A seleção de filmes de futebol do CINEfoot se despede do Centro Cultural São Paulo (Metrô: Vergueiro) neste sábado, com uma rodada tripla da Mostra Paixão e Agonia, com filmes sobre o futebol europeu e sul-americano. Já vi o engraçado “documentário” italiano A Copa Perdida (Il Mundial Dimenticato) sobre a Copa de 1942 (ou seja, um mundial que nunca existiu) e vou tentar ver de novo. Confira a rodada.
Espaço para uma dica de cinema (ou DVD). Ontem revi o maravilhoso “A Noite Americana”, clássico da/sobre sétima arte de François Truffaut, que também atua – advinhe? – como diretor do filme dentro do filme. Eis que hoje começa uma mostra dedicada ao cineasta no Centro Cultural São Paulo: Monsieur François Truffaut. Daqui a pouco, tem “Domicílio Conjugal”. Às 18h, um filmaço: “O Último Metrô”. Aqui, o foco é um grupo de teatro. Hoje ainda tem “Os Incrompreendidos”. Para quem não está em Sampa ou não pode ir, uma dica: acho que quase todos filmes da mostra do CCSP podem ser encontrados em DVD. Confira a programação aqui.
Foto da coleção de Beto Xavier, autor de "Futebol no País da Música"
Aproveitei a tarde na rua Javari, digo, na rua Vergueiro para visitar a Discoteca do Centro Cultural São Paulo. Você pesquisa uma música ou um disco e, se disponível, pode ouvir. Escolhi um LP raro. “Brasil Campeão do Mundo”, lançado pelo selo Columbia e rádio Bandeirantes depois que a Seleção foi campeã do mundo, em 58. Entre um chiado e outro do velho vinil, dá para ouvir os melhores momentos das transmissões da emissora, ora na voz de Edson Leite (“para o arco e goool!”) ora na voz vibrante de Pedro Luiz. E olha, os dois locutores davam show no rádio enquanto Pelé, Garrincha, Didi, Nilton e cia “esmerilhavam” nos gramados suecos. O apresentador da rádio fala no temido “futebol científico” da União Soviética, 3º adversário da primeira fase. No final, “dois gols para o Brasil, zero para a União Soviética”. Entre um jogo e outro, o balanço de sambas e marchinhas, bem patrióticos. No lado 2, é o saudoso Fiori Gigliotti quem apresenta os decisivos momentos contra País de Gales (1×0 “suado”, gol de Pelé), França (5×2, fora 2 gols anulados que deixaram o locutor Edson Leite irado) e a histórica final contra a Suécia (5×2). Show de bola da Seleção – e de Edson Leite e Pedro Luiz. Quem sabe, se um dia a rádio Bandeirantes e a Sony Music (herdeira da Columbia) não relançam em CD este LP histórico? Para quem quer saber mais sobre a Copa de 1958, recomendo o filme 1958 -O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil. Em DVD ou no Museu do Futebol, dia 28 de agosto, às 18h30 – projeto Cinema no Museu.