ª rodada deste grande Brasileirão por pontos corridos. O Tricolor chegou a ficar com 9 jogadores contra 11 do Náutico – Richarlyson também foi expulso (impressionante como o São Paulo voltou a sofrer com nervosismo de atletas e cartões, muitos cartões – amarelos e vermelhos). Destaque para as atuações do goleiro Bosco, que começou pegando pênalti, dos valentes volantes Jean e Hernanes, do polivalente Jorge Wagner, de Hugo, que entrou mais do que acordado, ligadão no jogo, e do menino Oscar, revelação da base do São Paulo que deu a assistência para o petardo que determinou a heroica vitória. Hugol, mais uma vez decisivo.
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Um domingo no estádio
“Bola na trave não altera o placar”, já diziam o cruzeirense Samuel Rosa e o tricolor Nando Reis. O São Paulo mandou três petardos no poste, na quinta vitória seguida no Brasileirão 2009, 3 a 1 sobre o Goiás, e por um dia pintou pela primeira vez na temporada no G4 – pelo menos até o apito final da peleja Internacional x Sport, nesta segunda-feira.

Pitacos sobre curiosos comportamentos de torcedor.
- Tem sempre um mais exaltado chamando de tudo quanto é adjetivo o centroavante fixo na área. Aí o cara vai lá e faz o gol aos 46 do primeiro tempo. Sai aplaudido. Claro que estou falando do Washington. Mas poderia ser de outro centroavante trombador – e fazedor de gols, como foi Serginho Chulapa.
- Cartão vermelho é festejado quase como gol.
- Richarlyson voltou a jogar bem, como volante. Foi o responsável por uma das bolas na trave e em outros dois lances teve chances de ampliar. Mas a torcida se “esquece” de cantar o nome dele. Injusto.
- 30 mil pessoas pagaram ingresso no Morumbi. A expectativa do São Paulo era maior. Mas o torcedor precisa de mais razões para ir com a família ao estádio, além da promessa de um bom futebol. O acesso ao Morumbi será difícil até pelo menos a inauguração da estação de Metrô perto do Shopping Butantã. Estacionamento? Não sai por menos de 30 reais. A menos de meia hora do começo do jogo, havia filas gigantescas nas bilheterias. A impressão é que o estádio do Morumbi está ficando cada vez mais elitista, com camarotes tomando conta do que antes era a geral. Cada dia mais. OK, é justo oferecer um produto que atraia gente com poder aquisitivo. Mas o torcedor que paga 40 reais a inteira, 20 a meia, para levar a família na chamada geral vermelha, poderia ter direito a uma lanchonete também… não apenas uns poucos vendedores ambulantes… Banheiros limpos e de fácil acesso não deveriam se restringir aos VIPs… E por que tantos claros no estádio?Por que não oferecer os setores de menor visibilidade, atrás do gol por exemplo, por preços realmente populares? A Copa é em 2014, legal que os estádios sejam modernizados, mas o torcedor que comparece e ajuda ao time em 209, 2010, 2011, 2012, 2013… merece um bom tratamento. É só tratar bem que ele volta – e traz mais gente.
Dagol

O camisa 25 do São Paulo justifica mais do que nunca – no seu período tricolor, desde 2007-o apelido. Dagoberto não se considera um artileiro, mas desatou a marcar gols. O de ontem e o contra o Vitória, então, podemos dizer que foram Dagolaços. Outro que reencontrou seu futebol é o 10, Hernanes. Está voando em campo, assim como seu colega de meio-campo, Jean, mesmo improvisado na ala – vai ser difícil tirar do time essa grande revelação tricolor do ano passado. Voar… aliás, essa pode ser uma vantagem do São Paulo. O preparo físico. Curioso que tanto contra o Grêmio como contra o Botafogo, o São Paulo tenha feito excelentes segundos tempos. O primeiro tempo tricolor contra o Botafogo não foi tão bom, mesmo assim teve virada. Lúcio Flávio, num belo chute, abriu o placar para o Bota. O São Paulo insistiu no chuveirinho pra área. Tavez porque lá estivesse Washington. A torcida já começava a pegar no pé do W9 quando aos trancos e barrancos ele serviu Hugo, que foi derrubado por Castillo. Pênalti convertido por Jorge Wagner. Grande descida de André Dias pela direita, cruzamento pra trás, e pronto: gol e Washington, que no segundo tempo saiu aplaudido por boa parte dos 19 mil tricolores (pouco público para a qualidade do jogo, numa noite de linda lua em São Paulo). No segundo tempo, o São Paulo voou… À lá Rogério Ceni, Denis chutou pra frente, de cabeça Borges tocou pra Dagoberto, que fez o golaço. 3×1 pro São Paulo, já quinto colocado. O Goiás que canta “o Fernandão voltou”, é o adversário deste domingo dos pais, às 18h30, no mesmo Morumbi – jogo pra muito mais gente. Jogão. Se o São Paulo vem de 4 vitórias seguidas, o Goiás vem de 6… ontem superou o Mengo no Serra Dourada. E breve vai ter Fernandão. É tanta gente saindo pela maldita janela, que é bom ver um ídolo voltar. Seis vitórias seguidas que não são proeza apenas do clube esmeraldino. Feito também do Avaí, do treinador Silas. A última vítima foi o Santo André.