Lá pelos idos de 1991, era quase impossível sair à rua e não ver alguém com uma camiseta do Faith No More. Ligar o rádio ou a TV e não ouvir “Epic”, que alguém chegou a comparar (exageradamente, claro) com a “Satisfaction” dos anos 90, lembrei-me ao reler agora
o “Headline”, fanzine que eu publicava com ajuda de pai, mãe e irmão em formato tablóide (e o FNM foi destaque na capa do “Headline” nº 2, lançado às vésperas do Rock in Rio 2 e que ilustra este post, 18 anos depois…). Rock in Rio 2 que marcou a grande explosão do FNM e Sepultura no Brasil (época de lançamento do “Arise”, um dos melhores discos do grupo mineiro-paulista-americano). Sepultura que também tocou no Maquinária, num sábado de calor e pancadas de chuva em São Paulo. E você já pode ver os caras detonando “Territory”, versão do show de ontem, no You Tube. Continuar lendo “Faith No More, SP, 7/11/09.”
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FNM, Maracanã, 20 de janeiro de 1991
Não, a tarde/noite do verão carioca de 1991 do título não foi a data de algum clássico inesquecível do futebol. Mas sim uma das melhores noites do Rock in Rio II, o único dos 3 festivais da Artplan no Brasil disputado, digo, realizado no Maracanã. O Hanói Hanói abriu, com dia claro. Em seguida, os Titãs arrebentaram. A primeira banda importada da noite foi a americana Faith No More. Enquanto Bush-pai bombardeava o Iraque, na primeira guerra contra esse país, o FNM bombardeou o Maraca com quase todos os petardos do discão cuja capa ilustra este post. “The Real Thing” já era o terceiro LP / CD do FNM, mas o primeiro com Mike Patton e o primeiro a dar as caras no Brasil. Eu já conhecia o disco todo, já tinha escrito no meu fanzine “Headline” que era praticamente um greatest hits, de tanta música boa atrás da outra, já devia ter visto algo do FNM ao vivo na TV. Mas olha… Mike Patton, Jim Martin, Billy Gould, Mike Bordin e Roddy Bottum superaram qualquer expectativa. O FNM matou a pau! Com “From Out of Nowhere”, “Epic”, “Falling to Pieces”, o protótipo do funk-o-metal “We Care a Lot”, “The Crab Song, “The Real Thing”, a cover de “War Pigs”… Peso (muito), baixo funky e muita loucura, no palco e na plateia. O grupo ainda fez bons discos de estúdio, mas que eu saiba o show do Maracanã foi o ponto mais alto da história do quinteto, que meses depois voltou para uma turnê nacional.
Ah, sim, o 20/1/91 do Maracanã ainda teve Billy Idol e Guns N´Roses no auge, excelente formação, na turnê dos discos “Use Your Illusion”. Senhor show dos “Guns” também.